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A identidade de Jesus Cristo (Parte 1)

Fonte da ilustração: jw.org


Muito já se debateu sobre quem é realmente Jesus Cristo. Grandes religiões, como o Judaísmo, o Cristianismo e o Islamismo possuem opiniões diferentes sobre isso. Mesmo as ramificações dentro do cristianismo diferem em seus conceitos. Há os trinitaristas, que creem que Jesus é a Segunda Pessoa da chamada Santíssima Trindade, e que, portanto, é coigual ao seu Pai em poder, autoridade e eternidade; já os unicistas afirmam que Jesus é uma das três manifestações de Deus. Os unitários creem que o Deus Todo-Poderoso é uma só Pessoa (Ser), e que Jesus, mesmo tendo natureza divina, por ser Filho de Deus, não é coigual ao seu Pai em poder, autoridade e eternidade.

O que dizem as Escrituras?

1.  Chamado de “Deus”

É verdade que a Bíblia usa o título “Deus” para se referir à pessoa de Jesus Cristo. Em Isaías 9:6 ele é referido profeticamente como “Deus Poderoso” (ʼEl Gib·bóhr). Mas somente Jeová é chamado de “Deus Todo-poderoso” (ʼEl Shad·daí; Gênesis 17:1).

Sobre o uso do termo “Deus” na Bíblia, um artigo deste site fez o seguinte comentário:

[...] ser alguém mencionado como “Deus” na Bíblia não prova, em si mesmo, que tal pessoa é o Deus Todo-Poderoso. O termo “Deus” foi aplicado a Moisés, a anjos e a juízes humanos. (Êxo. 4:16: 7:1; Sal. 8:5; 82:1-6; João 10:34, 35 ALA) Moisés e os juízes humanos receberam poder ou autoridade conferidos por Deus e agiram como Seus representantes. Os anjos, além de serem representantes de Deus, também possuem natureza divina. (Sal. 8:5) Por tais motivos, foram mencionados como sendo “Deus’ ou “deuses”. E quando tal termo foi aplicado a Jesus, sempre se esclareceu o sentido em que ele é referido como “Deus”. Por exemplo, em João 1:18 ele é referido como “Deus unigênito” (ALA, VB), literalmente, ‘o único Deus gerado’, o que indica que mesmo na sua divindade ele teve princípio. Isaías 9:6 refere-se a Jesus como “Deus forte” (ALA), ou “Deus poderoso” (NM), ao passo que somente Jeová é descrito como “Deus Todo-Poderoso”. (Gên. 17:1) Em  João 1:1 Jesus é aludido como “Deus” (Als) sem o artigo definido, em contraste com Aquele com quem ele estava no princípio, que é descrito como “o Deus”. Assim sendo, tal uso do termo “Deus” descreve sua natureza e não identifica sua pessoa com o Deus Todo-Poderoso. Jesus é mencionado como “Deus” na Bíblia por ter natureza divina e por ser representante do Deus Todo-Poderoso.[1] 

2. Filho de Deus, não Deus-Filho

O anjo Gabriel anunciou a identidade de Jesus Cristo à então virgem judia Maria: “Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo. (Lucas 1:32) Ora, lemos na Bíblia que o Altíssimo é Jeová. O Salmo 83:18 declara:

 “Para que saibam que tu, a quem só pertence o nome de JEOVÁ, és o Altíssimo sobre toda a terra. – Versão Almeida Revista e Corrigida.

Assim, por obviedade, Jesus foi identificado pelo anjo Gabriel como sendo Filho de Jeová.

Gabriel ainda acrescentou:

“Espírito santo virá sobre você e poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. E, por essa razão, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.” – Lucas 1:35.

Como se pode ver, não houve nenhuma alusão a Jesus ser Deus coigual ao Pai, ou ser Deus-Filho.

Por ocasião do batismo de Jesus, o próprio Pai no céu confirmou a identidade de Jesus:

“Este é meu Filho, o amado, a quem eu aprovo.” (Mateus 3:17) O Pai não disse: ‘Este é a segunda parte de Deus, sendo eu a primeira parte.’

Os discípulos de Jesus eram unânimes em entender esse fato:

 “E eu vi isso e dei testemunho de que este é o Filho de Deus.” (João 1:34) João Batista.

 “Rabi, o senhor é o Filho de Deus.” (João 1:49)  Natanael.

“O senhor é o Cristo, o Filho de Deus.” (João 11:27) Marta, irmã de Lázaro.

“O senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivente.” (Mateus 16:16) Apóstolo Pedro.

“E imediatamente, nas sinagogas, começou a pregar sobre Jesus, que ele é o Filho de Deus.” (Atos 9:20) Apóstolo Paulo.


Milagres atestaram que era Filho de Deus, não Deus-Filho

“Mas estes [os milagres mencionados] foram escritos para que vocês creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.” (João 20:31) Apóstolo João.    

“Sobre Jesus, que era de Nazaré, como Deus o ungiu com espírito santo e poder; e ele andou por toda a região fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele.” (Atos 10:38) Note que os milagres feitos por Jesus atestaram, não que ele era Deus, mas que “Deus ESTAVA COM ele”.

Mesmo após seu retorno ao céu, sua identidade continuou inalterada:

Quem reconhece que Jesus é Filho de Deus, com ele Deus permanece em união, e ele em união com Deus.” – 1 João 4:15.

“Quem pode vencer o mundo? Não é aquele que tem fé em que Jesus é o Filho de Deus?” – 1 João 5:5.

O próprio Jesus confirmou sua identidade no céu:

“Ao anjo da congregação em Tiatira escreva: Estas coisas diz o Filho de Deus.” – Apocalipse 2:18.

O próximo artigo desta série abordará mais informações sobre sua natureza enquanto na Terra, bem como sua relação (na Terra e no céu) com seu Pai.

A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.



Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site oapologistadaverdade.org






 


Comentários

Fabiano disse…
Muito bom,vários textos que provam que seus seguidores o reconheciam como filho de DEUS,eu aprendir a pouco tempo a respeito de êxodo 7:1
Para mostrar que MOISÉS também foi chamado de DEUS,e isaías 9:6 eu me troquei naquela parte que será chamado,um bom ponto para raciocinar com as pessoas

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