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Destaques da Leitura da Bíblia: 1 Crônicas 5-7


O pecado pode levar a perdas inestimáveis

1 Crônicas 5:1, 2: “Estes são os filhos de Rubem, primogênito de Israel. (Ele era o primogênito, mas, por desonrar o leito do seu pai, o seu direito de primogênito foi dado aos filhos de José, filho de Israel, de modo que ele não foi alistado nos registros genealógicos como tendo o direito de primogênito. Embora Judá fosse superior aos seus irmãos, e dele tenha vindo aquele que se tornou líder, o direito de primogênito era de José.)” 

5:1, 2 — O que significou para José receber o direito de primogenitura? Significou que ele recebeu uma porção dupla da herança. (Deuteronômio 21:17) Portanto, ele se tornou o patriarca de duas tribos: Efraim e Manassés. Os outros filhos de Israel se tornaram o patriarca de apenas uma tribo cada um. (w05 1/10 p. 9)

A obra Estudo Perspicaz das Escrituras (vol. 2, p. 451, verbete “Israel”) explica:

Havia também a questão dos direitos do primogênito. Rubem, primogênito de Jacó, tinha direito a uma porção dupla da herança (veja De 21:17), mas perdeu esse direito porque cometeu imoralidade incestuosa com a concubina de seu pai. (Gên 35:22; 49:3, 4) Tais vagas, a vaga de Levi entre as 12, bem como a ausência daquele que tinha os direitos de primogênito, tinham de ser preenchidas.
De forma relativamente simples, Jeová ajustou ambos os assuntos por meio de um único ato. Efraim e Manassés, os dois filhos de José, foram promovidos à condição plena de cabeças tribais. (Gên 48:1-6; 1Cr 5:1, 2) Novamente se podiam contar 12 tribos, excluindo-se a de Levi, e também uma porção dupla das terras fora representativamente consignada a José, pai de Efraim e de Manassés. Assim, os direitos do primogênito foram retirados de Rubem, o primogênito de Léia, e dados a José, o primogênito de Raquel. (Gên 29:31, 32; 30:22-24) Assim, com tais ajustes, os nomes das 12 tribos (não-levitas) de Israel eram: Rubem, Simeão, Judá, Issacar, Zebulão, Efraim, Manassés, Benjamim, Dã, Aser, Gade e Naftali. — Núm 1:4-15. (Grifo acrescentado.)

Eclesiastes 10:1: “Assim como moscas mortas fazem o óleo do perfumista estragar e cheirar mal, assim também uma pequena tolice pesa mais do que a sabedoria e a glória.”

A infidelidade afasta a pessoa da  proteção de Jeová 

1 Crônicas 5:6, 24-26: “E Beerá, seu filho, que foi levado para o exílio por Tilgate-Pilneser, rei da Assíria. Beerá era maioral dos rubenitas. Estes foram os cabeças das suas casas paternas: Efer, Isi, Eliel, Azriel, Jeremias, Hodavias e Jadiel. Eles eram guerreiros valentes, homens de fama e cabeças das suas casas paternas.  Mas eles foram infiéis ao Deus dos seus antepassados e cometeram prostituição com os deuses dos povos do país, os quais Deus tinha exterminado de diante deles. Por isso, o Deus de Israel instigou contra eles o espírito de Pul, rei da Assíria (isto é, Tilgate-Pilneser, rei da Assíria), de modo que ele levou para o exílio os rubenitas, os gaditas e os da meia tribo de Manassés. Ele os levou para Hala, para Habor, para Hara e para a região do rio Gozã, onde permanecem até hoje.”

Foi “levado ao exílio pelo rei assírio Tiglate-Pileser III, aparentemente durante o reinado de Peca (c. 778-759 AEC). — 1Cr 5:6”. (it-1 p. 324, verbete “Beerá”.)

Anteriormente, em seu reinado, Tiglate-Pileser III tinha iniciado a política de trasladar as populações das áreas conquistadas, para assim reduzir a possibilidade de futuras insurreições, e então passou a deportar alguns dos israelitas. (1Cr 5:6, 26) – it-1 p. 257, verbete “Assíria”.

Explicação de certas passagens

1 Crônicas 5:9: “Ao leste, ele ocupou o território que se estendia até o início do deserto que fica junto ao rio Eufrates, pois os seus rebanhos haviam aumentado muito na terra de Gileade.”

Primeiro Crônicas 5:9 declara que certos descendentes de Rubem, no período anterior ao reinado de Davi, estenderam sua morada “até onde se entra no ermo junto ao rio Eufrates”. Todavia, visto que o Eufrates dista uns 800 km, quando se viaja “ao leste de Gileade” (1Cr 5:10), isto talvez simplesmente signifique que os rubenitas estenderam seu território ao L de Gileade até a beira do deserto Sírio, que prossegue até o Eufrates. (CBC reza: “até à entrada do deserto, que vai até o Eufrates”; BJ: “atingia a beira do deserto que o Eufrates limita”.) – it-2 p. 61, verbete  “Eufrates”; grifo acrescentado.

