Pilatos
tenta livrar Jesus
Fonte: jw.org
Um leitor
trouxe à atenção deste site a
seguinte questão:
Somente em Mateus há alguma confusão sobre a
forma exata do nome Barrabás, pois uma pequena seção da evidência mostra Jesus
Barrabás em vez de apenas Barrabás. A variante é interessante, uma vez que pode
ter sido explicitamente discutida por Orígenes, na primeira metade do século
III.
16 εἶχον δὲ
τότε δέσμιον ἐπίσημον λεγόμενον Βαραββᾶν.
17 συνηγμένωνοὖν αὐτῶν εἶπεν
αὐτοῖς
ὁειλᾶτος
· τίνα θέλετε ἀπολύσω ὑμῖν; Βαραββᾶν
ἢ Ἰησοῦν τὸν
λεγόμενον χριστόν;
As duas leituras são visíveis em duas
traduções modernas populares:
ESV [English Standard Version]: 16 E então
eles tinham um prisioneiro famoso chamado Barrabás. 17 Quando se reuniram,
Pilatos perguntou-lhes: Quem vocês querem que eu solte para vocês, Barrabás ou
Jesus, chamado o Cristo?
NAS [New American Standard
Bible] 16 Naquela época, eles tinham um prisioneiro conhecido chamado
Jesus Barrabás. 17 Então, quando a multidão se reuniu, Pilatos perguntou-lhes: “Quem
vocês querem que eu solte para vocês, Jesus Barrabás ou Jesus, chamado o
Messias?”
Qual é a melhor tradução desta variante?
Saudações.
Resposta:
As seguintes versões da Bíblia usam o nome composto “Jesus Barrabás”: NIV, CEV, GNT, NET Bible, BLH, NTLH.
Na Versão Grega Moderna, o correspondente grego “Iêsou” em adição a Barrabás aparece entre colchetes, posto que este nome ocorre em alguns manuscritos. Portuguese New Testament: Easy-to-Read Version (“Novo Testamento em Português: Versão Fácil de Ler”) possui uma nota de rodapé sobre Mateus 27:16, que declara: “Barrabás Em alguns manuscritos, em vez do nome Barrabás, se encontra o nome ‘Jesus Barrabás’.” Também, Bilingual Bible NTV/NLT (“Bíblia Bilingue New Living Translation em Inglês e Nueva Traducción Viviente em espanhol) faz a seguinte observação sobre Mateus 27:16: “[27:16] Alguns manuscritos leem Jesus Barrabás; também em [Mateus] 27:17.”
Biblia bilingüe / Bilingual Bible NTV/NLT
O que disseram alguns
Comentaristas bíblicos
Expositor's
Greek Testament (“Testamento Grego do Expositor”):
Orígenes menciona que, em alguns MSS [manuscritos], este homem [Barrabás] tinha o nome de Jesus, uma identidade de nome que torna o contraste de caráter ainda mais notável. Mas a leitura tem pouca autoridade. – Negrito acrescentado.
Cambridge
Bible for Schools and Colleges (“Cambridge Bible para Escolas e Faculdades”):
16 . Barrabás = “Filho de um pai” ou talvez “Filho de um Rabino”. A leitura “Jesus Barrabás” (Mateus 27:17), que aparece em alguns exemplares, é justamente rejeitada pelos melhores editores. Como Alford observa, Mateus 27:20 é fatal para a inserção. – Negrito acrescentado.
Como mostra esta obra de
referência, o texto de Mateus 27:20 desfere um golpe mortífero no nome composto
“Jesus Barrabás”. Pois lemos nesta passagem: “Mas os principais sacerdotes e os
anciãos persuadiram o povo a que pedisse Barrabás e condenasse Jesus à morte.” (Nova
Almeida Atualizada) Caso Barrabás tivesse um nome composto de “Jesus
Barrabás”, o Filho de Deus teria sido diferenciado dele por também ser citado
com o nome composto – “Jesus Cristo”. Porém, o escritor Mateus difere cada um
dos dois por um único nome.
