Fonte da ilustração: http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2014324
Ἐὰν μὴ ἴδω ἐν ταῖς χερσὶν αὐτοῦ τὸν τύπον τῶν ἥλων
καὶ βάλω τὸν δάκτυλόν μου εἰς τὸν τύπον τῶν ἥλων
καὶ βάλω μου τὴν χεῖρα εἰς τὴν πλευρὰν αὐτοῦ,
οὐ μὴ πιστεύσω.
“A menos que eu veja nas suas mãos o
sinal dos pregos
e ponha o meu dedo no
sinal dos pregos,
e ponha a minha mão no seu lado,
certamente não acreditarei.”
– João 20:25.
Membros da cristandade, por vezes, têm usado o
texto de João 20:25 para tentar justificar a crença deles de que Jesus morreu
numa cruz de duas vigas transversais. Contudo, o texto não muda o fato de que
as palavras gregas usadas para o instrumento de execução de Cristo – stau·rós e xý·lon –
significam um poste reto; nem muda o fato de a cruz ser pagã. Em segundo lugar,
podemos afirmar que a passagem de João 20:25 prova justamente o contrário do
pretendido pelos membros da cristandade.
Observamos que a expressão “sinal [no singular] dos
pregos” (em grego: τύπον τῶν ἥλων; týpon tôn hélon), que ocorre duas vezes, exige que as mãos
de Cristo tenham sido pregadas uma sobre a outra. Se Cristo tivesse sido
pregado com os braços abertos numa cruz, haveria sinais dos
pregos, cada prego deixando um sinal em cada mão. No entanto, o texto fala de
“sinal” no singular. Portanto, ter Jesus morrido numa cruz com braços abertos
está fora de cogitação. Para que houvesse apenas um sinal (no
singular) nas “mãos” (plural) de Jesus, suas mãos teriam de ser pregadas
juntas, uma sobre a outra.
Podemos ilustrar isso com a seguinte situação:
digamos que você fosse incumbido de fazer um único furo em duas peças de
madeira. A única maneira de fazer isso seria colocar uma sobre a outra. Embora
cada madeira apresentasse depois disso dois orifícios, ou buracos, o furo
(sinal) feito foi um só.
Mas, talvez alguém diga: ‘Não poderiam os dois
furos – cada um produzido por um prego nos braços estendidos numa cruz –
constituir um sinal composto? Vocês não afirmam que os
diversos acontecimentos mencionados por Jesus, tais como guerras, fome,
doenças, constituem um sinal composto de sua presença?’
“Sinal” no texto grego
Bem, neste caso, tal pessoa estaria confundindo
“sinal” (do grego τύπος; týpos) com “sinal” (do grego σημεῖον ; semeíon).
A palavra usada em João 20:25 é τύπος (týpos), que significa
“sinal” no sentido literal – significa um sinal concreto, físico, material: uma
marca, um traço, entalhe, furo, ou corte. Por exemplo, Atos 7:43 fala das
“figuras” (týpous, plural) de deuses pagãos, significando os
desenhos (traços) ou as esculturas (entalhes, cortes). Em harmonia com isso,
hoje usamos a palavra “tipografia” para descrever o sistema de imprimir com
fôrmas em relevo. Portanto, týpos descreve um sinal físico.
Por outro lado, σημεῖον (semeíon)
significa um “sinal” abstrato, simbólico, no sentido de “indicação”, algo
distinto pelo qual alguma coisa é conhecida. Trata-se de uma indicação de
acontecimento(s), ações, ou fatos. (Mateus 24:3; Lucas 2:11, 12, 34; 11:29; 1
Coríntios 14:22; Mateus 26:48) Ocorre na
sua totalidade 38 vezes no singular e 38 vezes no plural, perfazendo 76 vezes
ao todo. Em todas as ocorrências parece ter sentido simbólico. [1]
O uso figurado de semeíon pode ser
visto pelo seu emprego em Apocalipse 13:13, 14; 16:14; 19:20, que fala dos
“sinais” (semeia; semeîa) realizados pela “fera”, por demônios e
pelo “falso profeta”, no sentido de “obras poderosas”. Em consonância com o sentido
simbólico de semeíon, temos hoje a palavra “semiologia”, que é
usada para denominar a ciência que estuda os sinais (imagens, gestos,
vestuários, ritos, etc.) que caracterizam a cultura humana. Em adição, o verbo
relacionado semeióo significa “sinalizar”, “pôr sinal” em
alguém, no sentido de indicá-lo como alguém diferenciado, de
prestar atenção especial a ele. Em 2 Tessalonicenses 3:14, a expressão “tomai
nota de tal” literalmente é “ponde sinal neste”. – NM n.
