A parábola do trigo e do joio indica que haveria apenas uma religião verdadeira no tempo do fim? - Parte 1
A PARÁBOLA DO TRIGO
E DO JOIO
Apresentou-lhes
outra ilustração, dizendo: “O reino dos céus tem-se tornado semelhante a um
homem que semeou excelente semente no seu campo. 25 Enquanto
os homens dormiam, veio seu inimigo e semeou por cima joio entre o trigo, e
foi embora. 26 Quando a lâmina cresceu e produziu
fruto, apareceu também o joio. 27 Vieram assim os
escravos do dono de casa e disseram-lhe: ‘Amo, não semeaste excelente semente
no teu campo? Donde lhe veio então o joio?’ 28 Disse-lhes
ele: ‘Um inimigo, um homem, fez isso.’ Disseram-lhe: ‘Queres, pois, que vamos
e o reunamos?’ 29 Ele disse: ‘Não; para que não aconteça
que, ao reunirdes o joio, desarraigueis também com ele o trigo. 30 Deixai
ambos crescer juntos até a colheita; e na época da colheita direi aos
ceifeiros: Reuni primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado,
depois ide ajuntar o trigo ao meu celeiro. – Mateus 13:24-30.
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Existem movimentos contrários à proposição de que exista apenas uma
religião verdadeira, apenas um grupo organizado aprovado por Deus.
Citando a parábola de Jesus, acerca do trigo e do joio, há quem
argumente: ‘Onde esta parábola afirma que há somente um grupo religioso
aprovado por Deus?’ Afirma-se que tal parábola indica que haveria somente cristãos
individuais, alguns verdadeiros e outros, falsos.
A EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA
E vieram a ele os
seus discípulos e disseram: “Explica-nos a ilustração do joio no campo.” 37 Em
resposta, ele disse: “O semeador da semente excelente é o Filho do homem; 38 o
campo é o mundo; quanto à semente excelente, estes são os filhos do reino;
mas o joio são os filhos do iníquo, 39 e o inimigo que
o semeou é o Diabo. A colheita é a terminação dum sistema de coisas e os
ceifeiros são os anjos. 40 Portanto, assim como o joio
é reunido e queimado no fogo, assim será na terminação do sistema de coisas. 41 O
Filho do homem enviará os seus anjos, e estes reunirão dentre o seu reino
todas as coisas que causam tropeço e os que fazem o que é contra a lei, 42 e
lançá-los-ão na fornalha ardente. Ali é que haverá o seu choro e o ranger de
seus dentes. 43 Naquele tempo, os justos brilharão tão
claramente como o sol, no reino de seu Pai. Escute aquele que tem ouvidos. –
Mateus 13:36-43.
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A colheita é a terminação do sistema de coisas. - Mateus 13:39
Porém, comecemos por refletir no seguinte:
Será que Jesus “plantou” ou
estabeleceu cristãos com mentalidade religiosa dividida, cada qual propenso a
seguir suas próprias ideias teológicas ou a de autoproclamados líderes entre
eles?
A Bíblia mostra claramente que a comunidade cristã mundial do primeiro
século era um único grupo religioso coeso, em harmonia com o que o apóstolo
Paulo instou: “Que todos faleis de acordo, e que não haja entre vós divisões,
mas que estejais aptamente unidos na mesma mente e na mesma maneira de pensar.”
– 1Co 1:10.
Assim, o conceito “de que deve haver um só grupo de cristãos verdadeiros
que esteja separado de todos os outros grupos falsos” não é falso e sim
verdadeiro. Pois era justamente isso que
existia nos dias dos apóstolos!
