Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/jesus/ministerio-na-galileia/assassinato-durante-aniversario/
Um leitor argumentou:
Se o bolo de aniversário é um
alimento que antes era oferecido a ídolos, então você não pode tomar chocolate
em pó, já que ele nasceu dos astecas, que o fizeram de modo inerente e não
dissociado da adoração que eles faziam aos deuses deles.
Resposta:
Resposta:
O referido leitor desconsidera fatores essenciais que servem de orientação na decisão relacionada com a questão por ele
abordada.
1) O assunto de comer alimento que antes havia sido oferecida a um ídolo,
mas que depois estava sendo comprada
no açougue era uma questão de consciência.
Sobre isso, o apóstolo Paulo aconselhou:
“Quem come não menospreze aquele que não come, e
quem não come não julgue aquele que come,
pois Deus o acolheu.” –
Romanos 14:3.
O mesmo pode se dizer de comer um bolo de
aniversário depois do evento – depois da festa de aniversário.
2) Um costume, evento, ato ou objeto só seria
impróprio para o cristão se o mesmo mantivesse
a ligação com a religião falsa.
Como exemplo, podemos citar a ação de
colocar a mão à boca por ocasião do ato de bocejar. No passado isso era feito
porque se acreditava que no bocejo o espírito da pessoa poderia sair pela boca, ou
que maus espíritos poderiam entrar por ela, razão pela qual as pessoas colocavam a mão sobre a boca – para impedir a saída do
espírito. Hoje esse ato está ligado, não a essa crendice da religião falsa, mas
aos bons costumes; de modo que deixar de
fazer isso pode ser encarado como falta de educação.[1]
Acontece que a comemoração de
aniversário de nascimento mantém a ligação com a religião falsa porque a Bíblia
– o livro antigo mais moderno que existe – preservou em suas páginas essa
ligação. Veja você mesmo os fatos que ela traz à tona ao mencionar a comemoração
de aniversário de nascimento:
“O terceiro dia era o aniversário de Faraó [um pagão], e
ele deu um banquete a todos os seus servos; ele trouxe para fora o chefe
dos copeiros e o chefe dos padeiros, diante dos seus servos. E ele restituiu o
chefe dos copeiros ao seu posto de copeiro, e ele continuou a servir o copo a Faraó.
Mas Faraó pendurou o chefe dos padeiros
num madeiro, assim como José havia interpretado.” – Gênesis 40:20-22.
“Mas, no aniversário de Herodes [outro pagão],
a filha de Herodias dançou diante dos convidados e agradou tanto a Herodes que
ele prometeu com um juramento dar a ela tudo o que pedisse. Então,
instigada pela mãe, ela disse: ‘Dê-me aqui numa bandeja a cabeça de João
Batista.’ O rei, embora triste, ordenou que a cabeça lhe
fosse entregue, em respeito aos seus juramentos e aos que estavam comendo com ele. Assim,
mandou que João fosse decapitado na prisão [morte de um inocente].” –
Mateus 14:6-10.
Os primitivos cristãos entenderam a lição deixada
pelos textos acima. A obra Estudo
Perspicaz das Escrituras (vol. 1, p. 141) declara:
“Orígenes [escritor do
terceiro século EC] . . . insiste em que ‘dentre todas as
pessoas santas nas Escrituras, não se registra nenhuma delas como tendo
guardado uma festa ou realizado um grande banquete em seu aniversário
natalício. São apenas os pecadores (como
Faraó e Herodes) que fazem grandes festejos quanto ao dia em que nasceram
neste mundo cá embaixo.’” — The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia
Católica), 1913, Vol. X, p. 709.
[…]
Em adição, a Cyclopædia
de MʹClintock e Strong (1882, Vol. I,
p. 817) diz que os judeus “consideravam
as celebrações de aniversários
natalícios como parte da adoração
idólatra . . .,
e isto provavelmente por causa dos ritos idólatras com que eram celebrados em
honra dos que eram considerados como deuses padroeiros do dia em que a pessoa
nasceu”.
Veja também as publicações abaixo, que confirmam a
origem pagã da comemoração de aniversários de nascimento:
Portanto, a Bíblia e a História se unem em expor a
origem pagã da comemoração de aniversário de nascimento, e a Bíblia serve de
ponte de ligação entre essa comemoração e a religião falsa.