Por outro lado, em João 20:25 “sinal” tem o sentido
literal de “furo”, “buraco”, “chaga” ou ferida aberta, “úlcera”, ou a marca
deixada por essa ferida. Týpos no singular exige a existência
de uma só marca nas duas mãos. É como se Tomé dissesse: ‘A menos que eu veja o
furo (no singular) nas suas mãos.’ Um único furo nas duas mãos de Jesus
exigiria que tivessem sido pregadas uma sobre a outra, como ilustrado acima no
caso de se fazer um único furo em duas peças de madeira. Ambas teriam de ser
colocadas uma sobre a outra.
Em sentido figurado, týpos significa
“forma, figura, padrão, molde”: “forma de ensino” (Romanos 6:17); na vida
moral, significa “exemplo”, “padrão”, “modelo”. (1 Timóteo 4:12) Também se
refere aos tipos (modelos, moldes, padrões) dados por Deus de
realidades espirituais ou futuras. Mas, neste caso, o que é simbolizado pelo
“tipo” tem similaridade com tal “tipo” ou modelo, o que não acontece
necessariamente com semeíon. Por exemplo, Romanos 5:14 fala de Adão
como sendo “tipo” de Jesus Cristo, por ter tido “similaridade” com ele. 1
Coríntios 10:6, 11 descreve os pecados dos israelitas no ermo e as consequências
desastrosas como sendo “exemplos” (“em figura”, Mateus Hoepers) ou,
“tipos” (τυπικῶς; tipicamente), para os
cristãos de que similarmente teriam consequências desastrosas caso
desobedecessem a Deus. Hebreus 8:5 menciona o tabernáculo de Israel como
“modelo” ou tipo de realidades celestiais. Assim, o “tipo” sempre
correspondente de alguma forma ao que é retratado por ele.
Inversamente, esta não é a regra no caso de semeíon.
Exemplificando, Jesus mencionou que o “sinal” (semeíon) de sua Parusia,
do exercício do seu governo celestial, seriam guerras, fome, pestilências,
terremotos, e assim por diante. Jamais poderíamos presumir que tais tragédias
seriam um “tipo” ou modelo do governo de Jesus. Muito pelo contrário! Seu
governo pacífico e revigorante foi tipificado pelo governo pacífico de Salomão.
(Salmo 72) Por conseguinte, semeíon indica coisas com as quais
não tem necessariamente nenhuma similaridade.
Pregos
Mas que dizer de “pregos” (no plural) produzindo um
“sinal” (no singular)? Como seria isso possível? Uma possibilidade é que mais
de um prego tivesse sido afixado nas mãos de Jesus, pregadas uma sobre a outra.
Embora nossas publicações mostrem um único prego atravessando ambas as mãos de
Cristo, vale ressaltar que tais representações da morte de Jesus são meramente
concepções artísticas do cenário, não afirmações anatômicas absolutas.
Mas outro ponto a considerar é que a fraseologia
usada por Tomé não associa “pregos” com as “mãos” de Cristo. O termo “pregos”
está associado a “sinal”. Em termos simples, a Bíblia não fala de ‘pregos [no
plural] nas mãos’ de Cristo, mas sim do “sinal dos
pregos” em suas mãos. Para ilustrar isso: a Bíblia não diz em 1 Timóteo 6:10
que ‘o dinheiro é a raiz de toda sorte de coisas prejudiciais’, mas sim que o “amor ao
dinheiro” o é. Do mesmo modo, não são os pregos, mas sim o sinal deles,
que Tomé associa com as “mãos” de Cristo. Portanto, uma possibilidade razoável
é que o termo “pregos” (no plural) inclua também os pés de Cristo, pois seus
pés também foram pregados. (Lucas 24:39) Isso explicaria a expressão “pregos”
no plural, indicando que um havia sido afixado nas “mãos” de Jesus, deixando um
“sinal” (no singular), e o outro nos seus “pés”. Em outras palavras, dos
“pregos” (plural) que foram usados para afixar Jesus no madeiro, Tomé queria
ver o “sinal”, ou furo, deixado nas mãos de Cristo pelo prego específico que
foi usado naquela parte de seu corpo.
