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Resposta a diversas perguntas envolvendo a Bíblia


Fonte da foto: jw.org

Certo estudante da Bíblia comentou:

Olá, como vai? Meu nome é Rodrigo, sou estudante da Bíblia. Tenho várias perguntas que persistem na minha mente e como gosto muito das respostas deste site. Gostaria que, se possível, ao menos alguma delas fossem respondidas. Obrigado!

Após esse comentário, ele alistou diversas perguntas, as quais estão alistadas abaixo junto com as respostas.

1.º) Por qual motivo ocorre o nome “Miguel” em Daniel 10:13, visto que este seria Jesus ressuscitado, o que só aconteceu no Novo Testamento, quando Jesus morreu? Também, no mesmo texto há a frase: “(...) um dos príncipes mais importantes.” Quer dizer que há mais arcanjos?

Resposta: O nome Miguel tem a ver com o Filho unigênito de Deus no céu, e não apenas após ele ter sido ressuscitado. Também, “príncipe” e “arcanjo” não são sinônimos. O primeiro termo ocorre também no plural, ao passo que arcanjo ocorre apenas no singular, e ainda vem precedido do artigo definido “o” em Judas 9: “o arcanjo”.

2.º) Por que a desassociação dura tanto tempo? Isso não pode enfraquecer a fé? O ponto não é parar de pecar? Em 2 Tessalonicenses 3:14 e 15, Paulo exorta que não considere o irmão como inimigo, mas continue a aconselhá-lo. Porém, como posso dar conselhos ou ajudar o perdido a voltar para Deus se eu não posso falar com ele? No versículo 13 diz “quanto a vocês, irmãos”; logo, não se refere só aos anciãos a obra de ajudá-lo. A respeito de cumprimentos, a Sentinela de 1.º/08/1974, em inglês, na pág. 685, diz que “uma testemunha pode cumprimentar o desassociado que não é apóstata na fé cristã, mas não irá além duma palavra de cumprimento.” Já em 1981, o Corpo Governante estabeleceu a regra: “Nem mesmo um mero cumprimento.” Mesmo que não seja mais praticante da transgressão, enquanto permanecer desassociado, o ostracismo familiar e social continua. O texto empregado contra o cumprimento é 2 João 8-11, mas note que o apóstolo dá um conselho aos leitores sobre o perigo espiritual daqueles que rejeitam a Cristo e defendem outro ensino, diabólico – ou seja, anticristos ativos e atuantes. Não se fala em lugar algum de crentes que pecaram. Como fica então essa questão?

Resposta: Com relação à desassociação, a Bíblia não informa o período que deve durar. Entende-se que seria até a pessoa parar de praticar o que a levou a ser desassociada e demonstrar obras de arrependimento. (Atos 26:20) 2 Tessalonicenses 3:14 e 15 não diz respeito à desassociação, mas sim ao ato de “tomar nota” de um desordeiro. (Para uma explicação desse procedimento, veja a revista A Sentinela de 15 de julho de 1999, p. 29.) Concernente à mudança de entendimento que ocorreu em 1981, tenha presente que novas pesquisas podem trazer à tona novos conceitos e mudanças. De qualquer forma, Jesus garantiu que não perderá nenhuma de suas ovelhas. – João 10:27-29.

 3.º) Por que Daniel aceitou o cargo político dado por Nabucodonosor, que não servia a Jeová, se não devemos se envolver na política? – Daniel 2:48.

Resposta: A posição bíblica referente à neutralidade política é clara. (Veja o livro Raciocínios À Base das Escrituras, tópico “Neutralidade”, pp. 260-7.) Em vista disso, podemos entender que Daniel e os demais três hebreus ocuparam funções públicas, como a de um funcionário público, e não político.

4º) Se transplante de órgãos é por consciência individual, a questão do sangue também não deveria ser? Pois a pessoa que doou o sangue não morre (já que em Levítico o animal estava morto) e o sangue não é destruído no estômago, mas continua gerando vida em outro corpo. Além disso, Jesus uma vez disse que se um animal caísse num buraco num dia de sábado, não iriam ainda assim pegá-lo? Quanto mais uma doação de sangue a um ser humano. Há culpa de sangue no caso dos que morreram quando era proibido o transplante de órgãos, entendido como canibalismo, e que mais tarde tornou-se um julgamento por consciência?

