Fonte: jw.org
Um leitor escreveu:
Certo trinitarista comparou a geração de Cristo à luz gerada pelo fogo.
Defendeu que, assim como a luz do fogo, apesar de ser gerada por ele, existe
simultaneamente a ele, o mesmo se dá com a geração do Filho unigênito. Ou seja,
apesar de ser gerado, o filho supostamente coexiste com o Pai.
Há alguma falha nessa analogia? Como rebatê-la sem atacar um
espantalho?
Resposta:
Sim, há uma falha gritante: o fogo
é algo que passa a existir a partir de um evento. Ele é a rápida oxidação de um
material combustível. É decorrente de uma combustão. E com seu surgimento,
surge também a luz proveniente dele. Assim, fogo e luz têm um começo. Não é o
caso do Deus Todo-Poderoso, que existe desde a eternidade passada. Lemos no Salmo
90:2:
“Antes de nascerem os montes ou de
teres formado a terra e o solo produtivo, de
eternidade [passada] a eternidade [futura], tu és Deus.”
Fonte: jw.org
Em adição a esta resposta, a
equipe de A Verdade é Lógica
adicionou a seguinte explicação:
Embora o que o apologista da verdade
tenha explicado esteja certo, é necessário que se estabeleçam alguns pormenores
quanto a esta analogia:
1) O fogo é IMPESSOAL; portanto,
ele não pode existir sem seu efeito. Mas, visto que Deus é PESSOAL, ele pode
decidir quando causar o efeito. Assim, dizer que Deus “não pode existir sem seu
efeito” é dizer que Deus depende de algo exterior a Si para existir, o que
seria uma afirmação absurda!
2) Nesse caso, a luz e o fogo são duas
entidades distintas. A luz depende do fogo, mas o fogo não depende da luz; não
são a mesma coisa. No caso do Filho, ele é um ser gerado, e consequentemente
não pode ser o mesmo Deus que o Pai. Neste caso, o Filho tem eternidade futura,
mas não é Jeová (YHVH), o qual tem eternidade tanto passada quanto futura.
Na comparação feita com o fogo,
Jeová seria o fogo, e o Filho seria o resultado eterno de Jeová, mas não o
próprio Jeová. Nenhum trinitário acredita que Pai e Filho são dois seres da
maneira como essa analogia apresenta (a não ser aqueles que não entendem a Trindade).
3) Essa analogia não é trinitária,
mas UNITÁRIA. Uma das vertentes do Unitarismo é alegar que Jesus é LITERALMENTE
o Filho Eterno de Jeová, mas não o próprio Jeová. Na Trindade, Jesus não é o
Filho Eterno de Jeová, mas o “Deus Filho”.
[Fim do comentário.]
Conclusão
Em suma, o problema nessa
comparação se encontra em que tanto a luz quanto o fogo que a produz têm um
princípio. A aplicação dela ao Pai e ao Filho seria afirmar que ambos tiveram
princípio.
A
menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do
Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
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