Segue
abaixo um diagrama da distinção entre τύπος (týpos) e shmeion (semeíon).
τύπος (týpos)
|
semeion (semeíon)
|
Concreto
|
Abstrato
|
Significa
marca, traço, risco de um objeto.
Exemplo:
sinal de caneta
(um risco)
|
Significa indicação de
acontecimento, ação, fato, ou operação
Exemplo:
sinal de “mais” ou de “xis” (dois riscos)
|
Cada týpos é
singular
|
Um semeíon pode
ser composto
|
É visto
|
É
discernido
|
Evidencia
objeto que o produziu: prego, caneta, lápis, etc.
|
Evidencia
acontecimento, ação, ou operação.
Exemplo: sinal de acidente (corpos estirados,
carros batidos, policiais)
|
Nota de rodapé:
[1] No singular:
Mateus 12:38, 39; 16:1, 4; 24:3, 30; 26:48; Marcos 8:11, 12; 13:4; Lucas 2:12,
34; 11:16, 29, 30; 21:7; 23:8; João 2:18; 4:54; 6:30; 10:41; 12:18; Atos 4:16,
22; Romanos 4:11; 1 Coríntios 14:22; 2 Tessalonicenses 3:14, 17; Apocalipse
12:1, 3; 15:1. No plural (semeia; semeia): Mateus 16:3; 24:24;
Marcos 13:22; Lucas 21:11, 25; João 2:11, 23; 3:2; 4:48; 6:2, 14, 26;
7:31; 9:16; 11:47; 12:37; 20:30; Atos 2:19, 22, 43; 4:30; 5:12; 6:8;
7:36; 8:6, 13; 14:3; 15:12; Romanos 15:19; 1 Coríntios 1:22; 2 Coríntios 12:12;
2 Tessalonicenses 2:9; Hebreus 2:4; Apocalipse 13:13, 14; 16:14; 19:20.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Veja também o artigo especial: ARTIGO ESPECIAL: Romanos 13 – As “autoridades superiores” e o cisma de 1962 na Europa oriental
Comentários
"Duas Perguntas Sobre Crucificação" compõem o título de um artigo fascinante, que foi assunto da REVISÃO BÍBLICA de Abril de 1989. Debaixo estavam dois subtítulos, a Vítima "Morre por Sufocamento", e Cravos nas Mãos "Segurariam o Peso do Corpo? "
Nela, o autor desacredita a teoria prévia da crucificação como formulada por A. A. LeBec em 1925 e cuja publicidade foi difundida pelo Dr. Pierre Barbet em 1953, que (1) Jesus morreu por sufocamento devido a ser incapaz de se levantar para respirar, e (2) os cravos em suas mãos estavam de fato nos pulsos (assumindo que as palmas das mãos não poderiam segurar o peso do corpo). Agora parece que a evidência não apoia a teoria de Barbet. (1) Jesus não morreu por sufocamento, mas por choque e trauma. Adicionalmente, um homem empalado com braços estirados diretamente em cima de sua cabeça (como a Torre de Vigia descreve) sufocaria em minutos, considerando que um homem com mãos estendidas de lado a um ângulo de 60 70 graus (como em uma cruz) poderia viver por horas sem sufocar. 2) Há dois locais na PALMA de cada MÃO que permite que um cravo penetre e segure o peso do corpo inteiro até cem libras, tornando a "teoria do pulso" desnecessária para explicar como os braços de Cristo foram presos à cruz.Anos atrás, LeBec e Barbet tinham concluído que uma pessoa pendurada com os braços para cima, sufocaria em questão de minutos, devido à inabilidade dos pulmões se expandir e contrair em tal posição. Adicionalmente, o radiologista austríaco, Hermann Moedder, fez experiências com estudantes médicos nos anos 40, enquanto os pendurando pelos pulsos com as mãos diretamente sobre suas cabeças (parecido com os quadros da Torre de Vigia com Jesus em uma estaca). Em alguns minutos, os estudantes ficaram pálidos, a capacidade pulmonar deles caiu de 5.2 a 1.5 litros, a pressão sanguínea diminuiu e a taxa de pulso aumentou. Moedder concluiu que a inabilidade para respirar aconteceria em aproximadamente seis minutos se não lhes permitissem ficar de pé e descansar.
