Um leitor escreveu:
Olá, caro irmão na fé. Gosto muito dos seus estudos e também pesquiso profundamente. Eu havia entrado em contato com você, porém, dessa vez é sobre outro assunto. Estive analisando o livro “Estudo Perspicaz” no tema ”Ressurreição”, no tópico “A ressurreição dos irmãos de Cristo”; e li o seguinte num trecho dele:
“O apóstolo Paulo explica que não é o corpo que é ressuscitado, mas, antes, compara a experiência deles ao plantio e à germinação duma semente, no sentido de que ‘Deus lhe dá um corpo assim como lhe agrada’. (1Co 15:35-40) É a alma, a pessoa, que é ressuscitada com um corpo que se ajusta ao ambiente em que Deus a ressuscita.”
A citação diz que é alma dos que irão para o céu é que é ressuscitada. Visto que a alma é o nosso próprio “eu” ou “ser” (me corrija se eu estiver errado) – às vezes pode até representar a nossa vida, e não algo vivo dentro de nós como a cristandade prega –, por que nesse trecho diz que “é a alma, a pessoa, que é ressuscitada”?
Não sei se entendi bem o que o livro quis dizer, por isso estou lhe pedindo um auxílio, visto que o irmão é sábio em explicar com coerência.
Resposta:
Muito obrigado pelas expressões de apreço, que me estimulam a continuar esta atividade em prol do Reino de Deus.
Quanto à sua pergunta, o que entendo que a obra “Estudo Perspicaz” quis dizer é que, uma vez que os que vão para o céu são despojados de seu corpo físico (pois “carne e sangue não podem herdar o Reino de Deus”, conforme 1 Coríntios 15:50), não se trata da ressurreição do corpo, e sim do ser – do indivíduo – que faleceu. A individualidade de cada um é única, tem a ver com sua personalidade ímpar, e é isso o que Jeová ressuscita, em um novo corpo – um corpo espiritual.
A ressurreição terrestre também é do ser – da individualidade – de cada falecido, visto que o corpo físico se deteriora e suas moléculas vêm a fazer parte de outras coisas vivas. Embora o ser (pessoa) seja ressuscitado em um corpo físico, não será o mesmo corpo, o qual já se deteriorou. Obviamente, será um corpo igual ao que teve; pois, a aparência física também faz parte da individualidade da pessoa e também é necessária para que a pessoa ressuscitada seja reconhecida pelos que a conheceram antes de ela falecer.
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