Um leitor enviou a seguinte
argumentação:
O texto bíblico fala que Adão e Eva tiveram como filhos Caim, Abel e
Sete – nessa ordem, respectivamente. Até o nascimento de Abel não há nenhum
indício de que Eva tenha tido outros filhos além desses.
Quando ocorre o nascimento de mulheres, a Bíblia não deixa de
mencionar. Temos como exemplo desse caso as filhas de Ló.
Embora seja mencionado que Adão tenha se tornado pai de filhos e de
filhas, isso só é dito após o nascimento de Sete. E por ocasião de seu
nascimento, Caim já havia arranjado sua esposa.
Um homem ter um terceiro filho (macho) somente com 130 anos, não é
lógico, muito menos natural. E não se pode querer dizer que já havia outros
filhos de Adão, pois é afirmado por Eva: “Deus designou outro descendente em
lugar de Abel, visto que Caim o matou.” O que significa isso? Significa que
Sete, para Eva, era o filho que estava substituindo o filho já morto Abel.
Portanto, após a morte de Abel e com o nascimento de Sete, só havia, na terra, três
homens: Adão, Caim e Sete. (Gênesis 4:25-26).
Portanto, a pergunta ainda persiste: Onde Caim encontrou essa sua
esposa, se só havia ele e Adão como homens na terra? Não havia mulheres, além
de Eva. E, não adianta forçar uma interpretação aqui; pois, note que a
palavra “entrementes” (em Gênesis 5:4) significa “naquela ou
nesta ocasião, enquanto isso, nesse meio tempo”; ou seja, esses supostos filhos
ou filhas de Adão só nasceram por ocasião ou no intervalo de tempo pós-nascimento de Sete.
Resposta:
Vejamos o que diz o relato
bíblico:
“Adão
teve então relações com Eva, sua esposa, e ela ficou grávida. Quando deu à luz
Caim, ela disse: ‘Tive um menino com a ajuda de Jeová.’ Mais tarde ela
novamente deu à luz e teve Abel, irmão de Caim.” – Gênesis 4:1, 2.
Após
Caim ter matado Abel e ter sido expulso para a “terra do Exílio”, lemos em
Gênesis 4:17: “Depois, Caim teve relações com a sua esposa, e ela ficou
grávida.”
Gênesis
4:25 declara: “Adão teve novamente relações com a sua esposa, e ela teve um
filho. Ela lhe deu o nome de Sete porque, segundo disse: ‘Deus me designou
outro descendente no lugar de Abel, visto que Caim o matou.’”
Então,
o capítulo 5 de Gênesis recapitula a criação de Adão e Eva, e começa a
descrever sua linhagem por meio de Sete. Lemos no texto:
“Este
é o livro da história de Adão. No dia em que Deus criou Adão, ele o fez à
semelhança de Deus. Macho e fêmea os criou. Depois os abençoou e os chamou pelo
nome de Homem, no dia em que foram criados. E Adão viveu cento e trinta anos.
Tornou-se então pai dum filho à sua semelhança, à sua imagem, e chamou-o pelo
nome de Sete. E os dias de Adão, depois de gerar Sete, vieram a ser oitocentos
anos. Entrementes ele se tornou pai de filhos e de filhas. De modo que todos os
dias que Adão viveu somaram novecentos e trinta anos, e morreu.” – Tradução do Novo Mundo Com Referências,
edição de 1986.
A natureza dos
registros genealógicos
Fonte: jw.org
O objetivo das genealogias
bíblicas não é fornecer cada elo de ligação ou cada pessoa que nasceu em
determinado período. Prova disso é que a genealogia de Jesus Cristo feita por
Mateus omitiu os nomes de três reis de Judá – Acazias, Jeoás e Amazias. (Contraste Mateus 1:8 com 2 Crônicas 22:1; 2 Reis 12:1; 1 Crônicas 3:11; 2 Reis 14:1, 2; 2 Crônicas 26:1.) Mateus
omite também o nome de Jeoiaquim, filho de Josias, bem como o de Hananias,
filho de Zorobabel. (Contraste Mateus 1:11 com 2 Reis 23:34, 36; contraste Mateus 1:13 com 1 Crônicas 3:19, 21.)
As filhas de Ló são mencionadas no
relato bíblico devido à sua sobrevivência na destruição de Sodoma e de Gomorra
e para explicar o surgimento histórico das nações de Moabe e de Amom.
