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A Vida de Jesus – o Evangelho Unificado (Parte 3)

Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/historias-biblicas/6/jesus-nasce-num-estabulo/

O nascimento de Jesus (c. outubro de 2 AEC)
(Luc. 2:1-20)
Ora, naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto[1], para que toda a terra habitada se registrasse; 2 (este primeiro registro ocorreu quando Quirino era governador da Síria;[2]) 3 e todos viajaram para se registrarem, cada um na sua própria cidade. 4 José, naturalmente, subiu também da Galileia, da cidade de Nazaré, e foi à Judeia, à cidade de Davi, que se chama Belém[3], por ser membro da casa e família de Davi, 5 a fim de ser registrado com Maria, que lhe fora dada em casamento, conforme prometido, nesta ocasião já em estado avançado de gravidez. 6 Enquanto estavam ali, completaram-se os dias para ela dar à luz. 7 E ela deu à luz o seu filho, o primogênito, e o enfaixou e deitou numa manjedoura[4], porque não havia lugar para eles no alojamento.
8 Havia também no mesmo país pastores vivendo ao ar livre e mantendo de noite vigílias sobre os seus rebanhos. 9 E, repentinamente estava parado ao lado deles o anjo de Jeová, e a glória de Jeová reluzia em volta deles, e ficaram muito temerosos. 10 Mas o anjo disse-lhes: “Não temais, pois, eis que vos declaro boas novas duma grande alegria que todo o povo terá, 11 porque hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é Cristo, [o] Senhor. 12 E este é um sinal para vós: achareis uma criança enfaixada e deitada numa manjedoura.” 13 E, repentinamente houve com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: 14 “Glória a Deus nas maiores alturas, e na terra paz entre homens de boa vontade.”
15 Assim, quando os anjos se afastaram deles para o céu, os pastores começaram a dizer uns aos outros: “Vamos de todos os modos até Belém e vejamos esta coisa que ocorreu, que Jeová nos fez saber.” 16 E foram apressadamente e acharam Maria, bem como José, e a criança deitada na manjedoura. 17 Quando a viram, fizeram saber a declaração que se lhes fizera a respeito desta criancinha. 18 E todos os que ouviram [isso] maravilhavam-se com as coisas que os pastores lhes contavam; 19 Maria, porém começou a preservar todas essas declarações, tirando conclusões no seu coração. 20 Os pastores voltaram então, glorificando e louvando a Deus por todas as coisas que ouviram e viram, exatamente como se lhes dissera.

Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/jesus/acontecimentos-antecederam-ministerio-jesus/bebe-jesus-no-templo/

Jesus é apresentado no Templo
(Luc. 2:21-38)
21 Então, quando se completaram os oito dias para que fosse circuncidado, deram-lhe também o nome de Jesus, nome dado pelo anjo antes de ele ter sido concebido na madre. 22 Completando-se também os dias para a purificação deles, segundo a lei de Moisés[5], trouxeram-no a Jerusalém[6] para o apresentarem a Jeová, 23 assim como está escrito na lei de Jeová: “Todo macho que abre a madre tem de ser chamado santo para Jeová”, [7] 24 e para oferecer sacrifício segundo o que se diz na lei de Jeová: “Um par de rolas ou dois pombos novos.”[8]
25 E, eis que havia em Jerusalém um homem de nome Simeão[9], e este homem era justo e reverente, esperando a consolação de Israel, e espírito santo estava sobre ele. 26 Ademais, fora-lhe divinamente revelado, pelo espírito santo, que não veria a morte antes de ter visto o Cristo de Jeová. 27 Assim, sob o poder do espírito, ele veio ao templo; e quando os pais trouxeram para dentro o menino Jesus, a fim de fazerem para ele segundo a prática costumeira da lei, 28 foi ele mesmo quem o recebeu nos braços e bendisse a Deus, e disse: 29 “Agora, Soberano Senhor, deixas o teu escravo ir livre em paz, segundo a tua declaração; 30 porque os meus olhos viram o teu meio de salvar, 31 que aprontaste à vista de todos os povos, 32 uma luz para remover das nações o véu e uma glória para o teu povo Israel.” 33 E o pai e a mãe [do menino] admiravam-se das coisas que se falavam dele. 34 Simeão os abençoou também, mas disse a Maria, a mãe [do menino]: “Eis que este é posto para a queda e para o novo levantamento de muitos em Israel, e para sinal contra que se fale 35 (sim, uma longa espada traspassará a tua própria alma), a fim de que sejam desvendados os raciocínios de muitos corações.”
36 Havia também Ana[10], uma profetisa, filha de Fanuel[11], da tribo de Aser[12] (esta mulher estava bem avançada em anos e tinha vivido com um marido por sete anos, desde a sua virgindade, 37 e ela era viúva, já com oitenta e quatro anos de idade), que nunca estava ausente do templo, prestando noite e dia serviço sagrado, com jejuns e súplicas. 38 E ela se aproximou naquela mesma hora e começou a dar graças a Deus e a falar sobre [a criança] a todos os que aguardavam o livramento de Jerusalém.

