Fonte da ilustração: jw.org
A questão do divorcio
(Mat. 19:1-12; Mar.
10:1-12)
Então, tendo Jesus concluído estas palavras, ele se
levantou e partiu da Galileia e chegou às fronteiras da Judeia, do outro lado
do Jordão.[1]
Seguiam-no também grandes multidões, e ele os curava ali. E novamente se
ajuntaram a ele as multidões, e assim como costumava fazer, tornou a
ensiná-las. E vieram ter com ele fariseus, decididos a tentá-lo. Aproximaram-se
então e, para o porem à prova, começaram a interrogá-lo, [dizendo]: “É lícito
que um homem se divorcie de sua esposa por qualquer motivo?”[2]
Em resposta, ele lhes disse: “Que vos ordenou
Moisés?” Disseram: “Moisés concedeu a escrita dum certificado de repúdio e
divorciar-se dela.”[3] Em resposta, ele disse:
“Não lestes que aquele que os criou desde o princípio da criação os fez macho e
fêmea, e disse: ‘Por esta razão deixará o homem seu pai e sua mãe, e se apegará
à sua esposa, e os dois serão uma só carne’?[4]
De modo que não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus pôs sob o
mesmo jugo, não o separe o homem.” Disseram-lhe: “Então, por que prescreveu
Moisés que se desse um certificado de repúdio e que ela fosse divorciada?” Ele
lhes disse: “Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés vos
escreveu este mandamento [e] vos fez a concessão de vos divorciardes de vossas
esposas, mas este não foi o caso desde o princípio. Eu vos digo que todo aquele
que se divorciar de sua esposa, exceto em razão de fornicação, e se casar com
outra, comete adultério.”
Quando novamente na casa, os discípulos começaram a
interrogá-lo a respeito disso. E ele lhes disse: “Quem se divorciar de sua
esposa e se casar com outra, comete adultério contra ela,[5]
e, se uma mulher, depois de divorciar-se de seu marido,[6]
se casar com outro, ela comete adultério.” Os discípulos disseram-lhe: “Se esta
é a situação do homem com sua esposa, não é aconselhável casar-se.” Disse-lhes
ele: “Nem todos os homens dão lugar a esta palavra, mas somente os a quem é
dado. Pois há eunucos que nasceram tais da madre de sua mãe, e há eunucos que
foram feitos eunucos pelos homens, e há eunucos que se fizeram eunucos por
causa do reino dos céus. Dê lugar a isso aquele que pode dar lugar a isso.”
Jesus acolhe as crianças
(Mat. 19:13-15; Mar.
10:13-16; Luc. 18:15-17)
As pessoas começaram então a trazer-lhe suas
criancinhas, para que lhes impusesse as mãos e proferisse uma oração; mas,
vendo isso os discípulos, começaram a censurá-las. Vendo isso, Jesus ficou
indignado e chamou a si as crianças, dizendo-lhes: “Deixai vir a mim as
criancinhas e não tenteis impedi-las. Pois o reino de Deus pertence a tais.
Deveras, eu vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criancinha, de
modo algum entrará nele.” E tomou as criancinhas nos seus braços e começou a
abençoá-las, impondo-lhes as suas mãos. [Depois] partiu dali.
Explicação das
siglas usadas:
cf: Livro ‘Venha Ser Meu Seguidor’.
it: obra Estudo Perspicaz das Escrituras, publicada pelas Testemunhas de Jeová. O
número em sequência indica o volume.
w: revista A Sentinela. Os números
em sequência indicam, respectivamente, o ano, o dia e o mês da publicação.
Notas:
[1] Talvez signifique que Jesus partiu da Galileia, cruzou o Jordão e entrou na Judeia através da Pereia. – It-2, p. 621.
[2] A Lei permitia que um homem se divorciasse de sua esposa se houvesse “alguma coisa indecente” da parte dela, evidentemente um problema sério que envergonhasse a família. (Deut. 24:1) Mas, nos dias de Jesus, os líderes religiosos usavam essa concessão como desculpa para um homem se divorciar de sua esposa por qualquer motivo — até por ter deixado a comida queimar ou por conversar com um homem estranho. Ora, permitia-se o divórcio até mesmo quando o homem achava outra mulher mais atraente! – w95 15/7 p. 18 par. 11; cf p. 104 par. 16.
[3] Deut. 24:1.
[4] Gên. 1:27; 2:24.
[5] Jesus introduziu um conceito que não era reconhecido nos tribunais rabínicos — o conceito de que o marido estivesse cometendo adultério contra a esposa. A obra The Expositor’s Bible Commentary (Comentário Bíblico do Expositor) explica: “No judaísmo rabínico, a mulher, pela infidelidade, cometia adultério contra o marido; e o homem, por ter relações sexuais com a esposa de outro homem, cometia adultério contra este. Mas o homem nunca cometia adultério contra a esposa, não importava o que fizesse. Jesus, por colocar o marido sob a mesma obrigação moral que a esposa, elevou a condição e a dignidade das mulheres.” – w95 15/7 p. 18 par. 12.
[6] Deuteronômio 24:1-4 não diz nada a respeito de a esposa divorciar-se do marido. Sendo considerada propriedade dele, ela não podia divorciar-se dele. Na história secular, o primeiro caso registrado de uma mulher em Israel tentar divorciar-se do marido foi quando Salomé, irmã do Rei Herodes, enviou a seu esposo, o governador da Idumeia, um documento de divórcio dissolvendo seu casamento. O historiador judeu Josefo, do primeiro século, relatou o ocorrido e disse que isso “não era de acordo com a lei judaica”, acrescentando: “Pois é (somente) ao homem que permitimos fazer isso”. As palavras de Jesus em Mar. 10:12 podem indicar que tais ações de divórcio por iniciativa da mulher já começavam a aflorar, ou que ele previa tal ocorrência. Ademais, Jesus reconheceu o direito de a mulher se divorciar do marido infiel. Sob o sistema cristão, a mesma norma se aplica tanto aos homens como às mulheres. – It-1 pp. 728-9; w95 15/7 18-19.
O
texto acima unificado da Bíblia Sagrada é baseado na Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
A menos que seja indicada outra fonte, todas as publicações
citadas são produzidas pelas Testemunhas de Jeová.
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