Pular para o conteúdo principal

O nome “Jeová” deve constar no “Novo Testamento”?

Fonte da ilustração: 
https://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/wp20080801/nome-no-novo-testamento/



“O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim.” – Isaías 61:1, Almeida Revista e Corrigida.

“O Espírito do Senhor é sobre mim.” – Lucas 4:18, Almeida Revista e Corrigida.



Muitos líderes religiosos e eruditos bíblicos afirmam que o nome de Deus, “Jeová”, não deve constar no chamado “Novo Testamento”, devido à ausência do nome divino nos manuscritos disponíveis dessa parte da Bíblia. Neste artigo, veremos como a Bíblia e a História se unem em fornecer uma explicação plausível para a omissão do Nome nas cópias disponíveis da segunda parte da Bíblia, bem como a razão primária de por que o nome divino DEVE constar no “Novo Testamento”.


A predita apostasia se consuma

Tanto Jesus Cristo como seus discípulos falaram sobre a emersão de uma apostasia, de um desvio da sã doutrina cristã para conceitos filosóficos e satânicos. (Mateus 13:24-30; Atos 20:29, 30; 2 Pedro 2:1-3; 1 Timóteo 4:1-3) Tal apostasia se firmou no começo do 2.º século  EC. Como as cópias mais antigas de que dispomos ascendem àquele período, isso explica por que não encontramos nelas o nome divino. Mas, como podemos saber que tal apostasia lançou um ataque contra o nome divino? Novamente, a História nos elucida a questão. Ela mostra que, por volta do terceiro século AEC, surgiu uma superstição judaica contra o uso do nome divino na linguagem falada. Por conseguinte, seria de esperar que o Diabo usasse a emergente apostasia para promover um novo atentado contra o nome de Deus.

No entanto, a superstição judaica pré-cristã não conseguiu fazer com que os judeus retirassem o Nome das Escrituras Hebraicas (“Velho Testamento”) nem da Septuaginta grega, conforme evidências disponíveis.  No entanto, a apostasia da Era Comum conseguiu a retirada do nome de Jeová das cópias das Escrituras Gregas Cristãs (o “Novo Testamento”), possivelmente porque tais cópias eram recentes, e não milenares ou centenárias, como as cópias das Escrituras Hebraicas. O próprio cristianismo era bem recente, em comparação com a forma de adoração judaica, estabelecida por Jeová mediante Moisés em 1513 AEC. Mas, por que podemos dizer que o Nome foi de fato retirado das cópias do “Novo Testamento”?

Por que o nome de Jeová deve constar no “Novo Testamento”

Uma prova fundamental de que o nome divino deve constar no texto neotestamentário é a citação, por parte dos escritores cristãos inspirados, de passagens do “Velho Testamento” em que consta o Nome. O texto de Isaías 61:1, mostrado em parte no início deste artigo, foi citado e lido por Jesus Cristo numa sinagoga em Nazaré, sendo o relato desse acontecimento posteriormente registrado pelo discípulo cristão Lucas, em Lucas 4:16-21. Como sabemos, Jesus não era influenciado por superstições. Na realidade, ele condenou os mandamentos de homens que violavam os mandamentos de Deus. (Marcos 7:7) Ademais, ele mostrou grande respeito pelo nome de Deus, ensinando que o Nome deveria ser santificado e declarando-o às pessoas. – Mateus 6:9; João 17:6, 26.

Assim, em conformidade com o inteiro quadro bíblico da personalidade de Jesus Cristo, é óbvio que ele leu aquela passagem de Isaías sem omitir o nome divino. Além disso, o discípulo Lucas, sendo fiel seguidor de Cristo e tendo sido inspirado por Jeová Deus, também citou o texto de Isaías sem omitir o nome de Jeová. Negar que ele colocou o nome divino em sua citação de Isaías 61:1 implicaria em deixar de reconhecer pelo menos três verdades fundamentais:

1)    O conceito de Jesus Cristo sobre o nome de Jeová. – Mateus 6:9; João 12:28; 17:6.
2)    O conceito do próprio Jeová sobre a importância de Seu nome. – Êxodo 9:16; Malaquias 3:16; Atos 15:14, 17.
3)    Que os escritores do “Novo Testamento” foram inspirados por Jeová. – 2 Pedro 1:20, 21.

Portanto, não precisamos provar que o nome divino foi incluído pelos escritores cristãos inspirados no “Novo Testamento”. De fato, preservar o Nome nas citações de passagens em que ele ocorre no “Velho Testamento” é o trabalho de qualquer copista honesto. Os que negam que o nome foi preservado em tais citações é que precisam apresentar provas para tal drástica alteração do texto sagrado. Tal alteração estaria contra os três pontos fundamentais apresentados acima.

