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O que aprendemos do relato do homem que expulsava demônios mas não andava com Jesus

Jesus era altruísta e queria o progresso de seus discípulos
Fonte: jw.org

Um leitor perguntou:

Por que há um relato bíblico em que um judeu expulsava demônios em nome de Jesus, visto que ele não andava nem fazia parte daquele grupo que acompanhava Jesus, e isto até mesmo causou desconforto e ira nos apóstolos? Como ele podia fazer isso?

Resposta:

Lemos tal relato em Marcos 9:38-40, que declara: “João lhe disse: ‘Instrutor, vimos alguém expulsar demônios usando o seu nome e tentamos impedi-lo, porque ele não estava nos acompanhando.’ Mas Jesus disse: ‘Não tentem impedi-lo, porque ninguém que faça uma obra poderosa em meu nome pode logo depois falar mal de mim. Pois quem não é contra nós é a favor de nós.’”

O homem que expulsava demônios era bem-sucedido em fazer isso porque era discípulo aprovado de Cristo, conforme Jesus explicou. (Marcos 9:39, 40) A obra Estudo Perspicaz das Escrituras explica:

Nem todos os que criam em Jesus acompanhavam pessoalmente a ele e os seus apóstolos no ministério. Naquela época, pela vontade de Deus, vigorava o pacto da Lei, e Deus, por meio de Jesus Cristo, ainda não havia inaugurado o novo pacto e o começo da congregação cristã de chamados. Apenas a partir de Pentecostes de 33 EC, depois de Jesus, por meio do seu sacrifício, ter removido a Lei, era necessário que aquele que servisse em nome de Cristo se associasse com esta congregação, cujos membros eram batizados em Cristo. (At[os] 2:38-42, 47; Ro[manos] 6:3). – Volume 2, p. 30.



Ademais, o livro O Maior Homem Que Já Viveu ressalta:

João encara os apóstolos como equipe exclusiva, titular, de curadores. Assim, ele acha que aquele homem realizava obras poderosas indevidamente, pois não pertencia ao seu grupo. – Capítulo 63.


Jesus corrigiu esse conceito errado. E mostrou a seriedade de evitar esse errado modo de pensar, nestas palavras: “Mas quem fizer tropeçar um destes pequenos que têm fé, seria melhor para ele que pusessem no seu pescoço uma pedra de moinho daquelas que o jumento faz girar, e que fosse lançado no mar.” (Marcos 9:42) Mas, o que podemos aprender desse relato?

Tiago 4:5 afirma que o ser humano imperfeito tem a tendência de invejar, de sentir ciúme destrutivo, possessivo. Essa tendência ruim acomete até mesmo servos fieis de Deus, como mostrado no exemplo relatado por Marcos. Inclusive, vemos um acontecimento similar nos dias de Moisés. Quando Jeová ordenou que Moisés reunisse setenta anciãos de Israel, dois dos alistados – Eldade e Medade – não compareceram. Mesmo assim, receberam o espírito santo e começaram a agir como profetas. Diante disso, lemos na continuação do relato: “E um jovem foi correndo contar a Moisés: ‘Eldade e Medade estão agindo como profetas no acampamento!’ Em vista disso, Josué, filho de Num, que desde jovem era ajudante de Moisés, disse: ‘Meu senhor Moisés, mande-os parar!’” – Números 11:27, 28.

Observe que Josué quis restringir os dois alistados, por aparentemente não estarem seguindo o arranjo instituído por Deus. E tal passagem ainda acrescenta um detalhe do porquê da atitude de Josué: ele “desde jovem era ajudante de Moisés”. De certa forma, Josué encarava isso como uma afronta à autoridade de Moisés. Pelo que parece, Moisés assim o entendeu, de modo que lhe disse: “Você tem ciúmes em meu lugar? Quem dera que todo o povo de Jeová fosse profeta e que Jeová pusesse seu espírito sobre eles!”

Moisés e Josué
Fonte: jw.org

Assim, tanto Moisés quanto Jesus Cristo não compartilhavam o conceito ciumento de restringir os servos de Deus de manifestar seus dons e o ministério dado a eles por Deus. Como disse Jesus: “Deixem brilhar sua luz perante os homens, para que vejam suas boas obras e deem glória ao seu Pai, que está nos céus.” – Mateus 5:16.



A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de Jeová.

A menos que seja indicada outra fonte, todas as publicações citadas são produzidas pelas Testemunhas de Jeová.



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