O mesmo se aplicaria a Cristo, SE ele estivesse suspenso em uma estaca como a Torre de Vigia descreve, pendurado com as mãos suspensas diretamente para cima. Ele teria sufocado em questão de minutos.
Porém, Zugibe descobriu que se os estudantes fossem pendurados através das mãos estendidas para o lado a 60-70 graus, eles não teriam nenhuma dificuldade de respiração por horas a fio. Desde que Lucas 23:44 e Mateus 27:45,46 mostram que Cristo esteve na cruz durante aproximadamente três horas, a evidência aponta novamente para morte em uma cruz tradicional.
A palavra grega traduzida por “cruz é staurov” (stauros) e o verbo é staurovw (stauroo). Na literatura grega clássica stauros significa: “empalação, enforcamento, estrangulamento”, além de “estaca”. Era também um instrumento de suplício: uma viga colocada nos ombros do réu. Não existe uma definição única para o termo, como ensina a STV. A palavra stauros por si não diz a técnica nem a forma exatas da execução. Para saber com mais exatidão sobre essa execução é necessário de antemão saber em que região, em que época e sob que autoridade foi executada a sentença, além de conhecer o ponto de vista do escritor que emprega o referido vocábulo.
No Velho Testamento o termo “estaca” aparece em Êx 35.18; 38.31; Nm 3.37; 4.32; Jz 4.21-22; 5.26; Is 33.20; 54.2; Ez 15.3; Zc 10.4, e em nenhuma delas a Septuaginta traduziu por stauros. O verbo stauroo aparece só uma vez no Velho Testamento, em Et 7.9-10, e é traduzido por “enforcar”. A STV não tem autoridade para dogmatizar sobre ser stauros apenas “estaca”. Não existe apoio bíblico nem histórico para o ensino da Torre de Vigia.
Stau•rós, tanto no grego clássico como no coiné, não transmite a idéia de “cruz”, com duas barras de madeira. Significa apenas uma estaca reta, um pau, uma trave ou um poste reto, como do tipo que poderia ser usado para cerca, estacada ou paliçada.
O antigo poeta grego Homero usa a palavra stauros para se referir a um poste ou estaca comum, ou um simples pedaço de madeira. E este é o significado e o uso da palavra em todos os clássicos gregos. Nunca se refere a dois pedaços de madeira cruzados em algum ângulo, mas sempre a um só pedaço. O grego stauros não significa cruz, assim como a palavra ‘pau’ não significa ‘muleta’. E, no que tange à Bíblia, nada existe no grego do “Novo Testamento” que sequer sugira duas peças de madeira. – O Novo Dicionário da Bíblia, de J. D. Douglas, de 1966, sob “Cruz”, página 379; Vine’s Expository Dictionary of Old and New Testament Words, de Vine, 1981, Vol. 1, p. 256; Interpreter’s Dictionary of the Bible (Dicionário Bíblico do Intérprete); The Imperial Bible-Dictionary (O Dicionário Bíblico Imperial); The Companion Bible (A Bíblia Companheira), Apêndice 162.
Era necessário que Jesus morresse pregado numa estaca, segundo a Lei mosaica, para que os judeus fossem libertos da maldição da Lei. (Gál. 3:13; Deu. 21:22, 23; Jo 19:7) Até mesmo entre os romanos a crux (da qual se deriva nossa cruz) era originalmente um poste reto. (The Imperial Bible-Dictionary)
Portanto, acredito que não há nenhuma confusão para quem está alinhado tanto com o uso clássico e bíblico do termo stau•rós como com o que as inteiras Escrituras apresentam sobre o instrumento da morte de Cristo.
Ἐὰν μὴ ἴδω ἐν ταῖς χερσὶν αὐτοῦ τὸν τύπον τῶν ἥλων
καὶ βάλω τὸν δάκτυλόν μου εἰς τὸν τύπον τῶν ἥλων
καὶ βάλω μου τὴν χεῖρα εἰς τὴν πλευρὰν αὐτοῦ,
οὐ μὴ πιστεύσω.
“A menos que eu veja nas suas mãos o sinal dos pregos
e ponha o meu dedo no sinal dos pregos,
e ponha a minha mão no seu lado,
certamente não acreditarei.”
– João 20:25.