A menção de Abel e de Caim no
relato bíblico serve para explicar o favor de Deus sobre Abel e não sobre Caim,
e o resultante primeiro assassinato, bem como suas consequências. Os textos
abaixo elucidam isso:
“Para que venha sobre vocês todo o
sangue justo derramado na terra, desde o sangue do justo Abel.” – Mateus 23:35.
“Pela fé Abel ofereceu a Deus um
sacrifício de maior valor que o de Caim. Por meio dessa fé ele recebeu o
testemunho de que era justo, pois Deus aprovou as suas dádivas. E, embora
esteja morto, ele ainda fala por meio da sua fé.” – Hebreus 11:4.
“Porque esta é a mensagem que
vocês ouviram desde o princípio: devemos amar uns aos outros; 12 não como
Caim, que se originou do Maligno e matou o seu irmão. E por que motivo o matou?
Porque as suas próprias obras eram más, mas as do seu irmão eram justas.” – 1
João 3:11, 12.
Ou seja, pessoas são mencionadas
na Bíblia quando isso contribui para o propósito do Autor dela, Jeová.
Fonte: jw.org
A menção de “filhos e de filhas” no
registro genealógico de Adão
O referido argumentador afirmou: “Embora
seja mencionado que Adão tenha se tornado pai de filhos e de filhas, isso só é
dito após o nascimento de Sete.” Bem, não há nenhum problema quanto a isso,
visto que tal menção se deu no que a Bíblia chama de “o livro da história de
Adão”. (Gênesis 5:1) Portanto, a menção de filhos e de filhas a Adão faz
referência à sua história de vida, e não somente ao período entre Sete e o
restante da vida de Adão.
Com relação ao advérbio “entrementes”
mencionado pelo referido argumentador, trata-se de um ataque à Tradução do Novo Mundo. Pois, dentre todas as traduções em português, em inglês e em espanhol pesquisadas, somente a
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas
usa este advérbio em Gênesis 5:4, a bem do esclarecimento ao leitor.
Gênesis 5:4 declara: “E os dias de
Adão, depois de gerar Sete, vieram a ser oitocentos anos. Entrementes ele se tornou pai de filhos e de filhas.”
O advérbio “entrementes” não
precisa ser usado de forma restrita no tempo, como o argumentador pretende que
seja. Ela pode abranger um período mais amplo. Lembre-se de que o contexto de
Gênesis 5:4 aponta para “o livro da história de Adão”. Assim, o advérbio
“entrementes” se refere ao período desde que Adão começou a procriar até a sua
morte.
Outras provas da existência de pessoas além
dos filhos de Adão e Eva mencionados por nomes
Sobre a punição que recebeu, Caim
disse a Jeová: “‘Hoje me expulsas desta terra, e ficarei escondido da tua face;
eu me tornarei errante e fugitivo na terra, e quem me encontrar certamente me matará.’ Então Jeová lhe disse: ‘Por
essa razão, quem matar Caim
sofrerá vingança sete vezes.’ Assim Jeová estabeleceu um sinal para Caim, a fim
de que ele não fosse morto por quem o
encontrasse.” – Gênesis 4:14, 15.
O relato torna claro que, durante
a existência de Caim, e antes do nascimento de Sete, havia outros humanos na
Terra. Visto que o nome “Eva” (que significa “vivente”) foi dado por Adão “porque
ela se tornaria a mãe de todos os
viventes [humanos]”, segue-se que as pessoas que representavam perigo de morte
para Caim eram também descendentes de Adão e Eva, contemporâneos de Caim.
Por que “outro descendente no lugar de Abel”?
Por ocasião do nascimento de Sete,
Eva declarou: “Deus me designou outro descendente no lugar de Abel, visto que
Caim o matou.” (Gênesis 4:25) Por que Eva disse isso?
O fato de Sete estar substituindo
Abel não implica necessariamente em ser Sete o único descendente masculino após
o nascimento de Caim. Uma explicação plausível é que outros nascidos antes não
se qualificaram para tal posição.
Lembremo-nos de que, após o pecado
do primeiro casal humano, Jeová proferiu diante do casal a primeira profecia
bíblica, na qual ele declarou: “E porei inimizade entre você [no caso o anjo
rebelde] e a mulher, e entre o seu descendente e o descendente dela. Este
esmagará a sua cabeça, e você ferirá o calcanhar dele.” (Gênesis 3:15) É
possível que Eva pensasse que seu primeiro filho, Caim, viesse de alguma forma
a contribuir para o cumprimento dessa profecia, pois ela disse: “Tive um menino com a ajuda
de Jeová.” – Gênesis 4:1.