Por conseguinte, temos a nosso favor algo muito mais importante do que evidência documental. A EVIDÊNCIA INTERNA da própria Bíblia atesta que o nome divino foi de fato preservado nas citações que os inspirados escritores cristãos fizeram de passagens das Escrituras Hebraicas em que o Nome consta. Adicionalmente, a lógica mostra que esse procedimento seria o naturalmente esperado, o que seria feito por qualquer copista honesto, muito mais ainda um copista honesto e inspirado por Deus!

Como verdadeiros seguidores de Cristo, “estamos andando pela fé, não pela vista”. (2 Coríntios 5:7) Não precisamos de material perecível para corroborar algo que já é atestado pela evidência interna da própria Palavra de Deus. Portanto, continuemos divulgando que o Deus Todo-Poderoso tem NOME, que em nossa língua vernácula esse nome é JEOVÁ, pronúncia conhecida há séculos e que, assim, cumpre adequadamente a vontade de Deus, de que seu “nome seja declarado em toda a terra”. – Êxodo 9:16; Salmo 83:18.



A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.




Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org




Comentários

  1. Gostei muito do artigo em especial de sua simplicidade o que nos ajuda ter em mente ideias simples que poderão ser de ajuda a outros. Estes três conceitos me serão úteis :
    1) O conceito de Jesus Cristo sobre o nome de Jeová. – Mat. 6:9; João 12:28; 17:6.
    2) O conceito do próprio Jeová sobre a importância de Seu nome. – Êxo. 9:16; Mal. 3:16; Atos 15:14, 17.
    3) Que os escritores do “Novo Testamento” foram inspirados por Jeová. – 2 Ped. 1:20, 21.

    ResponderExcluir
  2. Estava procurando justamente este tema, no google, daí achei seu site, gostei e achei bem interessante, li bastante seu argumento, porém, ainda não vi base para se colocar o Nome em Lc 4.18 tal como está em Is 61.1, visto que os principais e mais respeitados manuscritos disponíveis hoje em dia para o Novo Testamento rezam literalmente em grego: Πνεῦμα Κυρίου ἐπ’ ἐμέ que em português reza: ''[O] Espírito [do] Senhor [está, ou é] sobre mim'', tanto aqui e em nenhum manuscrito que eu conheça mais antigo possível reza ou contém o tetragrama, por isso dizer que o apóstolo Lucas usou o Nome Divino neste versículo e depois as cópias o eliminaram é pura especulação, e também se for usado será (com todo respeito é claro) um acréscimo a Palavra de Deus...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Prezado Lucas:
      Respeito sua opinião.
      Se formos nos basear tão somente nas provas documentais disponíveis, não temos base para afirmar que o nome divino deve constar no “Novo Testamento”. O artigo foi bem transparente nesse respeito. O artigo faz menção à “ausência do nome divino nos manuscritos disponíveis dessa parte da Bíblia”.
      No entanto, o artigo seguiu o raciocínio lógico ao afirmar que o nome divino DEVE constar no “Novo Testamento”, em especial nas citações do “Velho Testamento” em que o Nome ocorre. Quais são os fatos que levaram a tal afirmação?
      1. Historicamente, os manusc ritos disponíveis datam do período da grande apostasia que acometeu o cristianismo.
      2. Desde o 3.º século antes de Cristo, passou a haver uma superstição no judaísmo contra o uso do nome divino, que continuou no 1.º século da Era Cristã.
      3. No tempo de Cristo e dos escritores do “Novo Testamento”, o “Velho Testamento” continha o Nome quer no texto hebraico quer na tradução grega da Septuaginta.
      4. Tanto Jesus quanto seus discípulos cristãos escritores do “Novo Testamento” tinham grande respeito pelo nome divino e pela Bíblia Hebraica.

      Como explicado no artigo, tais fatos históricos nos levam à inequívoca conclusão de que tais escritores, ao citarem da Bíblia Hebraica textos que continham o Nome, mostraram o devido respeito pelas Escrituras Sagradas por copiarem o texto com integridade.

      Pois, crer que os escritores cristãos retiraram o Nome das citações, subistuíndo-o por Kýrios (“Senhor”) seria afirmar que foram desonestos, desrespeitosos, que não seguiram o exemplo de seu Mestre, Jesus Cristo. Também, seria descrer da inspiração das Escrituras, encarando o “Novo Testamento” como mera palavra de homens não comprometidos com a verdade e influenciados por uma superstição antibíblica.