Pulpit
Commentary (“Comentário do Púlpito”):
É um fato estranho que em alguns manuscritos (não muito confiáveis) o nome seja dado como Jesus Barrabás, o que oferece uma notável antítese na pergunta de Pilatos no versículo seguinte: “Quereis que eu solte Jesus Barrabás ou Jesus chamado Cristo?” Não pode haver dúvida razoável de que o prefixo [“Jesus” para Barrabás] não é genuíno, mas se infiltrou em alguns textos inadvertidamente. Mateus 27:16. – Negrito acrescentado.
Introduction
to the Textual Criticism of the Greek New Testament (“Introdução à Crítica
Textual do Novo Testamento Grego”), de Eberhard Nestle, comenta sobre o nome “Jesus
Barrabás”:
[…]
um fato conhecido a Orígenes registrado apenas em poucos e minúsculos [manuscritos]
gregos de primeira ou segunda mão.
O que costumava ser chamada de Versão Karkaphensis ou Montana não é realmente uma versão, mas meramente a obra massorética de uma escola de mosteiro destinada a preservar a grafia e a pronúncia adequadas do texto da Bíblia. – Negrito acrescentado.
Em sua monografia “No escuro, os arqueólogos gostam de ficar em silêncio: o argumento do silêncio e a historicidade da anistia de Pilatos a Barrabás”, Milton L. Torres[1], embora seja da opinião de que o nome “Jesus Barrabás” tenha sido usado originalmente no texto bíblico, admite:
Apenas seis manuscritos gregos trazem o primeiro nome
de Barrabás [isto é, “Jesus”] em Mt 27,16, nenhum
dos quais anterior ao séc. 9. […] Omanson (2010, p. 50) até acha possível
que tenha havido um acréscimo acidental do nome Jesus em Mt 27,17, por causa da
ocorrência, nesse verso, do pronome pessoal YMIN, com o qual pode ter sido
confundido […].
[…]
[…] a primeira menção extrabíblica a Barrabás vem justamente de
Orígenes, antes do qual há um absoluto silêncio acerca dessa personagem (RIGG
JR., 1945, p. 433). – Revista Caminhando v. 22, n. 2, p. 47-59, jul./dez. 2017,
pp. 49-50.[2] –
Negrito acrescentado.
O professor de Teologia Daniel
Conegero teceu o
seguinte comentário:
Alguns textos trazem seu nome como sendo “Jesus Barrabás”
em Mateus 27:17, como a versão siríaca de aproximadamente 200 d.C. e outros
manuscritos posteriores. A versão NTLH, em português, também utiliza a mesma identificação.
Entretanto, não é possível concluir de forma satisfatória se seu nome, de fato,
também era Jesus, pois as fontes para tal argumento são duvidosas, além de não
ser encontrada nenhuma referência sobre isso nos melhores textos antigos.
Alguns estudiosos consideram que a origem dessa discussão pode ter sido um simples erro por parte do copista, devido à proximidade do nome de Jesus no texto do Evangelho de Mateus.
Como destacou o
comentário acima, o nome composto “Jesus Barrabás” se baseia em fontes
duvidosas. Com relação à versão siríaca que contém partes do Novo Testamento, é
datada como sendo do 5º século, e não de um período anterior a este.[3]
Valdemir Mota de Menezes, Bacharel em Teologia pela Faculdade das Assembleias de Deus de Santos, Brasil, e com dois diplomas pela Harvard University dos EUA sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média, escreveu o seguinte em sua obra “Os Quatro Livros Biográficos de Jesus” a respeito do nome composto “Jesus Barrabás em Mateus 27:17: “Uns poucos manuscritos sem valor significativo trazem ‘Jesus Barrabás’.” Fez a mesma afirmação em sua obra “Textos Acrescentados Aos Evangelhos”.
O artigo ¿Barrabás O Jesús Barrabás? Consideraciones Críticas Sobre El Optimismo Crítico Textual de la Variante de Mateo 27,16-17 (“Barrabás Ou Jesus Barrabás? Considerações Críticas Sobre o Otimismo Textual Crítico da Variante De Mateo 27:16-17”), de Carlos Olivares[4], Doutor em Teologia, traz interessantes e ponderados comentários sobre o nome composto “Jesus Barrabás”:
[…] é complexo
determinar a autenticidade da variante “Jesus Barrabás” em ambos os versos da
história de Mateus (Mt 27,16-17). Tipologias textuais alexandrinas,
que se acredita compreenderem leituras próximas ao texto inicial e, portanto, confiáveis
na determinação de variantes
textuais ( METZGER e
ERHMAN, 2005 , p.