Com o passar do tempo, as
evidências mostraram que Abel, e não Caim, se qualificava para fazer parte da
linhagem do descendente prometido. Isso explica porque Eva, por ocasião do
nascimento de Sete, referiu-se a este como “descendente no lugar de Abel”.
O argumentador também afirmou: “Um
homem ter um terceiro filho (macho) somente com 130 anos não é lógico, muito
menos natural.” Tal argumentador desconsidera o fato de que nasceram
descendentes do sexo masculino a Adão durante o período de sua “história” de
vida. Sete só é mencionado por nome porque a linhagem de Adão prosseguiu por
meio dele.
As implicações do relato de Gênesis no
cristianismo bíblico
Jesus referiu-se a Adão e Eva como
pessoas reais e ao relato de Gênesis como sendo história autêntica, quando
disse aos líderes religiosos de seus dias: “Não leram que aquele que os criou
[a Adão e Eva] no princípio os fez homem e mulher, e disse: ‘Por essa
razão o homem deixará seu pai e sua mãe e se apegará à sua esposa, e os dois
serão uma só carne’?” (Mateus 19:4, 5) O assunto em questão era o divórcio. Jesus
não iria se referir a um relato alegórico e não histórico para embasar seus
argumentos.
O apóstolo cristão Paulo, notável
jurista, mostrou que acreditava no relato de Gênesis, ao declarar: “E ele
[Deus] fez de um só homem [Adão] todas as nações dos homens.” – Atos 17:26.
Fonte: jw.org
A Bíblia menciona Enoque como “o
sétimo homem na linhagem de Adão”. (Judas 14) Enoque não poderia ser o sétimo homem
na linhagem de um personagem fictício. E Enoque é mencionado na lista genealógica
do perito copista Esdras (1 Crônicas 1:3), bem como na genealogia de Jesus
Cristo feita pelo notável historiador e médico Lucas. (Lucas 3:37) Todos esses
relatos seriam questionáveis se Enoque não fosse um personagem real. E sua existência
histórica seria questionável se Adão não tivesse sido um personagem real.
Além disso, a genealogia de Jesus
feita por Lucas menciona personagens reconhecidamente históricos, como Davi e
Abraão, e cita também Adão. (Lucas 3:23-38) Não haveria sentido em colocar Adão
numa genealogia de pessoas reais se Adão não tivesse existido ou se o relato de
sua “história” fosse questionável.
Principalmente, o sacrifício de
Cristo só faz sentido se Adão tiver sido um personagem real e sua história for
fidedigna. Pois a Bíblia afirma que “por meio de um só homem o pecado entrou no
mundo, e a morte por meio do pecado” (Romanos 5:12), que “a morte reinou desde
Adão” e que “Adão … tem similaridade com aquele que viria [Jesus Cristo]” (Romanos
5:14); que “assim como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos
receberão vida”. – 1 Coríntios 15:22.
Jesus é referido como “o último
Adão” (1 Coríntios 15:45). Assim, negar a existência de Adão e “o livro da história”
dele implica em lançar dúvida sobre a identidade de Jesus Cristo, bem como a
necessidade de sua morte para resgatar a humanidade do pecado.
Fonte: jw.org
Portanto, se Adão e Eva não
tivessem tido outros filhos e também filhas, contemporâneos a Caim, “o livro da
história de Adão” seria uma mentira, o que teria um efeito dominó drasticamente
negativo sobre o inteiro ‘restante das Escrituras Sagradas’, bem como sobre a
inteira doutrina cristã. – 1 Pedro 3:16.
No entanto, longe de isso poder
ser verdade, Jesus afirmou enfaticamente a Deus, seu Pai: “A tua palavra é a
verdade.” (João 17:17) E o salmista inspirado também afirmou: “A verdade é a
própria essência da tua palavra.” – Salmo 119:160.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os
artigos deste site podem ser citados
ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
João Paulo, com suas falácias, típicas dos ATEUS, que são "inspirados" por satanás para escrever verdadeira aberração, com o único propósito de colocar dúvidas nas cabeças do homens, pois isto é um sinal de fraqueza, a partir do momento que o homem passa a ter dúvidas e vem a questionar verdades bíblicas irrefutáveis! Mas é um direito seu ser contra o que está escrito na Bíblia, você só não pode pensar que por sermos cristãos, devemos seguir suas "lógicas", fruto de uma mente doentia! Que Jeová Deus tenha piedade de sua alma e lhe abençoe!
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