Fonte da ilustração:
http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1102014610

A visita dos astrólogos (1 AEC ou 1 EC, começo do ano)
(Mat. 2:1-12)
Depois de Jesus ter nascido em Belém da Judeia, nos dias de Herodes[13], o rei, eis que vieram astrólogos das regiões orientais a Jerusalém, 2 dizendo: “Onde está aquele que nasceu rei dos judeus? Pois vimos a sua estrela [quando estávamos] no Oriente e viemos prestar-lhe homenagem.” 3 O Rei Herodes, ouvindo isso, ficou agitado, e, junto com ele, toda Jerusalém; 4 e, convocando todos os principais sacerdotes[14] e escribas[15] do povo, começou a indagar deles onde havia de nascer o Cristo. 5 Disseram-lhe: “Em Belém da Judeia; pois é assim que se escreveu por intermédio do profeta: 6 ‘E tu, ó Belém da terra de Judá, de nenhum modo és a [cidade] mais insignificante entre os governadores de Judá; pois de ti sairá um governante que há de pastorear o meu povo, Israel.’”[16]
7 Herodes convocou, então, secretamente os astrólogos e averiguou deles cuidadosamente o tempo do aparecimento da estrela; 8 e, ao enviá-los a Belém, ele disse: “Ide e procurai cuidadosamente a criancinha, e quando a tiverdes achado, avisai-me, para que eu também possa ir e prestar-lhe homenagem.” 9 Tendo ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto [quando estavam] no Oriente ia adiante deles, até que se deteve por cima do lugar onde estava a criancinha. 10 Ao verem a estrela, alegraram-se muitíssimo. 11 E, ao entrarem na casa, viram a criancinha com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, prestaram-lhe homenagem. Abriram também seus tesouros e presentearam-na com dádivas: ouro, olíbano[17] e mirra[18]. 12 No entanto, por terem recebido em sonho um aviso divino para não voltarem a Herodes, retiraram-se para o seu país por outro caminho. 



Explicação das siglas usadas:

AEC: Antes de nossa Era Comum.
EC: Era Comum.
it: obra Estudo Perspicaz das Escrituras. O número em sequência indica o volume.