Resposta: A Bíblia não menciona o transplante de órgãos, mas menciona explicitamente a lei de evitar (abster-se de) sangue. (Atos 15:28, 29) Veja o artigo A ordem bíblica de evitar sangue se restringe ao sangue de uma criatura que foi abatida? Pode-se ingerir sangue de uma criatura que não foi morta?. O que Jesus disse sobre o que fazer no sábado contrariava os conceitos distorcidos dos lideres de seus dias e não o que a Bíblia realmente dizia sobre o sábado. Com relação ao sangue, este foi colocado no mesmo patamar da idolatria e da imoralidade sexual. Sabemos que servos de Deus preferiram morrer a cometer idolatria. (Veja Daniel 3:17-19.) Quanto ao julgamento sobre culpa de sangue em relação ao entendimento referente aos transplantes, cabe a Jeová, por meio de Cristo. (2 Coríntios 5:10) Você encontrará matéria esclarecedora sobre a questão dos transplantes no artigo Qual foi a verdadeira posturadas Testemunhas de Jeová sobre os transplantes de órgãos?” no blog “Testemunhas de Jeová Defendidas”. 

5.º) Elias e Enoque foram para o céu? E Moisés? Como Moisés e Elias apareceram em Mateus 17:3?

Resposta: Ninguém foi ao céu antes de Jesus ter vindo à Terra. (João 3:13) No caso da transfiguração de Cristo, o relato é claro em mostrar que se tratava de uma “visão” (Mateus 17:9), o contrário do que é “real”. – Atos 12:9.

 6.º) O corpo carnal de Jesus na ressurreição foi destruído? Jesus apareceu realmente com outros corpos ou apenas usou seus poderes para que os olhos das pessoas não o reconhecessem, conforme Lucas 24: 15 , 16, 30 e 31?

Resposta: O corpo de Jesus foi dado como pagamento pelos nossos pecados. (João 6:51) Portanto, ele formou um corpo humano em seus aparecimentos, assim como anjos fizeram no passado. – Gênesis 18 e 19; Hebreus 13:2; Lucas 24:39.

7.º) Como se chega a 607 a.C.? Pois, referente à invasão de Jerusalém que tornou os hebreus prisioneiros para a Babilônia foi escrito no livro “História – Sociedade & Cidadania”: “(...) com capital em Jerusalém. (...) o Reino de Judá sobreviveu até 587a.C., quando foi arrasado pelos caldeus, que destruíram o Templo de Jerusalém e levaram milhares de hebreus como prisioneiros para a Babilônia; o episódio ficou conhecido como Cativeiro da Babilônia.”

Resposta: A data-base é o ano de 539 a.C, quando Ciro conquistou Babilônia. O primeiro ano de Ciro foi o ano seguinte – 538 a.C. Foi quando ele emitiu o decreto autorizando os judeus a voltarem a Jerusalém, os quais lá chegaram em 537 a.C.  Contando 70 anos para trás (2 Crônicas 36:21; Jeremias 29:10), chegamos ao ano  de 607 a.C. como o ano da destruição de Jerusalém pelos babilônios. O livro “E a Bíblia Tinha Razão” declara: “Era uma empresa arrojada deixar a rica terra de Babilônia . . . para empreender o duro caminho para as quinas duma terra deserta. Não obstante, depois de longos preparativos na primavera de 537 a.C. uma longa caravana pôs-se em marcha a caminho da antiga pátria. . . . Teve de percorrer quase 1.300 quilômetros desde Babilônia à distante Jerusalém.” — E a Bíblia Tinha Razão . . . (São Paulo; 1958), Werner Keller, págs. 264, 265.

8.º) Os ungidos quando morrem vão já para o céu? Mas 1ª Tessalonicenses 4: 16 e 17 diz que é no último dia que serão arrebatados. E quanto à vinda de Cristo só ocorrer quando todos os ungidos estiverem no céu? O mesmo texto faz referência também: “Depois, nós, os vivos, que sobrevivermos, seremos arrebatados junto com eles em nuvens para encontrar o Senhor no ar.” Então. como pode ser?

Resposta: Os com esperança celestial começaram a ser ajuntados no 1.º século de nossa Era Cristã. Mas a ressurreição deles só começou a partir da “presença” (parousía) de Cristo, conforme 1 Coríntios 15:22, 23. A partir de então, os que têm tal esperança não ‘adormecem na morte’, mas são ressuscitados “num piscar de olhos”. (1 Coríntios 15:50-52) É disso que trata a passagem de 1 Tessalonicenses 4:13-18. Quando Cristo inicia sua parousía, ele primeiro ressuscita os que morreram e adormeceram na morte antes desse período. Dali em diante, os que morrem são ressuscitados assim que falecer.

