Crédito
do vídeo: canal “A Verdade É Lógica”, que contém o áudio da matéria abaixo.
“A serpente
era o mais cauteloso de todos os animais selvagens, que Jeová Deus havia feito.
Assim, ela disse à mulher: ‘Foi isso mesmo que Deus disse, que vocês não devem comer
de toda árvore do jardim?’ Então a mulher disse à serpente: ‘Podemos comer do
fruto das árvores do jardim. Mas, sobre o fruto da árvore que está no meio do
jardim, Deus disse: “Não comam dele, não, nem toquem nele; do contrário, vocês
morrerão.”’ Então a serpente disse à mulher: ‘Vocês certamente não morrerão.’” – Gênesis
3:1-4.
Certo defensor da doutrina
da imortalidade da alma afirmou que o relato de Gênesis, capítulo 3, diz
respeito ao que ele chamou de “morte espiritual”, no sentido de perda da
relação com Deus e afastamento Dele. Assim, segundo tal defensor, a passagem
não faz referência à morte física, e nada diz sobre a existência ou não de uma
alma imortal que sobreviva após a morte física.
Mas, o que o Gênesis,
capítulo 3, tem a dizer sobre isso?
1. Qual
era o conceito que o primeiro casal humano tinha sobre a morte?
Em primeiro
lugar, é preciso salientar que, até a conversa entre Satanás, a “serpente
original”, e Eva, nenhum humano havia experimentado a morte. (Apocalipse 12:9) Assim, quando Deus
mencionou a Adão que a desobediência levaria à morte e, posteriormente, quando
Satanás afirmou a Eva que tal desobediência não incidiria em morte, o que o
casal humano poderia entender do que significaria a morte?
O único conhecimento que tinham da morte era da
observação da morte dos animais, os quais, segundo as Escrituras, foram “destinados por natureza à … morte”. (Bíblia
Pastoral) Obviamente, Deus, como o Comunicador por excelência, deseja ser
corretamente entendido, em harmonia com o conceito que ele mesmo estabeleceu em
1 Coríntios 14:9: “Se com a língua vocês não proferirem palavras que
sejam fáceis de entender, como alguém saberá o que se fala? Vocês estarão, na
verdade, falando ao vento.”
Se ele estivesse falando de outra morte que não fosse aquela
que o casal humano conhecia, isso soaria ininteligível. Exigiria naturalmente explicação
adicional, o que não ocorreu. Diante disso, Deus só poderia estar falando da
morte biológica.
Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/historias-biblicas/2/10-pragas/
2. Qual
seria a punição pelo pecado?
Fonte da ilustração:
https://www.jw.org/pt/publicacoes/livros/estudo-da-biblia/que-acontece-quando-morremos/
Jeová proferiu a seguinte
sentença pela desobediência:
“No suor do
seu rosto comerá pão, até que você volte
ao solo, pois dele foi tirado. Porque você
é pó e ao pó voltará.” – Gênesis
3:19.
Se houvesse vida após a
morte para o transgressor Adão, talvez um inferno de fogo eterno, não seria
justo que Adão fosse informado sobre isso, a fim de poder avaliar, antes de
pecar, as implicações ou consequências de seu pecado? Por que ele não foi
informado disso? Simplesmente porque a penalidade que Adão sofreria por seu
pecado seria a morte eterna, como cessação da vida que ele usufruía, e não uma
vida após a morte em tormento eterno, ou uma sucessão de reencarnações para ‘aperfeiçoamento’,
ou uma transmigração para outros corpos, ou ficar vagando sem rumo etc.
Se Adão tivesse uma “alma”,
ou espírito, dentro do corpo, Deus não diria: “Você é pó.” Nem informaria que o
homem simplesmente ‘voltaria ao pó’, algo de fácil compreensão para o primeiro
casal ao ver a deterioração da vida animal. Sendo justo, Deus informaria as
plenas consequências ao primeiro casal humano pela desobediência, como ele fez
posteriormente, com riqueza de detalhes, ao avisar seu povo das consequências da
desobediência. – Veja Levítico, capítulo 26; Deuteronômio, capítulo 28; 1
Samuel 8:10-18.
Assim, sem adentrarmos no
contexto da Bíblia como um todo sobre o que a morte significa, podemos ver com
clareza que Gênesis, capítulo 3, de fato diz respeito à morte como o fim da
vida total, consciente.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
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