Fonte: jw.org
Um leitor
escreveu:
Prezado Apologista:
Gostaria que considerasse o
assunto abaixo:
Lemos em Apocalipse 12:7, 8: “Irrompeu
uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalharam contra o dragão, e o dragão
e os seus anjos batalharam, mas eles não venceram,
nem se achou mais lugar para eles no céu.”
Entendo que essa guerra foi para Satanás
mais uma guerra de resistência, assim como uma pessoa má intencionada entra em
um estabelecimento e rapidamente os seguranças são acionados e chegam ao local.
Logo o indivíduo se vê num beco sem saída. O que lhe resta a fazer é
resistir, não querer sair, correr se esconder. Mas, e você? O que acha?
Resposta:
Tendo em
vista que ninguém é inspirado por Deus hoje (1 Coríntios 13:8-13), toda
interpretação, por mais sinceros que sejam os pesquisadores, está sujeita a
erro e a correção. Isto se dá especialmente no que toca à pesquisa das
profecias bíblicas.
Assim, com
relação à passagem que o leitor mencionou, segue abaixo meu parecer a respeito.
Os versículos
1 a 6 antecipam a referida menção da “guerra no céu”, e podem nos servir de
pano de fundo para lançar luz sobre tal guerra. Tais versos mencionam uma
“mulher” que “estava grávida”, prestes a dar à luz “um filho, um menino”. Tal
“filho” está de alguma forma relacionado com o Senhor Jesus Cristo, pelos
textos paralelos de Apocalipse 19:15 e Salmo 2:9. Tal “filho” não parece ser
uma alusão ao nascimento de Jesus como humano na Terra, pois o livro de
Apocalipse tem como objetivo “mostrar … as coisas que têm de
ocorrer”, isto é, o futuro (Apocalipse 1:1); e, quando tal livro foi escrito,
Jesus Cristo já havia morrido e sido ressuscitado havia algumas décadas. O
verso 7 parece indicar que o “filho” representa “o Reino do nosso Deus, e a
autoridade do seu Cristo”.
Diante de tal
quadro, lemos que o “dragão” (Satanás, o Diabo), que tem à sua disposição “um
terço das estrelas do céu” (possível alusão aos anjos que ele desviou; veja Jó
38:7) “ficou parado diante da mulher que estava para dar à luz, para que,
quando ela desse à luz, pudesse lhe devorar o filho.” – Apocalipse 12:4.
Aparentemente,
até aqui, esta cena não parece condizer com uma reação, ou resistência, a um
ataque, e sim com uma preparação para fazer um ataque contra o nascimento, ou
surgimento, do referido “filho”. Evidencia adicional disso é que o referido
“filho” foi “subitamente” levado para Deus, e a “mulher” foi abrigada em um
“ermo” por um período específico de tempo. Toda esta descrição parece indicar
as medidas tomadas em face de um possível ataque.
Por
outro lado, a guerra pode ter sido iniciada pelo lado do bem – por “Miguel e os
seus anjos”. Assim, após as medidas protetoras para salvaguardar o nascimento
do “filho” e a vida da “mulher”, o arcanjo Miguel e os seus anjos teriam
iniciado uma guerra para expulsar de vez seus inimigos do domínio celestial.
Esta
posição parece ter sido adotada pela Sentinela
de 1.º de julho de 1990 (p. 26, parágrafo 8), a qual declarou:
Quem autorizou essa guerra? O próprio Jeová Deus.
Ele enviou seu Filho entronizado ao campo de batalha sob o nome de Miguel, pois
Este é o mais qualificado para responder à pergunta contida nesse nome, a
saber, “Quem É Semelhante a Deus?”. Miguel prontamente entrou em ação como
representante lutador de Jeová dos exércitos.
Neste caso,
“o dragão e os seus anjos batalharam” para resistir ao ataque da parte de
Miguel com seus anjos, mas em vão. Como continua a passagem a descrever,
Satanás e seus anjos foram expulsos do céu espiritual para a Terra. –
Apocalipse 12:9.
Embora a
Bíblia não entre em pormenores, este entendimento parece ser equilibrado e em
harmonia com o contexto.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
A
menos que seja indicada outra fonte, todas as publicações citadas são
produzidas pelas Testemunhas de Jeová.
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