      A evidência documental evidentemente tem seu valor, mas não é conclusiva em trazer à tona a verdade. Lembre-se de que, por muito tempo, as cópias disponíveis que tínhamos da Septuaginta não traziam o Nome. Com base tão somente nessa prova documental concluiríamos que os tradutores da Septuaginta não usaram o nome divino. No entanto, as cópias encontradas no século vinte de versões bem antigas da Septuaginta mostraram que o Nome foi usado em tal tradução.
      Portanto, afirmar que os escritores tementes a Deus do “Novo Testamento” foram fiéis ao texto do “Velho Testamento” não é um acréscimo à Palavra de Deus. Antes, concluir que as cópias existentes do “Novo Testamento” expressam o que os escritores realmente escreveram no que diz respeito a citações do “Velho Testamento” que contêm o nome divino é que contradiz a inteira evidência interna apresentada pelas Escrituras.

      Excluir

    2. Leve-se em conta também a perseguição de Diocleciano ou "Grande Perseguição", talvez a mais sangrenta perseguição aos cristãos no Império Romano, a partir do ano 303 AD. Diocleciano publicou o "Édito contra os cristãos", cujos objetivos principais eram, como já tinham sido durante a perseguição de Valeriano, a propriedade cristã e o clero.O decreto ordenava a destruição das escrituras cristãs, dos livros litúrgicos, e dos lugares de culto em todo o império...
      De modo que se existiam manuscritos com o nome divino, estes devem ter sido destruídos...

      Excluir
    3. Well, mais claro impossível! Minha esposa é Canadense, e só se baseia na KJV, estarei providenciando a KJV Nome Divino para ela!
      Obrigado amados irmãos, que procuram um evangelho Jenuíno, como os antigos grupos cristãos massacrados! Timóteo diz que todos que querem viver piedosamente serão perseguidos! Eu acrescento a parte da palavra, e aqueles que procuram um evangelho genuíno, pois há uma caçada impiedosa por parte de satanás nesse sentido, colocando dúvidas e sempre remando no sentido contrário!!!!

      Excluir
  3. Existem documentos onde consta o nome divino no novo testamento, inclusive a forma reduzida Jah ou Yah. Há também bíblias disponíveis até para venda ou para baixar em pdf onde consta o nome de Deus na parte chamada Novo Testamento. Além disso a fundamentação apresentada com base em citação de Isaías é no mínimo razoável e satisfatória para qualquer pessoa de vontade. Até porque trata-se do cumprimento de uma profecia e se a Almeida manteve o nome divino em Isaías, está claro que foi omitido em Lucas. Até porque a profecia não poderia estar incompleta.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

𝐄𝐒𝐓𝐄 É 𝐔𝐌 𝐒𝐈𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐍Í𝐕𝐄𝐋 𝐀𝐂𝐀𝐃Ê𝐌𝐈𝐂𝐎. 𝐀𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑, 𝐔𝐒𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐆𝐔𝐀𝐆𝐄𝐌 𝐀𝐂𝐀𝐃Ê𝐌𝐈𝐂𝐀, 𝐒𝐄𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐔𝐋𝐓𝐎𝐒, 𝐒𝐄𝐌 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐁𝐀𝐈𝐗𝐎 𝐂𝐀𝐋Ã𝐎. 𝐍Ã𝐎 𝐑𝐄𝐏𝐈𝐓𝐀 𝐎𝐒 𝐀𝐑𝐆𝐔𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐁𝐀𝐓𝐈𝐃𝐎𝐒, 𝐍Ã𝐎 𝐃𝐄𝐒𝐕𝐈𝐄 𝐃𝐎 𝐀𝐒𝐒𝐔𝐍𝐓𝐎. 𝐒𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐒 𝐑𝐄𝐆𝐑𝐀𝐒 𝐍Ã𝐎 𝐅𝐎𝐑𝐄𝐌 𝐂𝐔𝐌𝐏𝐑𝐈𝐃𝐀𝐒, 𝐒𝐄𝐔 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓Á𝐑𝐈𝐎 𝐒𝐄𝐑Á 𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐕𝐀𝐃𝐎.

MAIS LIDOS

“Sinal dos pregos” no corpo de Jesus – o que indica?

Por que a ressurreição de Lázaro ocorreu no 4.º dia e a ressurreição de Jesus ocorreu no 3.º dia?

O que é Lilith em Isaías 34:14?

Diferença entre “criar” e “fazer”

O espírito volta a Deus – em que sentido? (Eclesiastes 12:7)

Quem são as “outras ovelhas”?

DIREITO OU “USURPAÇÃO”? (Filipenses 2:6)

Refutando acusações apóstatas (Parte 1)

Quanto tempo durou a escravidão dos israelitas no Egito?

Quem é o Criador – Jeová ou Jesus? (Parte 1)