Fonte da ilustração: jw.org
A multidão clama
pela morte de Cristo; Pilatos tenta livrá-lo
(Unificação de Mat. 27:15-30; Mar. 15:6-19; Luc.
23:13-25; João 18:39-19:3)
Ora, de festividade em festividade, era costume do
governador livrar para a multidão um preso, aquele a quem desejassem. Naquela
mesma ocasião estavam retendo um preso notório, [um] salteador chamado Barrabás[1],
preso com os sediciosos, que tinha sido lançado na prisão por certa sedição[2]
que ocorreu na cidade e por assassínio. Pilatos convocou então os
principais sacerdotes, e os governantes, e o povo. A multidão chegou-se assim e
principiou a requerer segundo o que ele costumava fazer para eles.
Portanto, quando estavam ajuntados, Pilatos
disse-lhes: “Tendes o costume de que eu vos livre um homem por ocasião da
páscoa. A qual deles quereis que eu vos livre, a Barrabás ou a Jesus, o chamado
Cristo? Quereis que eu vos livre o rei dos judeus?” Pois ele se apercebia de
que os principais sacerdotes o tinham entregado por inveja. Além disso,
enquanto estava sentado na cadeira de juiz, sua esposa mandou dizer-lhe: “Não
tenhas nada que ver com esse homem justo, pois eu sofri hoje muito, num sonho,
por causa dele.” Portanto, Pilatos disse-lhes: “Trouxestes-me este homem como
alguém que incita o povo à revolta, e, eis que o examinei na frente de vós, mas
não achei neste homem base para as acusações que lançais contra ele. De fato,
tampouco Herodes, pois no-lo enviou de volta; e, eis que ele não cometeu nada
que mereça a morte. Portanto, eu o castigarei e o livrarei.”
Mas os principais sacerdotes atiçaram as multidões
para que lhes livrasse antes a Barrabás e [fizesse] Jesus ser destruído.
[Assim,] eles clamaram com toda a sua multidão, dizendo: “Tira a este, mas
livra-nos a Barrabás!” Pilatos exclamou novamente para eles, porque queria
livrar Jesus. Novamente, em resposta, Pilatos dizia-lhes: “A qual dos dois
quereis que eu vos livre? Quereis, portanto, que eu vos livre o rei dos
judeus?” Gritaram então de novo, dizendo: “Não este homem, mas Barrabás!”
Pilatos disse-lhes: “O que quereis, então, que eu faça com Jesus, o chamado
Cristo? O que hei de fazer então com aquele a quem chamais de rei dos judeus?”
Todos começaram então a berrar, dizendo: “Seja pregado numa estaca! Para a
estaca! Para a estaca com ele!”
Mas Pilatos prosseguiu a dizer-lhes: pela terceira
vez: “Por que, o que fez ele de mal? Não achei nele nada que mereça a morte;
portanto, eu o castigarei e o livrarei.” Em vista disso começaram a
instar, com vozes altas, [e] clamaram ainda mais: “Seja pregado numa estaca!
Para a estaca com ele!” E as suas vozes começaram a prevalecer.
Vendo que nada adiantava, mas, ao contrário,
que se criava um alvoroço, Pilatos tomou água e lavou as mãos diante da
multidão, dizendo: “Eu sou inocente do sangue deste homem. Isso é convosco.” A
isso, todo o povo disse em resposta: “O sangue dele caia sobre nós e sobre os
nossos filhos.” Em vista disso, Pilatos, desejando satisfazer a multidão,
proferiu sentença para que se satisfizesse a exigência deles: livrou-lhes então
Barrabás. Naquela ocasião, porém, Pilatos mandou que Jesus fosse chicoteado.[3]
Os soldados do governador levaram então Jesus ao
pátio, isto é, ao palácio do governador; e ajuntaram em volta dele todo o corpo
de tropa. E, tendo-o despido, puseram sobre ele um manto escarlate.[4] E
os soldados trançaram uma coroa de espinhos e a puseram na cabeça dele e
puseram uma cana na sua direita. E começaram a chegar-se a ele e, ajoelhando-se
diante dele, prestavam-lhe homenagem [e] divertiam-se às custas dele, dizendo:
“Bom dia, ó Rei dos judeus!” E, cuspindo nele, tomaram a cana e começaram a
bater-lhe na cabeça. Davam-lhe também bofetadas.
Explicação das siglas usadas:
gt: O Maior Homem Que Já Viveu.
it: obra Estudo Perspicaz das Escrituras, publicada pelas Testemunhas de Jeová. O número em sequência indica o volume.
Notas:
[1] “Filho do Pai”; possivelmente: “Filho do Instrutor”. – It-1, p. 310.
[2] Perturbação da ordem pública; agitação. – Aurélio.
[3] Não se trata dum chicoteamento comum. A revista JAMA, da Associação Médica Americana, disse a respeito da prática romana do açoite: “O instrumento costumeiro era um chicote curto (flagrum ou flagellum) com várias correias, simples ou trançadas, de diversos comprimentos, nas quais bolinhas de ferro ou afiadas lascas de osso de ovelha eram amarradas em intervalos. . . . À medida que os soldados romanos repetidamente açoitavam as costas da vítima com toda a força, as bolinhas de ferro causavam profundas contusões, e as correias e os ossos de ovelha cortavam os tecidos cutâneos e subcutâneos. Daí, ao passo que a fustigação prosseguia, as lacerações dilaceravam os músculos subjacentes do esqueleto e produziam tremulantes tirinhas de carne viva.” – gt cap. 123.
[4] De cor vermelha vivíssima e rutilante [cintilante, brilhante]. – Aurélio.
O
texto acima unificado da Bíblia Sagrada é baseado na Tradução do Novo Mundo das
Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
A menos que seja indicada outra fonte, todas as publicações
citadas são produzidas pelas Testemunhas de Jeová.
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