Fonte: jw.org
Os 144.000 de Apocalipse
14:1-5 são os que reinarão com Cristo no céu. O raciocínio abaixo comprova
isso:
Apocalipse 14:3: “[Os 144.000
do versículo 1] estavam
cantando o que parecia ser um novo cântico, diante do
trono e diante das quatro criaturas
viventes e dos anciãos. Ninguém podia aprender esse cântico, exceto os 144.000 que foram
comprados da terra.”
Visto
que somente os 144.000 sabem cantar o “novo cântico”, são eles os que são
retratados em Apocalipse 5:9, 10:
“E cantam um novo cântico: ‘O senhor
é digno de pegar o rolo e de abrir os seus selos, pois foi morto e com o seu
sangue comprou pessoas para Deus, de toda
tribo, língua, povo e nação, e
fez deles um reino e sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra.”
Somente os 144.000 sabem o
cântico no sentido de serem os únicos a passar pela experiência das palavras
desse “novo cântico”.
Eles
também são retratados como sendo “24 anciãos”:
Apocalipse
4:4: “Ao
redor do trono havia 24 tronos, e nesses tronos eu vi 24 anciãos sentados, usando vestes brancas
e, na cabeça, coroas de ouro.”
Visto que possuem “coroas” na
cabeça, são reis. Como estão no céu, na presença de Deus, só podem ser os
144.000 que reinarão com Cristo.
Por que são representados como
anciãos?
No
antigo Israel, os “anciãos de Israel” representavam a nação inteira e falavam
por ela.
Êxodo
3:16, 18: “Agora
vá, reúna os anciãos de Israel e diga-lhes: ‘Jeová, o Deus dos seus
antepassados, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, apareceu a mim e disse:
“Certamente tenho observado vocês e o que
estão fazendo com vocês no Egito.”’”
Êxodo 19:7: “Moisés
foi então convocar os anciãos do povo, e lhes comunicou todas essas palavras
que Jeová lhe havia ordenado.”
Similarmente,
os “vinte e quatro anciãos” representam o corpo inteiro dos 144.000 israelitas
espirituais, reis-sacerdotes celestiais.
O número 24 é explicado pelo fato de Davi ter
organizado 24 divisões sacerdotais no antigo Israel. (1 Crônicas 24:5-19) Os
que reinarão com Cristo serão também sacerdotes:
1
Pedro 2:9: “Mas
vocês são ‘raça escolhida, sacerdócio
real, nação santa, povo para propriedade
especial, para que divulguem as qualidades excelentes’ Daquele que
os chamou da escuridão para a Sua maravilhosa luz.”
Mas, todo esse entendimento gera um aparente
problema:
Como é possível que os 144.000 cantem diante destes
anciãos, visto que constituem a mesma classe vista de ângulos diferentes?
O primeiro versículo do livro
de Apocalipse fornece a chave para o seu
entendimento:
Apocalipse 1:1: “Revelação de Jesus
Cristo, que Deus lhe deu, para mostrar aos seus escravos as coisas
que têm de ocorrer em breve. Ele enviou o seu anjo e, por meio dele, a
apresentou em sinais ao seu escravo
João.”
Portanto, Apocalipse foi
apresentado em “sinais”, ou símbolos.
É
possível que o mesmo ser, ou personagem, seja retratado no mesmo quadro por
dois símbolos diferentes.
Vejamos
um exemplo disso pelo que era realizado no Dia da Expiação:
Levítico
16:
7 “Ele
[o sumo sacerdote] pegará então os dois bodes e os fará ficar perante Jeová, à
entrada da tenda de reunião. Arão lançará sortes sobre os dois bodes, uma sorte
para Jeová e a outra sorte para Azazel. Arão apresentará o bode que for
designado por sorte para Jeová e fará dele uma oferta pelo pecado. Mas o bode
designado por sorte para Azazel deve ser trazido vivo perante Jeová para se
fazer expiação sobre ele, a fim de que possa ser enviado ao deserto, para Azazel.”
Sobre
esse ritual, a obra Estudo Perspicaz das
Escrituras comenta o seguinte:
Azazel
[Bode Que Desaparece].
