Fonte da ilustração:
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2014404
“Quem se alimenta de minha carne e bebe
meu sangue tem vida eterna, e eu o hei de ressuscitar no último dia; pois a
minha carne é verdadeiro alimento, e o meu sangue é verdadeira bebida.” – João
6:54, 55.
O capítulo seis de João tem sido
empregado por alguns religiosos para tentar provar duas coisas: que na chamada
“santa ceia” ocorre o milagre da transubstanciação[1] e que todos os
cristãos devem participar dessa celebração. Mas, tais afirmações partem do
pressuposto de que tal passagem se refere à santa ceia. Mas, será que se refere
mesmo?
O assunto era exercer fé em Cristo e
não participar da santa ceia
O tema que levou às palavras de Jesus
acima começou com a pergunta que os judeus lhe fizeram: “Que devemos fazer para
realizar as obras de Deus?” (João 6:28) Eis a resposta de Jesus: “Esta é a obra
de Deus, QUE EXERÇAIS FÉ naquele
a quem Este enviou.” (João 6:29) Jesus Cristo comparou o ato de exercer fé nele
a simbolicamente alimentar-se dele. Uma comparação dos versículos 40 e 54
mostra isso:
“Pois esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que observa o Filho e
exerce fé nele tenha vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.”
– João 6:40.
“Quem
se alimenta de minha carne e bebe meu sangue tem vida eterna, e eu o hei de
ressuscitar no último dia.” – João 6:54.
Portanto, ‘comer a carne e beber o
sangue’ de Cristo neste contexto significa exercer fé em Cristo, e não é uma
referência a participar na santa ceia.
Paralelo com o maná e não com o pão da
Páscoa, usado na santa ceia
Observe agora a continuação da conversa
entre Jesus e os judeus: “‘Nossos antepassados comeram o maná no ermo, assim
como está escrito: “Ele lhes deu pão do céu para comer.”’” Por isso, Jesus
disse-lhes: ‘Digo-vos em toda a verdade: Moisés não vos deu o pão do céu, mas o
meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce
do céu e dá vida ao mundo.’” (João 6:31-33) Assim, a comparação aqui é feita
com o maná, e não com o pão ázimo (sem fermento) da Páscoa judaica, que foi
servido na santa ceia. – Veja também os versículos 48-50.
Prova adicional de que tal passagem não
faz referência à santa ceia são as palavras seguintes de Jesus: “Eu sou o
pão da vida. Quem vem a mim, não terá
mais fome, e quem exerce fé em mim, não
terá mais sede.” (João 6:35) Por outro lado, em contraste com isso, o pão
da santa ceia não deveria ser comido para tirar a fome do participante. Sobre a
celebração da santa ceia, Paulo disse: “Se alguém tiver fome, coma em casa,
para que não vos reunais para julgamento.” (1 Coríntios 11:34) Além disso, o
vinho servido na santa ceia também não se destina a matar a sede. Afinal, o que
mata sede é água. (João 4:14) Por conseguinte, a comparação em João capítulo 6
tem a ver com o maná e a água providos milagrosamente por Jeová no deserto para
sustentar os israelitas, provisão essa que também fortaleceu a fé deles no
poder de Deus. – 1 Coríntios 10:1-4.
Assim como o maná e a água providos por
Deus preservaram a vida dos israelitas, exercer fé na provisão do sacrifício do
resgate provido por Jeová mediante Cristo também preserva a espiritualidade dos
servos fiéis de Deus e os conduz à vida eterna – que será usufruída no céu por
um “pequeno rebanho” de cristãos escolhidos para reinar com Cristo e na Terra
pelas “outras ovelhas” de Cristo, que receberão o benefício desse maravilhoso
governo celestial. – Lucas 12:32; João 10:16.
Nota:
[1] Transubstanciação se refere á
doutrina de que o pão e o vinho da santa ceia se transformaram milagrosamente
no corpo e no sangue de Cristo.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Poderia ter sido melhor destacada a situação de João 6 com a da Samaritana de João 4 onde se fala da Água da Vida. Em ambos casos Jesus falava simbolicamente e seus ouvintes estavam entendendo erradamante de forma literal.
ResponderExcluirO objetivo deste artigo foi mostrar que as palavras de Jesus em João capítulo 6 não se aplicam à comemoração de sua morte, mostrando assim que tal passagem não pode ser devidamente usada para tentar provar a doutrina da transubstanciação e nem a ideia de que todos os cristãos devam participar dos emblemas.
ResponderExcluirEm muitas ocasiões Jesus falou de forma simbólica e/ou em parábolas, e às vezes seus ouvintes entenderam em sentido literal. (Mat. 16:6, 12; João 3:3, 4)O argumento que você está sugerindo, associado a algumas metáforas usadas por Jesus, pode ser útil para combater a errônea interpretação literal das palavras de Cristo: "Isto é o meu corpo' e "isto é meu sangue'. (Mat. 26:26, 28, conforme algumas traduções)Assim, sua sugestão de argumentação é deveras muito útil.
cARO APOLOGISTA EU SOU UM SIMPLES pASTOR. Não tenho formação teologica mas tenho conhecimento pela dedicação do estudo da palavra de Deus. Quero faser chegar ao vosso
ResponderExcluirconhecimento acerca deste texto de João 6:53 em diante, o comer a carne e beber o sangue, refere-se alimentar-se da palavra que ele estava dando e beber o sangue, é se encher do Espirito Santo. Compare com João 1:14 e o verbo se fez carne o versículo 1 diz
que o verbo era Deus. Ele está dizendo que Deus se fez carne e habitou entre nós, observe João 6 45 e serão todos ensinados por Deus.
Prezado David:
ResponderExcluirRespeito seu ponto de vista. Mas a Bíblia mostra que o Verbo era divino, mas não o mesmo Deus que seu Pai. Jesus disse que seu Pai é maior do que ele. (João 14:28) Mesmo voltando ao céu, o Filho é sujeito ao Pai. (1 Coríntios 11:3; 15:27, 28)