Nota:
http://culturapopular2.blogspot.com.br/2010/04/misterios-e-curiosidade-do-bocejo.html; http://www2.einstein.br/Blog/paginas/post.aspx?post=1005;http://etimoteca.blogspot.com.br/2012/05/santinho.html; http://www.mdig.com.br/?itemid=887
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
A obra Estudo Perspicaz das Escrituras, citada acima, é produzida pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Ivan Oliveira · Proprietário em Pousada Cachoeira de Pentagna
A verdade, é que, no "Novo Testamento", não vemos durante os aproximadamente 3 anos e meio que Jesus passou na terra com os seus apóstolos e discípulos, em nenhuma ocasião, Ele e seus apóstolos comemorando, quer o aniversário de Jesus, ou dos seus seguidores. Assim será bom pensarmos nesse exemplo do maior Homem que já pisou em nosso planeta. Também, seria de se esperar, se fosse um costume dos judeus, que tinha a adoração aprovada por Deus (João 4:22), pelo menos, os mais próximos de Jesus, em algum momento comemorassem o aniversário de Jesus, o salvador da humanidade, o mais importante ser do universo, abaixo apenas do próprio Deus.
8. Se é errado comemorar um evento que as Escrituras não ordenam que seja observado, porque Jesus celebrou o feriado de Hanuká, por estar no templo para a Festa da Dedicação neste feriado, em João 10:22-23? Uma vez que é permitido a Jesus celebrar um feriado que Deus não ordenou que fosse observado, por que não também o cristão comemorar aniversários?
os aniversários tem suas raízes na superstição e na religião falsa, mas este não é o motivo único, ou primário, de as Testemunhas de Jeová evitarem esse costume.
Alguns costumes que antes eram de natureza religiosa já não o são em muitos lugares. A aliança, por exemplo, antigamente tinha significado religioso, mas hoje em dia já não tem na maioria dos lugares. Por isso, não vejo problema em que cristãos verdadeiros aceitem o costume local de usar aliança como evidência de estarem casados.
O que realmente conto Ivan é se ATUALMENTE o costume em questão está vinculado com a religião falsa. E infelizmente atualmente ainda observamos muitos costumes PAGÃOS em festas de aniversários, como por exemplo, assoprar velinhas e fazer um pedido, entre outras coisas. A intenção pode até ser boa, mas não é um pedido feito da forma correta. Nós sabemos que o modo correto é orar a Deus em nosso do seu Filho, assim teremos nosso pedido atendido, se for de acordo com a vontade de Deus.
Há algo mais que está envolvido nesta questão Ivan e que acho mais importante do que apenas saber se celebrar aniversários natalícios era ou ainda é uma atividade religiosa. A Bíblia menciona o assunto de natalícios, e os cristãos maduros sabiamente são sensíveis a quaisquer indícios que ela forneça.
Você sabe que a bíblia menciona dois aniversários, de Faraó e de Herodes. Não sei como você vê isso Ivan, mas penso: Como devemos encarar essas duas celebrações de aniversários natalícios? É apenas coincidência que são mencionadas e que ambas eram de pessoas que não tinham a aprovação de Deus? Ou será que Jeová fez deliberadamente com que estes pormenores fossem registrados na sua Palavra, a qual, segundo Ele diz, é “proveitosa para ensinar, para repreender, para endireitar as coisas”? (2 Tim. 3:16)
No mínimo Ivan, pode-se dizer que estas duas narrativas colocam biblicamente as celebrações de aniversários natalícios numa péssima luz, como prática dos apartados de Deus.
Então Ivan, devido à origem conhecida das celebrações de aniversários natalícios, devido muitos costumes RELIGIOSOS ainda permanecerem nestas celebrações e, mais importante do que isto, à luz desfavorável na qual essas festividades são mencionadas na Bíblia, as Testemunhas de Jeová e eu temos amplas razões para abster-se desse costume.
As festas aprovadas por Deus que são mencionadas nas Escrituras fornecem princípios úteis para os cristãos. Tais ocasiões eram celebradas em honra a Deus e traziam à atenção Seus poderosos atos. Uma festa de aniversário, porém, é um dia reservado com regularidade, cada ano, para honrar um humano. Não poderia tal proceder resultar facilmente em adulação excessiva de criaturas pecaminosas?
E queria citar como último parâmetro a atitude dos primeiros cristãos. Você mesmo disse que eles não comemoravam, por achar um costume pagão, e eu procuro seguir também o exemplo deles. Se lá naquela época eles não comemoravam, será que comemorariam hoje? Se eles vivessem hoje nos nossos dias, será que achariam menos pagão e comemorariam? Acho difícil. Será que eles estavam errados em não comemorar e hoje quem comemora é que está certo?
Afinal, se não é pecado comemorar aniversários, deixar de comemorar o também não o é. Mas e se realmente Deus considerar como pecado fazer tal celebração? Os primeiros cristãos e o hebreus achavam que eram, e não comemoravam, e eles eram pessoas APROVADAS por Jeová, pense nisso amado irmão.