Fonte da ilustração: jw.org
Um leitor escreveu:
Segundo a Bíblia, Jesus só chegou no 4.º da para ressuscitar Lázaro
porque os saduceus não acreditavam na ressurreição. Então, por que Jesus foi
ressuscitado no 3.º dia? Será que os saduceus também não iriam acreditar na
ressurreição de Jesus?
Resposta:
Acerca das circunstancias que
permearam a ressurreição de Lázaro, temos as claras palavras de uma de suas
irmãs: “Senhor, ele já deve estar
cheirando, porque já faz quatro dias.” – João 11:39.
Segundo o Dr. Eli
Lizorkin-Eyzenberg (2013, 28 de novembro) Jesus chegou no quarto dia porque, de
acordo com a crença judaica popular, a ressurreição não era mais possível[1]. Concordemente, Bortolini
(1994, p. 111) discorre assim sobre esse tema: “Para o povo da Bíblia o
quarto dia depois da morte representa o fim de todas as esperanças de vida,
pois o cadáver iniciava a decomposição. Estamos, portanto, diante da morte
irreversível.”
Em consonância com o acima, a
revista A Sentinela[2]
explicou:
Por que Jesus demorou quatro
dias para chegar ao túmulo de Lázaro?
[...]
[...]
É interessante notar o que
uma obra de referência bíblica diz sobre certa crença entre os judeus. Eles
acreditavam que não existia esperança “para uma pessoa que estava morta por
quatro dias; a essa altura, o corpo já apresentava sinais visíveis de decomposição,
e a alma, que se pensava pairar sobre o corpo por três dias, havia partido”. –
1/1/08, p. 31. Disponível em: <http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/2008005#h=5>.
Hoje, a ciência médica nos permite
saber que, no processo decompositório em que o cadáver de Lázaro se encontrava,
já não existia mais seu cérebro. Obviamente, uma ressurreição em
tais circunstâncias foi um golpe fatal na crença daqueles que negavam a
possibilidade de tal milagre.
Mas, então, por que a ressurreição
de Jesus não se deu num período similar? Por que ocorreu num período menor de
tempo? Uma das profecias a respeito do
Messias declarou:
“Pois não me deixarás na
Sepultura. Não permitirás que o teu leal conheça a cova.” – Salmo
16:10.
O
cumprimento de tal profecia foi inspiradamente explicado pelo apóstolo Pedro em
Atos 2:31: “Ele [Davi, escritor do Salmo 16:10] previu a
ressurreição do Cristo e falou sobre ela [nesse Salmo], que ele [Jesus Cristo] não
seria abandonado na Sepultura e que a
sua carne não conheceria a decomposição.”
Dessemelhante do corpo de
Lázaro, que foi submetido pelo fator tempo à decomposição, o mesmo não
ocorreria com o corpo de Cristo.
Além do mais, a
ressurreição de Cristo não foi pública como a de Lázaro. Após ter sido
ressuscitado pelo seu Deus e Pai, Jesus apareceu apenas a discípulos seus, e
não ao povo em geral. Confirmamos isso em Atos
10:40, 41, que declara: “Deus o levantou no terceiro dia e
permitiu que ele aparecesse, não a todo
o povo, mas a testemunhas designadas antecipadamente por Deus, a nós, os
que comemos e bebemos com ele depois que foi levantado dentre os mortos.”
Portanto, o objetivo e as
circunstâncias envolvendo a ressurreição de Jesus eram diferentes dos
envolvendo a ressurreição de Lázaro.
Notas:
[1] Blog de Estudos Judaicos. Fórum Oficial do Instituto Israelita de estudos bíblicos.
[2] Publicada regularmente pelas Testemunhas de Jeová.
Referência:
BORTOLINI, José. Como ler o Evangelho de João. São Paulo, SP: Editora Paulus. 1994, pg 111.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
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