Notas:
[1] Nome romano de família que se tornou título. Em 46 AEC, Caio Júlio César foi nomeado ditador de Roma por dez anos, mas foi assassinado em 44 AEC. César era o nome da sua família (sendo Caio seu nome pessoal e Júlio o do seu clã ou casa). O nome de família passou para o seu filho adotivo e depois sucessor, Caio Júlio César Otaviano. Otaviano estabeleceu seu governo sobre o domínio em 31 AEC, e em 27 AEC foi-lhe concedido o título de Augusto pelo Senado romano, passando a ser conhecido como César Augusto. (It-1, p. 481) Mais tarde, ele assumiu também o título de “pontifex maximus” (sumo pontífice), e em 2 AEC — o ano do nascimento de Jesus — o Senado deu-lhe o título de Pater Patriae, “Pai da Pátria”. Faleceu em 19 de agosto de 14 EC, (calendário juliano), mês que ele havia denominado em sua própria honra, à idade de 76 anos, e foi depois deificado. – dp pp. 248-250; It-1, p. 275.
[2] No Chronographus Anni CCCLIIII, uma lista dos cônsules romanos, o nome de Quirino aparece em 12 AEC, junto com o de Messala. Ademais, Josefo declara: “Quirino, senador romano . . . chegou à Síria, enviado por César para ser governador da nação.” Josefo prossegue relatando que Quirino veio à Judeia, sobre a qual foi estendida sua autoridade, e determinou uma tributação ali. Isso causou muito ressentimento e uma tentativa fracassada de revolta, liderada por “Judas, um galileu”. (Veja Atos 5:37.) De acordo com o relato de Josefo, ocorreu no “trigésimo sétimo ano depois que César derrotou Antônio em Áccio”. Isso indicaria que Quirino era governador da Síria em 6 EC. Morreu em 21 EC. – it-3 pp. 366-367.
[3] [Casa de Pão]. Cidade da região montanhosa da Judeia, sobranceira à principal estrada que ia de Jerusalém para Berseba. Hoje é chamada de Beit Lahm (Bet Lehem), situada a uns 9 km ao SSO do monte do Templo. Sua altitude de 777 m acima do nível do mar é quase a mesma que a da própria Jerusalém. Isto significou uma viagem que, pelas estradas atuais, abrange uma distância de cerca de 150 km através duma região montanhosa.– It-1, p. 326.
[4] A palavra grega para “manjedoura”, neste caso, é fát·ne, que significa “lugar de alimentação”. (Luc. 13:15) Possivelmente também se pode aplicar à baia, ou compartimento, em que se recolhem animais. Na Palestina, os arqueólogos encontraram grandes cochos escavados em um único bloco de pedra calcária, tendo cerca de 90 cm de comprimento, 50 cm de largura e 60 cm de profundidade. Pensa-se que tenham servido de manjedouras. Pode ser também que se cortassem manjedouras nas paredes de cavernas usadas para abrigar animais. – It-2, p. 753.
[5] Lev. 12:1-4.
[6] [Posse (Alicerce) da Paz Dupla]. Capital da antiga nação de Israel, a partir do ano 1070 AEC. Situada a uns 55 km do mar Mediterrâneo, e a uns 24 km ao O do extremo N do mar Morto, fica entre as colinas da cordilheira central. (Sal. 125:2) Sua altitude é de cerca de 750 m acima do nível do mar. Ao L de Jerusalém, o monte das Oliveiras ergue-se por uns 800 m. Ao N dele, o monte Scopus atinge cerca de 820 m, e as colinas circundantes, ao S e ao O, ascendem até 835 m. Estas elevações dão uma ideia da situação em relação ao monte do Templo (c. 740 m). – It-2, p. 520-1.
[7] Núm. 3:13; 8:17.
[8] Lev. 12:6-8.
[9] Audição; duma raiz hebr. que significa “ouvir; escutar”. – It-3, p. 594.
[10] Do hebr., significando “Favor; Graciosidade”. – It-1, p. 125.
[11] Do hebr.: “Penuel”, que significa “Face de Deus”. – It-2, p. 104.
[12] [Feliz; Felicidade]. – It-1, p. 247.
[13] Herodes, o Grande, reinou de 39 AEC a janeiro/fevereiro de 1 AEC ou 1 EC. Segundo Josefo, Herodes morreu pouco depois de um eclipse lunar e antes da Páscoa. Houve um eclipse total em 8/1/1 AEC, cerca de três meses antes da Páscoa, e um eclipse parcial em 27/12/1 AEC. – It-2, pp. 320-1.
[14] Os mais importantes homens do sacerdócio, que talvez incluíssem ex-sumos sacerdotes depostos, e possivelmente, além disso, os cabeças das 24 turmas sacerdotais. — It-3, p. 648.
[15] Os escribas gozavam de preeminência como instrutores da Lei. Eram prestigiados pelo povo e eram chamados “Rabi”. Porém, davam mais ênfase a regulamentos técnicos e tradições do que à misericórdia, à justiça e à fidelidade. Tornavam a Lei um fardo para o povo. (Mat. 23:2-4, 23, 24; Luc. 11:45, 46) Alguns escribas eram saduceus, os quais criam apenas na Lei escrita. Os escribas dos fariseus zelosamente defendiam a Lei, mas adicionalmente sustentavam as tradições que se haviam desenvolvido, e eles dominavam o pensamento do povo em grau ainda maior do que os sacerdotes. Primariamente, os escribas estavam em Jerusalém, mas podiam também ser encontrados em toda a Palestina e em outras terras, entre os judeus da Dispersão. (Luc. 5:17) – It-1, p. 840; It-2, p. 405.
[16] Miq. 5:2.
[17] Goma-resina aromática formada de pequenos nacos, ou bagas, que têm sabor amargo e produzem um odor aromático quando queimados, obtida de árvores e arbustos de incenso. O termo hebraico (levoh·náh ou levo·náh) vem duma raiz que significa “ser branco” e, evidentemente, deriva de sua cor láctea. A palavra grega lí·ba·nos deriva da hebraica. – It-3, p. 129.
[18] Resina aromática obtida de diversos espinhosos arbustos ou pequenas árvores do gênero Commiphora. Inicialmente, a resina é macia e pegajosa, mas, ao pingar no solo, endurece. Apreciada por sua fragrância, era usada para perfumar vestes, camas e outros objetos. Massagens com óleo de mirra estavam incluídas no tratamento especial de beleza dado a Ester. (Est. 2:12) A mirra era também uma das substâncias usadas na preparação de cadáveres para o sepultamento. (João 19:39, 40) – It-2, p. 842.



A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada pelas Testemunhas de Jeová.




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