A vitória pertence a Jeová; é necessário confiar nele

1 Crônicas 5:9, 10, 18-22: “Ao leste, ele ocupou o território que se estendia até o início do deserto que fica junto ao rio Eufrates, pois os seus rebanhos haviam aumentado muito na terra de Gileade. Nos dias de Saul eles travaram guerra contra os agarenos e os derrotaram, passando a morar nas tendas que eram deles em todo o território ao leste de Gileade. Os rubenitas, os gaditas e a meia tribo de Manassés tinham 44.760 guerreiros valentes no seu exército, que portavam escudos e espadas e estavam armados com arcos; eles eram treinados para a guerra. Eles guerrearam contra os agarenos, Jetur, Nafis e Nodabe. Visto que clamaram a Deus por socorro nessa guerra e confiaram nele, ele atendeu às suas súplicas e eles foram ajudados na batalha, de modo que os agarenos e todos os que estavam com eles foram entregues nas suas mãos. Eles capturaram os seus rebanhos — 50.000 camelos, 250.000 ovelhas e 2.000 jumentos — além de 100.000 pessoas. Muitos foram mortos, pois a guerra era do verdadeiro Deus. Depois eles passaram a morar no território que era daquele povo, até o tempo do exílio.”

Nos dias do Rei Saul, os israelitas que moravam na terra de Gileade… prosseguiam vigorosamente a expandir seu território para além da terra de Gileade, em direção ao rio Eufrates. Fizeram isso em harmonia com a promessa de Deus ao seu antepassado Abraão. — Gên. 15:18; 1 Crô. 5:10.
Por isso, passaram a entrar em conflito com os agarenos … Os gileaditas estavam em enorme inferioridade. Somavam 44.760. Mas no conflito resultante tomaram 100.000 cativos vivos. Estes de modo algum constituíam toda a força dos agarenos, porque a Bíblia relata que “muitos haviam caído mortos”. É evidente que os gileaditas não podiam ter obtido a vitória na sua própria força, e não a obtiveram assim. Esperavam que Jeová Deus os ajudasse. “Clamaram a Deus por socorro na guerra”, diz o relato bíblico, “e ele se deixou suplicar a seu favor por confiaram nele”. — 1 Crô. 5:18-22. (w74 1/9 p. 544; grifo acrescentado.)

Em nossa guerra espiritual também nos encontramos em grande inferioridade. Mas podemos ser igualmente vitoriosos por confiar plenamente em Jeová. — Efésios 6:10-17.

A importância da música na adoração de Jeová

1 Crônicas 6:31-33: “Estes foram os homens que Davi designou para dirigir os cânticos na casa de Jeová, depois que a Arca foi colocada ali. Eles eram responsáveis pelos cânticos junto ao tabernáculo, a tenda de reunião, até que Salomão construiu a casa de Jeová em Jerusalém. Eles realizavam o seu serviço conforme estabelecido para eles. Estes eram os que serviam junto com seus filhos: dos coatitas havia Hemã, o cantor, filho de Joel, filho de Samuel.”

Efésios 5:18-20: “Também, não se embriaguem com vinho, em que há devassidão, mas fiquem cheios de espírito. Falem uns aos outros com salmos, louvores a Deus e cânticos espirituais, cantando e acompanhando a si mesmos com música no coração, para Jeová, dando sempre graças por todas as coisas ao nosso Deus e Pai, em nome do nosso Senhor Jesus Cristo.

Os sacrifícios eram leis de Moises?

1 Crônicas 6:49: “Eles realizavam as tarefas relacionadas com as coisas santíssimas, para fazer expiação por Israel, de acordo com tudo o que Moisés, o servo do verdadeiro Deus, havia ordenado.

1 Crônicas 16:40: “Para oferecerem holocaustos [sacrifícios] ao Senhor continuamente, pela manhã e à tarde, sobre o altar dos holocaustos; e isto segundo tudo o que está escrito na lei do Senhor que tinha prescrito a Israel.” – ACRF.

Portanto, os sacrifícios (que alguns chamam de “lei cerimonial”) também faziam parte da “lei do Senhor”. Moisés apenas transmitiu a Lei ao povo de Israel.


É necessário ser corajoso ao travar a luta teocrática

1 Crônicas 7:2, 5, 11, 40: “Entre os descendentes de Tola havia guerreiros valentes que nos dias de Davi somavam 22.600. Seus irmãos, de todas as famílias de Issacar, eram guerreiros valentes. … Os filhos de Bela foram Esbom, Uzi, Uziel, Jerimote e Iri, cinco. Eles eram cabeças das suas casas paternas e guerreiros valentes. … Havia 17.200 guerreiros valentes preparados para servir no exército numa guerra. Todos esses foram filhos de Aser, cabeças das suas casas paternas, guerreiros valentes, de elite, chefes dos maiorais.

