A respeito
do artigo "O nome ‘Jeová’ deve
constar no ‘Novo Testamento’?”,
certo
leitor escreveu:
Estava procurando justamente este tema, no google, daí achei seu site, gostei e achei bem interessante, li bastante seu argumento, porém, ainda não vi base para se colocar o Nome em Lc 4.18 tal como está em Is 61.1, visto que os principais e mais respeitados manuscritos disponíveis hoje em dia para o Novo Testamento rezam literalmente em grego: Πνεῦμα Κυρίου ἐπ’ ἐμέ que em português reza: ''[O] Espírito [do] Senhor [está, ou é] sobre mim'', tanto aqui e em nenhum manuscrito que eu conheça mais antigo possível reza ou contém o tetragrama, por isso dizer que o apóstolo Lucas usou o Nome Divino neste versículo e depois as cópias o eliminaram é pura especulação, e também se for usado será (com todo respeito é claro) um acréscimo a Palavra de Deus...
Estava procurando justamente este tema, no google, daí achei seu site, gostei e achei bem interessante, li bastante seu argumento, porém, ainda não vi base para se colocar o Nome em Lc 4.18 tal como está em Is 61.1, visto que os principais e mais respeitados manuscritos disponíveis hoje em dia para o Novo Testamento rezam literalmente em grego: Πνεῦμα Κυρίου ἐπ’ ἐμέ que em português reza: ''[O] Espírito [do] Senhor [está, ou é] sobre mim'', tanto aqui e em nenhum manuscrito que eu conheça mais antigo possível reza ou contém o tetragrama, por isso dizer que o apóstolo Lucas usou o Nome Divino neste versículo e depois as cópias o eliminaram é pura especulação, e também se for usado será (com todo respeito é claro) um acréscimo a Palavra de Deus...
Resposta do Apologista:
Prezado leitor:
Respeito
sua opinião.
Se formos nos basear tão somente nas
provas documentais disponíveis, não temos base para afirmar que o nome divino
deve constar no “Novo Testamento”. O artigo foi bem transparente nesse
respeito. O artigo faz menção à “ausência do nome
divino nos manuscritos disponíveis dessa parte da Bíblia”.
No entanto, o
artigo seguiu o raciocínio lógico ao afirmar que o nome divino DEVE constar no
“Novo Testamento”, em especial nas citações do “Velho Testamento” em que o Nome
ocorre. Quais são os fatos que levaram a tal afirmação?
1. Historicamente, os manusc ritos disponíveis datam do período da grande
apostasia que acometeu o cristianismo.
2. Desde o 3.º século antes de Cristo, passou a haver uma superstição no
judaísmo contra o uso do nome divino, que continuou no 1.º século da Era
Cristã.
3. No tempo de Cristo e dos escritores do “Novo Testamento”, o “Velho
Testamento” continha o Nome quer no texto hebraico quer na tradução grega da
Septuaginta.
4. Tanto Jesus quanto seus discípulos cristãos escritores do “Novo
Testamento” tinham grande respeito pelo nome divino e pela Bíblia Hebraica.
Como explicado no artigo, tais fatos históricos nos levam à inequívoca
conclusão de que tais escritores, ao citarem da Bíblia Hebraica textos que
continham o Nome, mostraram o devido respeito pelas Escrituras Sagradas por
copiarem o texto com integridade.
Pois, crer que os escritores cristãos retiraram o Nome das citações, substituindo-o
por Kýrios (“Senhor”) seria afirmar
que foram desonestos, desrespeitosos, que não seguiram o exemplo de seu Mestre,
Jesus Cristo. Também, seria descrer da inspiração das Escrituras, encarando o
“Novo Testamento” como mera palavra de homens não comprometidos com a verdade e
influenciados por uma superstição antibíblica.
A evidência documental evidentemente tem seu valor, mas não é conclusiva
em trazer à tona a verdade. Lembre-se de que, por muito tempo, as cópias
disponíveis que tínhamos da Septuaginta não traziam o Nome. Com base tão
somente nessa prova documental concluiríamos que os tradutores da Septuaginta
não usaram o nome divino. No entanto, as cópias encontradas no século vinte de
versões bem antigas da Septuaginta mostraram que o Nome foi usado em tal
tradução.
Portanto, afirmar que os escritores
tementes a Deus do “Novo Testamento” foram fiéis ao texto do “Velho Testamento”
não é um acréscimo à Palavra de Deus. Antes, concluir que as cópias existentes
do “Novo Testamento” expressam o que os escritores realmente escreveram no que
diz respeito a citações do “Velho Testamento” que contêm o nome divino é que
contradiz a inteira evidência interna apresentada pelas Escrituras.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Alguns dizem que o tetragrama deveria ser usado apenas pelos hebreus (e nos idiomas pagãos se deve substituir por Marya/Dominus/Senhor/Lord/Etc) mas não é isso que vemos nas Escrituras e na própria história, os povos com que Israel se relacionavam conheciam a Jeová e os gentios prosélitos louvavam ao seu nome.
A única motivação que parece haver para esse abandono do uso do nome do Deus Hebreu parece ser uma aversão a religião judaica e tentativa de se afastar dela o máximo possível. Além é claro de uma tentativa de substituir Jeová por um novo "Deus" que agrade a elite filosófica grega, aqui é onde os apóstatas cristãos helenizados incluíram seus conceitos de Trindade, Logos, Ousia, Hipóstase e Encarnação. E que ao mesmo tempo agrade ao povo comum recém-converso do paganismo, acostumado a deuses com forma física visível e mesmo humana, a ideia de um "Deus" que seja como eles, e que veio ao mundo encarnado para morrer e ressuscitar parece bem atraente.
Se os motivos não foram primariamente para confundir o Senhor Jeová com o Senhor Jesus, então o que vemos é que sem dúvida o desenvolvimento posterior de teologias modalistas e trinitárias foram EFEITOS desse anonimato do Deus Cristão, que precisou de um nome e identidade, Jesus Cristo. Imagine os gregos e romanos, sempre lendo, chamando e orando usando Kyrios (Ou Dominus), Kyrios, Kyrios Theos e Kyrios Iesus, as figuras acabaram se confundindo sob este rótulo de Kyrios.