Não há divisão entre a Lei de Deus dada a Israel
Os sabatistas
costumam dividir a Lei em duas partes: lei moral (para eles os Dez Mandamentos)
e lei cerimonial (as demais, que, segundo eles, foram as que deixaram de vigorar). Um dos argumentos dessa suposta separação é a afirmação de
que os Dez Mandamentos foram escritos apenas nas tábuas de pedra, ao passo que as
demais leis num rolo, ou livro.
No entanto,
o livro também continha os Dez Mandamentos:
2 Reis
23:2, 3 “Depois o rei subiu à casa de Jeová com todos os
homens de Judá, todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes e os profetas
— todo o povo, do pequeno ao grande. Ele leu para eles todas as palavras
do livro do pacto que tinha sido achado na casa de Jeová. O rei ficou de
pé junto à coluna e fez um pacto perante Jeová, comprometendo-se
a seguir a Jeová e a guardar seus
mandamentos, suas advertências e seus
decretos, de todo o coração e de toda a alma, cumprindo as palavras do pacto escritas no livro. E todo o povo concordou com o pacto.”
Sobre isso, o
artigo Os “Dez Mandamentos” com seu sábado semanal devem ser
guardados pelos cristãos? – Parte 4 comentou:
Observe a expressão “livro do pacto”. O pacto da
Lei dada a Israel incluía todo o conjunto de leis, em especial o Decálogo.
Deuteronômio 9:11 declara: “Sucedeu, pois, que ao fim dos
quarenta dias e quarenta noites, o Senhor me deu as duas tábuas de pedra, as tábuas
do pacto.” Também, lemos em
Deuteronômio 4:13: “E ele passou a declarar-vos seu pacto que vos mandou cumprir — as Dez Palavras [“os dez mandamentos”, Als], escrevendo-as depois
em duas tábuas de pedra.”
Assim sendo, há base para se concluir
que o Decálogo também foi registrado em tal livro.
A astrologia está ligada
ao demonismo
2 Reis
23:5: “E acabou com a atividade dos sacerdotes de
deuses estrangeiros, a quem os reis de Judá tinham designado para fazer fumaça
sacrificial nos altos sagrados das cidades de Judá e dos arredores de
Jerusalém. Também acabou com a atividade dos que faziam fumaça sacrificial a
Baal, ao sol, à lua, às constelações do
zodíaco e a todo o exército dos céus.”
Sobre tal passagem, lemos na
obra Estudo Perspicaz das Escrituras (vol.
3, p. 826, verbete "Zodíaco"; publicada pelas Testemunhas de Jeová):
Faixa de estrelas vista da terra dentro dum espaço
de nove graus em ambos os lados do plano da órbita da terra em volta do sol.
[…]
Foi só no segundo século AEC, porém, que um
astrônomo grego dividiu o zodíaco em 12 partes iguais de 30 graus cada uma;
estas partes passaram a ser chamadas de signos do zodíaco e receberam os nomes
das constelações relacionadas. A palavra “zodíaco” vem do grego e significa “círculo
de animais”, visto que a maior parte das 12 constelações do zodíaco
originalmente eram chamadas por nomes da vida animal ou marinha.
[…]
Estes signos, atualmente, não coincidem mais com as
constelações cujos nomes lhes foram originalmente dados. Isto se deve ao que é
conhecido como precessão dos equinócios, que resulta num gradual deslocamento
das constelações para o L, em cerca de um grau a cada 70 anos, num ciclo
que leva uns 26.000 anos para completar-se. Assim, o signo de Áries, nos últimos
2.000 anos, deslocou-se cerca de 30 graus para dentro do signo de Peixes.
As constelações do zodíaco se transformaram em
objetos da adoração falsa desde os primevos tempos mesopotâmicos.
Devemos ser
zelosos pela adoração pura de Jeová, assim como Josias foi
Josias destruiu os utensílios de Baal que estavam
no templo (2 Reis 23:4, 6); acabou com as atividades dos sacerdotes de deuses
falsos (2 Reis 23:5); destruiu tudo ligado à adoração falsa, incluindo lugares
destinados a sacrifícios humanos (2 Reis 23:10, 11, 15, 16); seguindo a lei de
Deus em Êxodo 22:20 e em Deuteronômio 13:5, Josias mandou executar os
sacerdotes de deuses falsos (2 Reis 23:20); e, seguindo a lei de Deus em
Levítico 20:27, mandou executar os médiuns espíritas. – 2 Reis 23:24.
Assim como Josias, devemos ser zelosos pela lei
de Deus dada aos cristãos – a “lei do Cristo” (Gálatas 6:2), evitando todas as
formas atuais de adoração falsa.
A predestinação
de indivíduos específicos não exclui o livre-arbítrio
2 Reis 23:29, 30: “Nos seus
dias, o Faraó Neco, rei do Egito, foi ao encontro do rei da Assíria, junto ao
rio Eufrates. E o rei Josias saiu
para enfrentar o Faraó Neco, mas, quando Neco o viu, matou-o em Megido. Portanto,
seus servos levaram seu corpo num carro de guerra de Megido a Jerusalém e o
enterraram na sua sepultura. Então o povo da terra tomou Jeoacaz, filho de
Josias, ungiu-o e o fez rei no lugar do seu pai.”
Por que Jeová
permitiu que um rei tão leal fosse morto por inimigos?