Vamos descartar a suposta possibilidade de:
Portanto, uma possibilidade razoável é que o termo “pregos”
(no plural) inclua também os pés de Cristo, pois seus pés também foram pregados.
Essa possibilidade não é cabível e deve ser descartada pelo seguinte motivo.
Apesar do autor do post alegar que:
A fraseologia usada por Tomé não associa “pregos” com as “mãos” de Cristo. O termo “pregos” está associado a “sinal”.
Na realidade a fraseologia de Tomé é um corpo de frase e está toda relacionada; Então óbvio que MÃOS nesta frase primariamente se relaciona com SINAL e secundariamente relaciona o SINAL com os PREGOS.
“A menos que eu veja nas suas mãos o sinal dos pregos
(e)ponha o meu dedo no sinal dos pregos,
e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
Então em primeiro lugar, vou demonstrar a impossibilidade destes PREGOS serem pregos também dos PÉS.
1. Em parte alguma da fraseologia de Tomé consta a menção PÉS, ou seja, não há associação na frase aos Pés.
2. Tomé nessa fraseologia, exigia apenas a prova mediante dois sinais, ou seja, mediante ver a marca nas MÃOS e a marca do LADO.
3. Jesus responde às exigência de Tomé e diz: Põe aqui o dedo e vê as minhas MÃOS; chega também a mão e põe-na no meu LADO;
4. O Pregos nesta frase está associado ao SINAL das MÃOS e não aos PÉS.
O SINAL SINGULARIZADO
Agora vamos esclarecer o por que do termo SINAL( marca) está no singular na fraseologia de Tomé
A singularidade do termo SINAL nas MÃOS, se dá em relação a singularidade do outro SINAL no LADO de Jesus, pois Tomé necessitava Ver e tocar nos DOIS SINAIS, ou seja, no SINAL DAS MÃOS e no SINAL DO LADO.
Então é óbvio que o SINAL nas MÃOS está no singular em relação ao SINAL no LADO de Jesus; por isso Tomé disse: A menos que eu veja nas suas mãos a marca dos pregos (e)ponha o meu dedo no sinal dos pregos E não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei.
E jesus responde: E logo disse a Tomé: Põe AQUI o dedo e vê as minhas mãos; chega também a mão e põe-na no meu lado; não sejas incrédulo, mas crente.
Outra coisa, Tomé ao afirmar: A menos que EU veja nas SUAS mãos A MARCA dos PREGOS e ponha o MEU dedo na MARCA dos PREGOS.
Note que Tomé queria ver a MARCA nas MÃOS e COLOCAR o DEDO na MARCA das MÃOS; então é óbvio que para TOMÉ bastava COLOCAR o dedo em um FURO de uma das mãos, pois as duas mãos estavam furadas, mas bastava colocar o dedo um furo em qualquer das mãos, por isso, Jesus diz a Tomé, PÕE AQUI O DEDO, ou seja, Tomé queria colocar o dedo em UM dos furos nas mãos de Jesus e Jesus pediu que Tomé o colocasse o dedo em UM FURO, ou seja, COLOQUE AQUI; esse AQUI demonstrativo está indicando singularidade de local.
Outra coisa, o termo SINAL (Furo) nas mãos de Jesus, na fraseologia de Tomé, está no singular também devido o FURO em si mesmo ser UM, por ser causado por OBJETOS da mesma espécie, ou seja, a expressão a MARCA feita pelos PREGOS não enfatiza necessariamente que os PREGOS foram ficados no MESMO LOCAL e sim que AQUELE tipo de MARCA foi feita por PREGOS, ou seja, tanto a marca na mão direita ou esquerda se trata de marcas feita por objetos do mesmo tipo e não pelo mesmo objeto, por isso, não era necessário Tomé frasear: A menos que eu veja nas suas mãos OS SINAIS dos PREGOS.
Pois quando Tomé emprega na frase a pluralidade de MÃOS por ser duas e da mesma espécie e quando emprega pluralidade de PREGOS por ser possivelmente 2 objetos da mesma espécie, não necessitaria o emprego de SINAIS na fraseologia, pois Tomé precisaria de apenas UMA mão para colocar o dedo no SINAL(marca) causada pelos PREGOS, ou seja, Tomé colocaria seu dedo em apenas UMA mão, por isso Jesus disse COLOCAR AQUI e em seguida disse veja minhas MÃOS, usando o plural de mãos, pois Tomé também exigiu VER as duas MÃOS pois ambas detinham o SINAL dos PREGOS.