Dois bodes
(cabritinhos) eram obtidos da assembleia dos filhos de Israel pelo sumo
sacerdote para uso no anual Dia da Expiação.
[…]
Depois de sacrificar o bode para Jeová, o sumo sacerdote punha as mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessava os pecados do povo sobre ele. Este bode era então mandado embora, sendo levado ao ermo por “um homem preparado”. (Le 16:20-22) Deste modo, o bode para Azazel simbolicamente levava embora os pecados do povo, do ano que passou, desaparecendo com eles no ermo.
Os dois bodes eram classificados como uma só oferta pelo pecado. (Le 16:5)
[…]
Conforme explicou o apóstolo Paulo, por Jesus oferecer a sua própria vida humana perfeita pelos pecados da humanidade, ele realizou muito mais do que se conseguira com “o sangue de touros e de bodes”. (He 10:4, 11, 12) Ele serviu assim de “bode expiatório”, carregando “as nossas doenças”, “sendo traspassado pela nossa transgressão”. (Is 53:4, 5; Mt 8:17; 1Pe 2:24) Ele “carregou” os pecados de todos os que exercem fé no valor do seu sacrifício. Demonstrou a provisão de Deus, de acabar completamente com a pecaminosidade. – it-1, pp. 283-284, verbete “Azazel”.
[…]
Depois de sacrificar o bode para Jeová, o sumo sacerdote punha as mãos sobre a cabeça do bode vivo e confessava os pecados do povo sobre ele. Este bode era então mandado embora, sendo levado ao ermo por “um homem preparado”. (Le 16:20-22) Deste modo, o bode para Azazel simbolicamente levava embora os pecados do povo, do ano que passou, desaparecendo com eles no ermo.
Os dois bodes eram classificados como uma só oferta pelo pecado. (Le 16:5)
[…]
Conforme explicou o apóstolo Paulo, por Jesus oferecer a sua própria vida humana perfeita pelos pecados da humanidade, ele realizou muito mais do que se conseguira com “o sangue de touros e de bodes”. (He 10:4, 11, 12) Ele serviu assim de “bode expiatório”, carregando “as nossas doenças”, “sendo traspassado pela nossa transgressão”. (Is 53:4, 5; Mt 8:17; 1Pe 2:24) Ele “carregou” os pecados de todos os que exercem fé no valor do seu sacrifício. Demonstrou a provisão de Deus, de acabar completamente com a pecaminosidade. – it-1, pp. 283-284, verbete “Azazel”.
Cristo
teria tanto que morrer como sacrifício pelos pecados da humanidade como também
‘levar embora’ tais pecados. Isaías 53:4, 5 descreve esses dois atos:
“Na
verdade, ele mesmo carregou as
nossas doenças e levou sobre si as
nossas dores [como o bode para Azazel]. Mas nós o considerávamos afligido,
golpeado por Deus e atribulado. No entanto, ele foi traspassado pelas nossas transgressões [como o bode sacrificado], foi
esmagado pelos nossos erros. Ele sofreu punição para que tivéssemos
paz; e, por causa das suas feridas, fomos curados.”
Não
seria possível retratar as duas coisas com apenas um bode. Seriam necessários
dois deles: um para ser sacrificado e outro para simbolicamente levar embora os
pecados do povo.
Isso
comprova que um mesmo personagem pode ser descrito por dois símbolos dentro do
mesmo quadro representativo.
E
foi o que ocorreu com a classe celestial: visto que atuarão tanto como reis e
sacerdotes, eles foram retratados como 144.000 e também como 24 anciãos. E a
ocorrência no mesmo quadro simbólico mostra que sua atuação nas duas funções
será simultânea, no Reinado Milenar de Cristo.
Apocalipse 20:6: “Feliz e santo é todo aquele que tem parte na
primeira ressurreição; sobre eles a segunda morte não tem
autoridade,
mas
serão sacerdotes de Deus e
do Cristo, e reinarão com ele
durante os mil anos.”
Veja
também a revista A Sentinela de 15 de
setembro de 1973, p. 575, seção Perguntas dos Leitores.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
A menos que seja indicada outra fonte, todas as publicações
citadas são produzidas pelas Testemunhas de Jeová.
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