A parábola do trigo e do joio mostra a ação satânica de introduzir
elementos apóstatas no cristianismo, de modo a corrompê-lo. (Mt 13:24-30,
36-43) Em função disso, o cristianismo puro estabelecido por Jesus e
supervisionado pelos seus apóstolos, devido à introdução de doutrinas pagãs e
pelo envolvimento com o Estado político pagão, tornou-se a cristandade, uma
corrupção falsamente cristã. Mas a parábola mostra que, durante os séculos
seguintes até a chegada da “terminação do sistema de coisas”, sempre haveria
cristãos genuínos. (Mt 13:30) Alguns deles defenderam sozinhos as verdades das
Escrituras que puderam entender, sendo que outros o fizeram como parte de
pequenos grupos. Obviamente, muitos (indivíduos e/ou grupos) nem conheceram outros
indivíduos e/ou grupos, mas defenderam as verdades básicas que conseguiram
extrair por seus estudos ou pelos estudos de outros antes deles. Jeová e Cristo
sabem quem exatamente entre tais atuaram como “trigo” (verdadeiros cristãos).
Mas note que, no período denominado “terminação do sistema de coisas”,
haveria uma “colheita”. (Mt 13:30) O “trigo” e o “joio” não estariam mais
“juntos”. Haveria uma separação – uma distinção – entre os verdadeiros e os
falsos cristãos.
Certa pessoa perguntou: “Esta parábola diz algo a respeito de um só grupo que seja genuinamente
cristão?”
Sim, ela diz! Primeiro, se tal parábola apenas fizesse referência a
cristãos individuais – verdadeiros e falsos – espalhados e convivendo juntos
nas várias religiões professamente cristãs, poderíamos realmente concluir que
teria havido uma verdadeira separação? Ora, foi isso o que ocorreu em todos os
séculos anteriores à “terminação do sistema de coisas” desde o estabelecimento
da grande apostasia!
Na verdade, a parábola aponta para o restabelecimento do primitivo
cristianismo. No primeiro século, Jesus plantou “trigo” – verdadeiros cristãos
– que estavam unidos numa única religião cristã, com as mesmas doutrinas. Eles
eram um ‘povo para o nome de Deus’, Jeová (At 15:14), todos eram
evangelizadores (At 8:1-4), e reconheciam apenas uma direção centralizada – um
grupo administrativo constituído dos “apóstolos e anciãos em Jerusalém”. (At
15:2, 4; 16:4) Portanto, o ajuntamento do “trigo” ao “celeiro” de Cristo não é
o arrebatamento dos cristãos para o céu, pois essa parte da parábola diz
respeito à “terminação” do sistema e não ao seu “fim”. (Contraste Mt 24:3 com
Mt 24:14.) Tal ajuntamento é o recolhimento dos verdadeiros cristãos numa
organização internacional (assim como era o cristianismo primitivo) que
progressivamente está restabelecendo todas as verdades bíblicas.
Pelo visto, um dos obstáculos que impede essa clara e correta
interpretação dessa parábola por parte de alguns é o desconhecimento dos termos
gregos synteléia (terminação) e télos (fim). Veja os artigos “Estudo
sobre a Presença e a Vinda de Cristo” (http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/2012/04/estudo-sobre-presenca-e-vinda-de-cristo.html), e “A PAROUSIA DE CRISTO – Parte 1” (http://oapologistadaverdade.blogspot.com.br/2012/10/a-parousia-de-cristo-parte-1.html).
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Comentários
De fato, o povo de Israel se corrompeu com diversos ensinos (por exemplo, saduceus e fariseus) e Jeová tolerou durante um tempo até vir o "descendente" que traria um novo modelo de adoração.
Depois tivemos influências apóstatas na congregação cristã (ensino de Balaão, por exemplo), mas estás foram avisadas pra deixar de seguir isso pq não era o modelo correto.
Por fim, a apostasia tomou de conta e Jeová rejeitou está forma de adoração, prometendo uma restauração, e quem quiser se salvar que 'saia de Babilônia', e isto que vemos hoje é maravilhoso, uma organização que prega o reino de Cristo como única esperança pra humanidade.
Parabéns grande apologista, por destrinchar essa parábola e mostrar pra nós o grande amor que Jeová que tem por nós.