Ou seja, cada MÃO detinha o SINAL causado pelos PREGOS, por isso era possível o emprego do termo SINAL no singular, mas NÃO seria possível o emprego de PREGOS no plural caso fosse UM único PREGO e não seria possível o emprego de MÃOS caso apenas UMA mão estivesse com a MARCA, porém ambas as mãos estavam com o MESMO tipo de MARCA, mas o mesmo tipo de marca, porém feitos pelo mesmo tipo de objeto (PREGOS)
É elogiável seu esforço em defender suas crenças. Seguem abaixo alguns comentários meus sobre suas afirmações.
Seu argumento de que “Tomé precisaria de apenas UMA mão para colocar o dedo no SINAL(marca) causada pelos PREGOS, ou seja, Tomé colocaria seu dedo em apenas UMA mão” é tanto nebuloso como irrelevante. Afinal, o texto é claro em dizer respeito ao ‘sinal dos pregos nas mãos’ de Cristo. Assim, esse emaranhado de afirmações suas não muda esse fato textual.
“Cada MÃO detinha o SINAL causado pelos PREGOS”. Essa afirmação está em desarmonia com o significado da palavra usada para “sinal”, conforme o artigo acima mostrou. Se fosse assim como você disse, haveria dois sinais.
Mas você usou um argumento interessante que ajuda a explicar a palavra pregos no plural para o único sinal (marca): por se estar falando de “objetos da mesma espécie”.
Quanto ao uso de “stauros” na corrente do tempo, e especialmente na época de Cristo, e outros pontos relacionados, veja os artigos abaixo:
http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2010/09/01/cruz-ou-estaca/
http://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2013/04/24/era-a-cruz-um-instrumento-comum-de-execucao-na-roma-antiga/
Eu já usei pregos em vários trabalhos, e nunca vi pregos iguais deixarem marcas iguais em nenhum material. Sempre há marcas diferentes devido ao material perfurado, força aplicada ou direção em que tal prego é afixado. No caso de terem sido soldados diferentes para pregar os pés e as mãos, a possibilidade dos sinais serem diferentes nas mãos e nos pés é ainda maior. A própria estrutura das mãos e dos pés da pessoa não permitiria sinais iguais. A certeza é a seguinte - a marca nas mãos era única.
No caso de Jesus, o relato fala de pregos no plural, mas de apenas um sinal. Seria o caso dos pregos nas mãos e nos pés terem deixado apenas um sinal, dando a entender que as mãos e os pés foram transpassados com apenas um prego? Pelo menos nas mãos haveria um sinal apenas.
Um prego fixando as duas mãos seria suficiente para aguentar o peso corporal de Cristo? Sobre isso alguns esquecem que poderia ter havido o apoio para os pés, que apesar de fixados no madeiro, dava alguma sustentação ao corpo e poderiam ter feito com que os braços não ficassem tão esticados para cima, permitindo a respiração pulmonar. O que dizer de cordas, para amarrar o corpo junto a estaca? Não há como dizer que os soldados não teriam usado esse recurso também.
Portanto, a simplicidade dos evangelhos e a ausência da palavra para "cruz" nos antigos manuscritos é um testemunho desfavorável para a tradição da veneração da cruz como instrumento de execução de Cristo.
impossibilidade da ESTACA ter sido usada! E os pregos nas mãos!
veja a foto aqui: http://oi58.tinypic.com/s244l1.jpg
O importante é conhecer as escrituras, a teologia, e viver à altura.
(Gálatas 3:10-13) Pois todos os que dependem de obras da lei estão sob maldição; porque está escrito: “Maldito é todo aquele que não continuar em todas as coisas escritas no rolo da Lei, a fim de as fazer.” 11 Além disso, é evidente que pela lei ninguém é declarado justo diante de Deus, porque “o justo viverá em razão da fé”. 12 Ora, a Lei não adere à fé, mas “quem os cumprir, viverá por meio deles”. 13 Cristo nos livrou da maldição da Lei por meio duma compra, por se tornar maldição em nosso lugar, porque está escrito: “Maldito é todo aquele pendurado num madeiro.”