9.º) Por que Daniel disse que uma parte dos que acordarão do pó da terra será para a desonra e o desprezo eterno em Daniel 12:2? Não viverão todos felizes num paraíso?

Resposta: Visto que se diz “MUITOS … acordarão”, e não que TODOS acordarão” (Daniel 12:2), isso significa que os que não têm nenhuma chance de ter vida eterna não acordarão, mas permanecerão destruídos para sempre. (Veja Isaías 26:14.) Afinal, a ressurreição é um benefício, e não uma maldição. É necessário ser ‘considerado digno’ dela para ser ressuscitado. (Lucas 20:35) Assim, conclui-se que os que “acordarão  … para a desonra e para o desprezo eterno” serão aqueles que, após terem sido ressuscitados e ter-se lhes estendido a oportunidade de seguir as normas divinas, não a aceitarão e, em razão disso, sofrerão a segunda morte, a morte eterna. – Isaías 26:10;Apocalipse 21:8.

10.º) NUNCA veremos Jeová, nem Jesus, nem anjos por toda a eternidade? Herdaremos o Reino de Deus e jamais poderemos ver o Rei? Mas Ele não tem poder para permitir que se quiser, ainda que sendo espírito, o vejamos? O que a Bíblia diz sobre o assunto?

Resposta: Há coisas de que a Bíblia não trata diretamente. Teremos de esperar para ver todas as coisas que ocorrerão na eternidade futura.

11.º) Que passagem bíblica mostra que os servos de Deus hoje não têm poder de grandes obras, como para profetizar? (Se usar o texto de “serão eliminados”, o que dizer do conhecimento também ser eliminado?); E expulsar um demônio? Então como agir caso um demônio possua alguém em nossa presença? Considere Lucas 9: 49 e 50.

Resposta: Os dons do espírito foram dados aos cristãos no primeiro século para mostrar que desde então o arranjo apoiado por Jeová era o cristianismo, e não mais o judaísmo que havia sido aprovado por Deus por mais de 1.500 anos (Hebreus 2:2-4); e também para incrementar a pregação das boas novas a outras línguas. (Atos 2:1-11) Após isso, cumpriram sua finalidade. (1 Coríntios 13:8-13) O conhecimento de que fala esse último texto é o conhecimento revelado, e não o conhecimento pesquisado, algo que sempre é possível.        Uma vez que tais dons não existem mais, expulsar demônios de forma rotineira por tal dom não ocorre mais. Mas, evidentemente, quando ocorre uma possessão, o servo de Deus poderá orar a Jeová em nome de Cristo. Mesmo que tal servo de Deus diga ao demônio que saia dali, ainda assim não será uma expulsão tal como ocorria com os dons do espírito.

12.º) Por que a futura ressurreição terrestre será feita aos poucos, em vários anos? Pode ressuscitar perto de o milênio acabar? Digamos que uma pessoa matou muitos e fez muita maldade e morreu. Se for ressuscitada, será perdoada? Viverá no paraíso como as outras pessoas que não fizeram tais atos? Será punida por Deus de alguma forma ou só a simples morte será dada?

Resposta: O Reinado Milenar de Cristo será um tempo de ressurreição e de julgamento, e também de instrução. (Isaías 26:9; Apocalipse 20:6) Para que todos os ressuscitados possam ser adequadamente instruídos e possam receber a oportunidade de decidir se servirão ou não a Jeová, é necessário que sejam ressuscitados gradativamente. Isso aumentará a quantidade dos instrutores que ensinarão os outros a serem posteriormente ressuscitados. Por isso é que o período é de mil anos. Até o final do Milênio, todos os que são contados dignos da ressurreição já terão sido ressuscitados e terão decidido servir ou não a Jeová. O fato de que os corregentes de Cristo também serão “sacerdotes” indica que os ressuscitados terão oportunidade de perdão. (Hebreus 5:1; Isaías 33:24) Visto tratar-se de um período de julgamento, serão cumpridas as palavras de Cristo: “Eu lhes digo que os homens prestarão contas no Dia do Julgamento por toda declaração sem valor que fizerem.” (Mateus 12:36) Evidentemente, isso também se aplica às obras deles.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de Jeová.



Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org



Comentários

  1. Só pra constar:

    Daniel não era cristão.

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  2. Isso mesmo saga, usar como critério a antiga adoração judaica para a participação na política seria o mesmo que dizer que o povo de Deus hoje deve ir as guerras Por que o antigo povo de Deus também ia.

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