1 Crônicas é confirmado pela arqueologia

1 Crônicas 5:26: “Por isso, o Deus de Israel instigou contra eles o espírito de Pul, rei da Assíria (isto é, Tilgate-Pilneser, rei da Assíria), de modo que ele levou para o exílio os rubenitas, os gaditas e os da meia tribo de Manassés. Ele os levou para Hala, para Habor, para Hara e para a região do rio Gozã, onde permanecem até hoje.

O primeiro rei assírio a ser mencionado nominalmente na Bíblia é Tiglate-Pileser III (2Rs 15:29; 16:7, 10), também chamado “Pul” em 2 Reis 15:19. Em 1 Crônicas 5:26 são usados ambos os nomes, e isto levou alguns no passado a encará-los como reis distintos. No entanto, a Lista de Reis A, babilônica, menciona “Pulu”, indicando que ambos os nomes se aplicam à mesma pessoa. Alguns sugerem que este rei era originalmente conhecido como Pul e que assumiu o nome de Tiglate-Pileser ao ascender ao trono assírio. – it-1 p. 256, verbete “Assíria”; grifo acrescentado.

1 Crônicas esclarece outras passagens e a maneira correta de traduzir

1 Crônicas 5:26: “Ele [o rei da Assíria] os levou para Hala, para Habor, para Hara e para a região do rio Gozã, onde permanecem até hoje.

Em 2 Reis 17:6 e 18:11, algumas traduções rezam “Habor, o rio de Gozã” (IBB, BJ), em vez de “Habor, junto ao [ou: perto do] rio Gozã” (NM, So), tornando assim Gozã um lugar, nestes textos. Mas a versão “Habor, o rio de Gozã”, não se harmoniza com 1 Crônicas 5:26. Nesta passagem, Habor é alistada entre Hala e Hara; e Hara, não Habor, é alistada antes de Gozã. Isto indica que Habor e o “rio de Gozã” (IBB) não são sinônimos. Portanto, aqueles que identificam Gozã sempre como lugar se vêem obrigados a rejeitar a referência de Crônicas. No entanto, visto que o hebraico permite uma tradução coerente de “rio Gozã” em todos os três textos, há motivos para se crer que foi na vizinhança de um rio chamado Gozã que o rei da Assíria fixou alguns dos israelitas exilados do reino setentrional. O Qezel Owzan, do NO do Irã, tem sido sugerido como possível identificação do “rio Gozã”. Ele nasce nos montes ao SE do lago Urmia (no que costumava ser a terra dos medos), e por fim desemboca como o Sefid Rud, ou rio Branco (nome aplicado ao seu curso inferior), na parte SO do mar Cáspio. Segundo outro ponto de vista, o Gozã é um rio da Mesopotâmia. – it-2 p. 250, verbete “Gozã”; grifo acrescentado.


1 Crônicas ajuda a entender termos bíblicos

1 Crônicas 6:22-24: “Os filhos de Coate foram Aminadabe, seu filho; Corá, seu filho; Assir, seu filho; Elcana, seu filho; Ebiasafe, seu filho; Assir, seu filho; Taate, seu filho; Uriel, seu filho; Uzias, seu filho; e Saul, seu filho.

Identificação dos Parentescos. Na determinação dos parentescos, freqüentemente é necessário verificar o contexto ou fazer um confronto de listas paralelas ou de textos de partes diferentes da Bíblia. Por exemplo, “filho” pode na realidade significar neto, ou apenas descendente. (Mt 1:1) Novamente, uma lista de nomes pode parecer ser o registro de irmãos, filhos do mesmo homem. Um exame mais detido e a comparação com outros textos, porém, pode mostrar que é o registro duma linhagem genealógica, dando os nomes de alguns filhos, e também de alguns netos ou descendentes posteriores. Gênesis 46:21, evidentemente, alista tanto os filhos como os netos de Benjamim como “filhos”, conforme se pode ver na comparação com Números 26:38-40.

A mesma situação é encontrada até nas genealogias de algumas das famílias principais. Por exemplo, 1 Crônicas 6:22-24 alista dez “filhos de Coate”. Mas, no versículo 18, e em Êxodo 6:18, encontramos apenas quatro filhos atribuídos a Coate. E o exame do contexto mostra que a lista dos “filhos de Coate”, em 1 Crônicas 6:22-24, é na realidade parte duma genealogia de famílias da linhagem de Coate, que tinham membros representativos presentes para serem designados por Davi para certos deveres no templo. – it-2 p. 192, verbete “Genealogia”; grifo acrescentado.

Explicação das siglas usadas:

ACRF: Tradução Almeida Corrigida e Revisada Fiel. 
it: obra Estudo Perspicaz das Escrituras. O número em sequência indica o volume.
w: revista A Sentinela. Os números em sequência indicam, respectivamente, o ano, o dia e o mês da publicação.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.



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