(Deuteronômio 21:22, 23) 22 “E caso venha a haver num homem um pecado que mereça a sentença de morte, e ele tenha sido morto e tu o tenhas pendurado num madeiro, 23 seu cadáver não deve ficar toda a noite no madeiro; mas deves terminantemente enterrá-lo naquele dia, pois o pendurado é algo amaldiçoado por Deus; e não deves aviltar teu solo que Jeová, teu Deus, te dá por herança.
Além disso, os romanos usavam a crux simplex (um pau de uma única viga)
Devido a essa pergunta ser recorrente, postarei um artigo sobre o tema.
Boa noite
Por que a tradução é "sinal dos pregos" ou seja com as duas palavras no plural e não "sinal do prego"?
Existe alguma regra gramatical na língua grega koine da época que definisse que teria que ser no plural?
Um abraço
Luiz
A expressão τῶν ἥλων (tôn hélon) está no genitivo plural. Portanto, a tradução é "dos pregos", e não "do prego". Mas, como o artigo acima mostrou, isso não justifica a crença de que Jesus morreu numa cruz de duas vigas.
Pelo visto, você não entendeu o artigo acima. Como mostrado claramente no artigo, a palavra grega para “sinal” em João 20:25 se refere a um furo. Visto que o sinal está no singular, jamais poderia ser numa cruz. Se fosse, Jesus teria sido pregado apenas em uma das mãos. A outra não teria sofrido a ação de um furo, visto ter havido apenas UM furo. A única forma de haver apenas UM furo em DUAS mãos seria colocar UMA SOBRE A OUTRA. Isso só seria possível tendo Jesus sido pregado em uma estaca – um único poste.
O que diz joão 3:14 e15?
Assim como moises erguel a sepernte no deserto, assim teria que o filho do homem (Jesus) ser erguido.
* a palavra ASSIM é relacionada uma simile, comparação, igualdade.
Em num 21:9 o que fez moises?
Moisés fez imediatamente uma serpente de cobre e a colocou num poste.
Será que ele fez uma cruz?
Talvez ele deva ter lascado a cobra para que ela ficasse de braços aberto.
Quando se usa a expressão *ASSIM COMO*, é o mesmo que dizer *DA MESMA FORMA QUE*
Isto é uma simile uma aplicação de igualdade que tem que ser aplicada como igual se não deixa de ser uma simile.
Jesus teria de ser erguido da mesma maneira que a sepente de cobre foi.
Estou errado? então Jesus é mentiroso não é? 1ped 1:22 diz o contrario.
Gostaria primeiramente de agradecer ao (s) responsável pelo blog, pelas matérias didáticas, lógicas e principalmente pelo compromisso com a verdade.
Com respeito à questão do modo como Jesus foi pregado em do tipo de instrumentos utilizado, já está mais que claro nesta matéria.
Para os que não aceitam essa instrução faço lhes uma pergunta.
João 3:14 diz:14 "E, assim como Moisés ergueu a serpente no deserto, assim será erguido o Filho do Homem"
ESSA É UMA PROFECIA QUE FALA A RESPEITO DA FORMA COMO JESUS SERIA PREGADO. COMO É UMA PROFECIA SABEMOS QUE AS PROFECIAS SE CUMPREM DE ACORDO COM O QUE É PROFETIZADO.
ESSA PROFECIA ESTÁ REGISTRADO EM NÚMEROS 21:8,9 QUE DIZ: "Jeová disse então a Moisés: “Faça uma imitação de uma cobra venenosa e coloque-a num poste. Quando alguém for picado, terá de olhar para ela para ficar vivo.” 9 Moisés fez imediatamente uma serpente de cobre e a colocou num poste; e, sempre que uma serpente picava um homem e ele olhava para a serpente de cobre, continuava vivo.
NOTARAM? SE FOSSE PARA JESUS SER PREGADO COM UMA ESTACA TRANSVERSAL ESSA PROFECIA NÃO SERIA EXATA.
RACIOCINAM!!!!!!
Poderia me explicar Mateus 27;37?
SENHOR APOLOGISTA, ACREDITO SERMOS IRMÃOS, MAS SE VOCÊ DER ESPAÇO PARA " DEBATE SOBRE PALAVRAS", O SENHOR DEIXARÁ DE TRAZER A ATENÇÃO TEMAS CHAVE PARA A SALVAÇÃO.
