Fonte: jw.org
Diversas organizações religiosas cobram o dízimo, ou seja, dez por cento
do salário de seus adeptos. Os líderes de tais religiões citam como base para
essa exigência o texto de Malaquias 3:10, que declara: “‘Trazei todas as
décimas partes à casa do depósito para que venha a haver alimento na minha
casa; e experimentai-me, por favor, neste respeito’, disse Jeová dos exércitos,
‘se eu não vos abrir as comportas dos céus e realmente despejar sobre vós uma
bênção até que não haja mais necessidade’”. Mas, o que a Bíblia como um todo
tem a dizer sobre o assunto?
Requisito da Lei mosaica
Encontramos duas referências ao dízimo no período pré-mosaico. A
primeira delas diz respeito a Abraão ter pago dízimo a Melquisedeque. (Gênesis
14:18-20) Contudo, Abraão deu tal décimo, ou dízimo, voluntariamente a
Melquisedeque, e apenas uma vez. Não há menção de que ele tivesse feito isso
outra vez. A outra referência encontra-se em Gênesis 28:20-22, que menciona o
voto que Jacó fez, de dar a Deus um décimo de tudo o que recebesse da parte de
Jeová. O fato de Jacó ter feito um voto prova que naquela época o dízimo não
era obrigatório. Ademais, Jacó não repassou tal obrigação que impôs a si mesmo
aos seus descendentes. Portanto, antes do advento da Lei mosaica, não havia dízimo
obrigatório.
O dízimo tornou-se uma exigência legal no arranjo do pacto da Lei
mosaica. Lemos em Hebreus 7:5: “Os homens dos filhos de Levi que recebem o
seu cargo sacerdotal têm o mandamento de cobrar dízimos do povo, SEGUNDO A LEI.” Jesus apoiou o dízimo
enquanto a Lei mosaica vigorava, assim como também apoiou as demais exigências
da Lei. (Lucas 11:42; Mateus 5:23, 24; 8:4) Mas, quando a Lei findou, tendo
cumprido seu objetivo, o requisito do dízimo, que fazia parte dessa Lei, também
foi abolido. Sobre isso, o apóstolo Paulo afirmou: “Pois, mudando-se o
sacerdócio, NECESSARIAMENTE HÁ
TAMBÉM MUDANÇA DA LEI.” (Hebreus 7:12) Que dizer então do tão citado
texto de Malaquias 3:10?
Exame honesto de Malaquias 3:10
Quando foi escrito o livro de Malaquias, a Lei dada a Israel
vigorava. Era, pois, natural que Jeová esperasse que os que compunham o seu
povo naquele tempo mostrassem o seu apreço pelas provisões divinas por pagarem
prazerosamente o dízimo. Mas observe o objetivo desse requisito: “Para que venha
a haver alimento na minha casa.” Visto que os levitas atuavam em seu cargo
sacerdotal por tempo integral, Jeová fez esse amoroso arranjo para o sustento
deles. (Veja Neemias 10:37) Quando os israelitas deixavam de cumprir com o
requisito do dízimo, os que trabalhavam no templo tinham de deixar seu serviço
sagrado para se empenhar em trabalho secular para o sustento próprio,
resultando no prejuízo da adoração verdadeira. (Neemias 13:10-12) Mas, como
disse Paulo, no cristianismo o arranjo do sacerdócio levítico deixou de
existir, havendo necessariamente também “mudança da lei” – da Lei mosaica para
a “lei do Cristo”. (Hebreus 7:12; Gálatas 6:2) E o que a “lei do Cristo”
especifica sobre esse tema?
No cristianismo não há provisão para o dízimo, ou pagamento
obrigatório de qualquer quantia. O princípio a ser seguido no padrão cristão é
o de 2 Coríntios 9:7: “Faça cada um conforme tem resolvido no seu coração, não
de modo ressentido, nem sob compulsão, pois Deus ama o dador animado.”
Portanto, não há base bíblica para a cobrança de dízimos ou de quaisquer
pagamentos dentro do cristianismo.
A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da
Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, publicada
pelas Testemunhas de Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
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