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Como alguém sabe se pecou contra o espírito santo?

Fonte da ilustração: jw.org

“Quem falar uma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas quem falar contra o espírito santo, não lhe será perdoado, não, nem neste sistema de coisas, nem no que há de vir.” – Mateus 12:32.

“Quem blasfemar contra o espírito santo, nunca terá perdão, mas é culpado de pecado eterno.” – Marcos 3:29.

Devido às palavras de Jesus, citadas acima, muitos que professam seguir o cristianismo ficaram se perguntando sobre o que seria esse pecado contra o espírito santo, e não poucos ficaram apreensivos quanto a se cometeram tal pecado.

Portanto, em virtude da magnitude das questões envolvidas, tenho o prazer de postar este artigo, que, acredito, pode ser de benefício para todos os que professam o cristianismo, independente da religião que sigam.

O que é o pecado contra o espírito santo?

No contexto em que Jesus falou desse pecado, notamos que o que o motivou a falar sobre esse tipo de pecado foi o fato de certos líderes religiosos, DE FORMA OBSTINADA e com CONHECIMENTO E CAUSA, terem negado a clara evidência da operação do espírito santo quando Jesus expulsou um demônio de um homem. Veja o que Mateus 12:22-32 relatou:

“Trouxeram-lhe então um homem possesso de demônio, cego e mudo, e ele o curou, de modo que o mudo falava e via. Ora, todas as multidões ficaram simplesmente arrebatadas e começaram a dizer: ‘Não é este talvez o Filho de Davi?’ Ouvindo isso, os fariseus disseram: ‘Este não expulsa os demônios senão por meio de Belzebu, o governante dos demônios.’ Conhecendo os pensamentos deles, disse-lhes: ‘Todo reino dividido contra si mesmo cai em desolação, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanece. Do mesmo modo, se Satanás expulsa a Satanás, ele ficou dividido contra si mesmo; como permanecerá então o seu reino? Ainda mais, se eu expulso os demônios por meio de Belzebu, por meio de quem os expulsam os vossos filhos? É por isso que eles serão os vossos juízes. Mas, se é por meio do espírito de Deus que eu expulso os demônios, o reino de Deus vos tem realmente alcançado. Ou como pode alguém invadir a casa dum homem forte e apoderar-se de seus bens móveis, a menos que primeiro amarre o homem forte? E depois saqueará a casa dele. Quem não está do meu lado é contra mim, e quem comigo não ajunta, espalha. Por esta razão, eu vos digo: Toda sorte de pecado e blasfêmia será perdoada aos homens, mas a blasfêmia contra o espírito não será perdoada. Por exemplo, quem falar uma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado; mas quem falar contra o espírito santo, não lhe será perdoado, não, nem neste sistema de coisas, nem no que há de vir.’”

Jesus sabia o que havia no coração das pessoas (Mateus 12:25; João 2:24); sabia quando alguém estava plenamente consciente do que estava fazendo A TAL PONTO DE TER PASSADO A LINHA DO ARREPENDIMENTO.

Não se tratava de alguém fazer algo que soubesse estar errado, mesmo que fosse de forma persistente e repetida, entregando-se a um comportamento ou forma de vida errada; pois, mesmo em situações assim, a pessoa ainda pode se arrepender, como ilustrado pelo caso do filho pródigo. – Veja Lucas 15:11-32.

O filho pródigo foi perdoado
Fonte: jw.org

No caso do filho pródigo, a Bíblia declara que ele “caiu em si”, o que significa que, embora estivesse ciente dos pecados que havia cometido, não havia ido longe demais, a ponto de ultrapassar a linha do arrependimento. Podemos então dizer que a pessoa que ultrapassou tal linha ‘já está plenamente em si’, sendo impossível então que ele ‘caia em si’. A situação irreparável de tal pessoa é descrita em Hebreus 6:4-6 e em Hebreus 10:26-31:

“Porque é impossível, quanto aos que de uma vez para sempre foram esclarecidos, e que provaram a dádiva celestial gratuita, e que se tornaram participantes de espírito santo, e que provaram a palavra excelente de Deus e os poderes do vindouro sistema de coisas, mas que se afastaram, reanimá-los novamente ao arrependimento, porque eles de novo pregam para si mesmos o Filho de Deus numa estaca e o expõem ao opróbrio público. – Hebreus 6:4-6.