UTILIZE TEMAS QUE OS CORRETAMENTE DISPOSTOS POSSAM RECONHECER, FALEMOS A VERDADE, NÃO FOI COMIGO, E COM NINGUÉM QUE CONHECI, E ACHO DIFÍCIL TER SIDO COM ALGUÉM, QUE O "MODO" COMO JESUS MORREU, FOI O QUE CHAMOU MINHA ATENÇÃO AO CONHECER A VERDADE.
LEMBRE SE DOS TEMAS QUE te chamaram a atenção, estes assuntos, satanás tem feito de tudo pra que vc não fale dele, satanás mira aqueles que tem uma boa capacidade de raciocinio e de esplicar a verdade, porque sabe o potencial, porque Paulo foi tão atacado? Use sua capacidade para ajudar os sinceros, não se deixe enganar, mas companias estragam bons hábitos..
Agradeço sua sugestão de focar nos temas relevantes. Se você analisou outros artigos deste site, notará que temas relevantes têm sido considerados, tais como sobre a identidade do verdadeiro Deus e de Seu Filho Jesus Cristo, a esperança de salvação, o propósito de Deus para com a Terra etc.
Com relação ao instrumento de suplício de Cristo, vale ressaltar que a cruz, além de não constituir tal instrumento, é também um símbolo pagão inserido no falso cristianismo, e considero importante que as pessoas sinceras saibam disso.
Veja o artigo neste site intitulado "Mateus 27:37 prova que Jesus foi pregado em uma cruz?"
Primeiro: os escritores dos evangelhos eram pessoas humildes, com pouco conhecimento gramatical, logo não se pode afirmar q eles mencionam o termo cruz ou poste de forma literal.
Segundo: o único apóstolo q viu Jesus na cruz foi João.
Terceiro: Nenhum deles viu a serpente de bronze de Moisés.
Quarto: o texto de Moisés está em hebraico e o dos evangelhos está em grego, logo pode haver falha de tradução deles mesmos ao escreverem, afinal a mensagem é inspirada por Deus, mas a escrita é humana e pode ter falhas.
O fato de os discípulos de Cristo não terem cursado as escolas rabínicas da época não significa em si mesmo que não tinham conhecimento de gramática. Afinal, os judeus eram um povo letrado, conforme a própria Lei deles instruía. – Deuteronômio 6:6-9.
João não viu Jesus “na cruz”, e sim no instrumento que foi usado para executar Jesus.
Os discípulos não precisavam ter visto a serpente de cobre. Eles sabiam do relato pela leitura das Escrituras. – Números 21:4-9; 1 Coríntios 10:9.
Os discípulos possuíam as Escrituras em Hebraico. Segundo o Dicionário de Strong, e “Definições hebraicas” de Brown-Driver-Briggs, a palavra para “poste” (נס
[nês], Números 21:8, 9) tem o sentido de “poste de sinal”, “por implicação um mastro”. (http://studybible.info/strongs/H5251) Obviamente, seria um pau reto, pois uma serpente não possui braços para exigir duas madeiras transversais.
Abraços.
Depois sobre temas relevantes porque não escrever sobre a geração que não passará sem que.....
Leia o artigo "Mateus 27:37 prova que Jesus foi pregado em uma cruz?", acessando o link http://www.oapologistadaverdade.org/2016/01/mateus-2737-prova-que-jesus-foi-pregado.html
Abraços.
Quando puder agradeço que o faça.
Um artigo foi preparado em consideração ao seu referido comentário e estará disponível em breve.
Abraços.
A expressão "dois pregos" não indica necessariamente que os braços estavam abertos. Existe a possibilidade de mais de um prego ter sido usado para pregar suas mãos sobrepostas uma à outra. Como o artigo argumentou, “uma possibilidade é que mais de um prego tivesse sido afixado nas mãos de Jesus, pregadas uma sobre a outra”. “Ninguém iria pregar um prego sobre o outro”, mas pregos poderiam ser pregados ao lado um do outro.
Como o artigo arrazoou, “se Cristo tivesse sido pregado com os braços abertos numa cruz, haveria sinais dos pregos, cada prego deixando um sinal em cada mão.” Ademais, o artigo destacou a possibilidade razoável de que o termo “pregos” (no plural) inclua também os pés de Cristo, pois seus pés também foram pregados. (Lucas 24:39). O fato é que as Escrituras não mencionam quantos pregos foram usados.
O que temos que considerar é que stau·rós significa um poste reto.
Abraços.