A obra Estudo Perspicaz das Escrituras (vol. 3, p. 318, verbete
“Presciência, predeterminação”) explicou:
A profecia de
Jeová a respeito de Josias exigia que algum descendente de Davi fosse assim
chamado, e predizia as medidas que ele tomaria contra a adoração falsa na
cidade de Betel. (1Rs 13:1, 2) Mais de três séculos depois, um rei com
este nome cumpriu a profecia. (2Rs 22:1; 23:15, 16) Por outro lado, ele falhou
em acatar “as palavras de Neco provenientes da boca de Deus”, e isto o levou a
ser morto. (2Cr 35:20-24) Assim, embora Josias fosse predito por Deus e
predeterminado para executar uma tarefa específica, ele ainda tinha
livre-arbítrio, podendo escolher acatar ou desconsiderar recomendações.
Josias deixou de acatar o princípio expresso em Provérbios 26:17: “Como alguém que agarra as orelhas de um cão é quem passa e
fica furioso por causa da discussão dos outros.”
A desobediência
continuada do reino de Judá levou Jeová a retirar sua proteção
2 Reis 23:32-34: “Ele [Jeoacaz]
começou a fazer o que era mau aos olhos de Jeová, conforme tudo o que os seus
antepassados tinham feito. O Faraó Neco prendeu-o em
Ribla, na terra de
Hamate, para impedir que reinasse em Jerusalém, e então exigiu que o país
pagasse um tributo de cem talentos de prata e um
talento de ouro. Além disso, o Faraó Neco fez Eliaquim,
filho de Josias, rei no lugar de Josias, seu pai, e mudou o nome dele para
Jeoiaquim; mas pegou Jeoacaz e o levou para o Egito, onde morreu.”
“Cem talentos de prata e um
talento de ouro” nos valores atuais equivaleriam a U$ 1.045.950,00 (mais de um
milhão de dólares), ou mais de 4 milhões de reais.
Além do
altíssimo tributo, essa interferência na própria realeza davídica prenunciava o
predito exílio. – Deuteronômio 28:36, 37, 64;
29:28.
Após isso,
Jeoiaquim tornou-se vassalo do rei de Babilônia. – 2 Reis 24:1.
Em 617 AEC[1], no
reino de Joaquim, filho de Jeoiaquim, houve o exílio em Babilônia dos nobres de
Judá. – 2 Reis 24:8-14.
No segundo
sítio (cerco) feito pelo rei de Babilônia (609-607 AEC) houve a destruição de
Jerusalém e o exílio dos judeus em Babilônia. – 2 Reis 25:1-11.
Assim, acabou
o reinado terrestre dos descendentes de Davi. Gedalias não foi colocado como
rei, mas como encarregado, ou governador. – 2 Reis 25:22.
Deixar de dar atenção a avisos pode resultar em
péssimas consequências
2 Reis 25:25: “No sétimo mês, Ismael, filho de Netanias, filho de Elisama, que era da linhagem real, foi a Mispá com mais dez homens. Eles
golpearam Gedalias, e ele morreu; os judeus e os caldeus que estavam com ele
também morreram.”
A obra Estudo Perspicaz das
Escrituras (vol. 2, p. 187, verbete “Gedalias”) comentou:
[…] Baalis, rei de
Amom, que conseguiu obter a cooperação de Ismael numa trama para assassinar o
governador Gedalias. Sabendo disso, Joanã e outros chefes das forças militares
aconselharam o governador a respeito disso, mas este não acreditou neles. Joanã
até mesmo se chegou a Gedalias em particular e se ofereceu a frustrar a trama
por matar Ismael. Mas, Gedalias não quis saber disso, pensando que se caluniava
a Ismael. De modo que, quando Ismael, junto com outros dez homens, veio a Mispá,
Gedalias não tomou nenhuma precaução. Passou a comer com eles; e enquanto
comiam, Ismael e os homens com ele se levantaram e mataram Gedalias, bem como
todos os judeus e caldeus que estavam com Gedalias. — 2Rs 25:22-25; Je
39:14; 40:5-41:3.
Isso nos ensina que é
importante dar atenção a avisos, verificando se procedem, ou não, em especial
quando estão ligados à preservação de vidas.
[1]A sigla “AEC” significa “Antes da Era Comum”, e diz respeito à época anterior ao ano 1 de nosso calendário gregoriano. É ligeiramente diferente de “a.C” (“antes de Cristo”), pois Jesus Cristo não nasceu no ano 1 de nosso calendário; segundo a cronologia bíblica conjugada com a secular, Jesus nasceu por volta de outubro de 2 AEC – cerca de 1 ano e 3 meses antes do ano 1 de nosso calendário. Por isso, as Testemunhas de Jeová e alguns eruditos seculares preferem a sigla “AEC” (“Antes da Era Comum”) e “EC” (“Era Comum”), por serem mais exatas. – Veja o artigo Harmonizando Mateus 2:13 e Lucas 2:22.
[1]A sigla “AEC” significa “Antes da Era Comum”, e diz respeito à época anterior ao ano 1 de nosso calendário gregoriano. É ligeiramente diferente de “a.C” (“antes de Cristo”), pois Jesus Cristo não nasceu no ano 1 de nosso calendário; segundo a cronologia bíblica conjugada com a secular, Jesus nasceu por volta de outubro de 2 AEC – cerca de 1 ano e 3 meses antes do ano 1 de nosso calendário. Por isso, as Testemunhas de Jeová e alguns eruditos seculares preferem a sigla “AEC” (“Antes da Era Comum”) e “EC” (“Era Comum”), por serem mais exatas. – Veja o artigo Harmonizando Mateus 2:13 e Lucas 2:22.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada.
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