“Pois, se praticarmos o pecado deliberadamente, depois de termos recebido o conhecimento exato da verdade, não há mais nenhum sacrifício pelos pecados, mas há uma certa expectativa terrível de julgamento e há um ciúme ardente que vai consumir os que estão em oposição. Qualquer homem que tiver desconsiderado a lei de Moisés morre sem compaixão, pelo testemunho de dois ou três. De quanto mais severa punição, achais, será contado digno aquele que tiver pisado o Filho de Deus e que tiver considerado de pouco valor o sangue do pacto com que foi santificado, e que tiver ultrajado com desdém o espírito de benignidade imerecida? Pois, conhecemos aquele que disse: ‘Minha é a vingança; eu recompensarei’; e, novamente: ‘Jeová julgará o seu povo.’ Coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivente.” – Hebreus 10:26-31.

É possível saber se alguém cometeu o pecado imperdoável?

Não. Humanamente não temos condições de avaliar e de saber se alguém cometeu o pecado imperdoável, não importa o que tal pessoa tenha feito. A Bíblia relata que o Rei Manassés, de Judá, cometeu pecados terríveis. No entanto, ele conseguiu se arrepender e demonstrou isso por meio de obras.

Diz o relato bíblico sobre ele: “E construiu altares na casa de Jeová, referente à qual Jeová dissera: ‘Em Jerusalém porei o meu nome.’ E foi construir altares a todo o exército dos céus em dois pátios da casa de Jeová. E ele fez o seu próprio filho passar pelo fogo [sacrificou seus filhos], e praticou a magia e procurou presságios, e constituiu médiuns espíritas e prognosticadores profissionais de eventos. Fez em grande escala o que era mau aos olhos de Jeová, para o ofender.” – 2 Reis 21:4-6.

Devido à grande iniquidade desse rei, Jeová retirou sua proteção dele: “Por fim, Jeová trouxe contra eles os chefes do exército que pertencia ao rei da Assíria e eles capturaram, pois, a Manassés nos recessos e prenderam-no com dois grilhões de cobre, e levaram-no a Babilônia. E assim que isto lhe causou aflição, abrandou a face de Jeová, seu Deus, e continuou a humilhar-se grandemente por causa do Deus de seus antepassados. E orava a Ele, de modo que se deixou suplicar por ele e ouviu seu pedido de favor, e restaurou-o a Jerusalém ao seu reinado; e Manassés veio a saber que Jeová é o verdadeiro Deus.”

O arrependimento de Manassés foi genuíno, pois ele o demonstrou por fazer “obras próprias de arrependimento”. (Atos 26:20) Veja o que ele fez: “E passou a remover da casa de Jeová os deuses estrangeiros e o ídolo, bem como todos os altares que tinha construído no monte da casa de Jeová e em Jerusalém, e então os fez lançar fora da cidade. Outrossim, preparou o altar de Jeová e começou a sacrificar sobre ele sacrifícios de participação em comum e sacrifícios de agradecimento, e prosseguiu, dizendo a Judá que servisse a Jeová, o Deus de Israel.” – 2 Crônicas 33:15, 16.

Manassés se arrependeu e foi perdoado
Fonte: jw.org

Uma pessoa dificilmente poderia avaliar se ELA PRÓPRIA cometeu o pecado imperdoável.

O apóstolo João escreveu: “Por meio disso é que saberemos que nos originamos da verdade e asseguraremos os nossos corações diante dele quanto a TUDO EM QUE OS NOSSOS CORAÇÕES NOS POSSAM CONDENAR, porque Deus é maior do que os nossos corações e ele sabe todas as coisas.” – 1 João 3:19, 20.

Essa passagem mostra que, devido ao nosso coração ser imperfeito e traiçoeiro (Jeremias 17:9), ele pode exagerar uma condenação. Além disso, Satanás e os seus demônios gostariam muito que alguém concluísse estar além de perdão, acreditando estar sem esperança de salvação.

Um bom indicativo de que a pessoa não pecou contra o espírito santo é o fato de ela estar preocupada com um pecado que cometeu ou vida de pecado que esteja levando. Ela não está totalmente insensível à sua situação. Em suma: enquanto houver possibilidade de arrependimento, a pessoa não cometeu o pecado imperdoável. 

Devido à possibilidade de se cometer o pecado imperdoável, quão sábio é procurar evitar cometer pecados graves! E, se alguém tem consciência de tê-los cometido, quão importante é que sem demora busque a Jeová por meio de Cristo, procurando o perdão de Deus.

Temos a maravilhosa garantia exposta no Salmo 86:5: “Porque tu, ó Jeová, és bom e ESTÁS PRONTO A PERDOAR; e é abundante a benevolência para com todos os que te invocam.”



A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradaspublicada pelas Testemunhas de Jeová.


Contato: oapologistadaverdade@gmail.com

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