312-313; METZGER,
2000, p. 5-10
[introdução]), a omitem2. Ao mesmo tempo, os tipos textuais
ocidental e bizantino, inferiores em relação ao seu homólogo alexandrino
( PORTER e
PITTS, 2015 , p.
305-313), também suprimem a leitura “Jesus Barrabás”3. A estes deve ser adicionado um número
significativo de minúsculos 4, bem como lecionários e diferentes versões do
Novo Testamento ( ALAND et al ., 2012 ; ALAND et al ., 2014)5. Todas essas leituras, e os tipos
textuais que representam, atestam uma tendência ampla e dispersa contra a
variante proposta, preferindo a nomenclatura abreviada do personagem
Barrabás.
[…]
A declaração de Orígenes a respeito da variante, que ocorre na porção latina, diz o seguinte: “Muitas cópias não contêm que Barrabás também se chama Jesus, e (a omissão) talvez seja correta, porque o nome Jesus não é adequado para alguém perverso “(Orígenes, Com. Matt. 121,24-28)8.
[…]
2 Os códices Sinaítico (א) e Vaticano (B), ambos alexandrinos, omitem a variante. O Codex Regius (L, 019), considerado alexandrino de categoria secundária ( ALAND e ALAND, 1995 , p. 113; METZGER e ERHMAN, 2005 , p. 77), também o exclui ( ALAND et al ., 2012 ; ALAND et al. . , 2014 ).
3 O Codex Bezae (D), um arquétipo ocidental, e os códices Alexandrino (A) e Washingtonianus (W), Bizantino nos Evangelhos e em Mateus, respectivamente ( RACINE, 2006 , p. 123-146; METZGER, 2000 , p. 5, 15 [introdução]), omitem a variante. Ver também Codex Cyprius (K, 017) e Codex Tischendorfianus (Γ, 036) (Mt 27: 16-17) ( ALAND et al ., 2012 ; ALAND et al ., 2014).
4 Minuscule 33 e 892, manuscritos exibindo um arquétipo Alexandrino (secundário) ( METZGER, 2000 , p. 15 [introdução]; ALAND e ALAND, 1995 , p. 129, 134), omitem a variante; bem como os minúsculos 180 e 579, de tipologia bizantina ( ALAND e ALAND, 1995 , p. 129, 134).
5 Quanto às versões, duas traduções siríacas (Peshita e Harclense), a revisão da versão georgiana (geo1), a versão eslava antiga, todas as versões coptas, bem como todos os manuscritos das versões latinas, se opõem à variante ( ALAND et al ., 2012 ; ALAND et al ., 2014). – Negrito acrescentado.
O artigo acima, em sua nota de rodapé de número 14, menciona que as versões Siríaca (Sinaítica), Armênia e Georgiana (segunda revisão), incluem a variante (“Jesus Barrabás”) em ambos os versos (Mateus 27:16, 17). A versão Siríaca Sinaítica é datada como sendo do quarto e do quinto séculos. A Versão Armênia é do quarto ao décimo terceiro século. A versão Georgiana é datada como sendo do sexto século.
Wilson Paroschi, em sua obra “Crítica Textual do Novo Testamento” (p. 184), embora seja da opinião de que o texto original continha o nome “Jesus” em adição ao nome “Barrabás”, conclui: “Devido à relativa escassez de apoio documental, os editores do The Greek New Testament [“Novo Testamento grego”] acharam prudente manter entre colchetes.”
Adicionalmente, a Bíblia de Jerusalém contém a seguinte nota em Mateus 27:16 sobre o nome “Barrabás”:
Aqui e também no v. 17, var.: “Jesus Barrabás”, o que
dá à pergunta de Pilatos tom de surpresa, mas essa variante parece provir de
tradição apócrifa. – Negrito acrescentado.
Rubens D. Oliveira, Professor de Hebraico
e de Grego, afirma:
Orígenes, por volta de
240 EC, cita Mateus 27:17 com o nome composto “Jesus Barrabás”, e declara: “Em
muitas cópias não continha ‘Barrabás’, que também é chamado ‘Jesus’.” E
possivelmente essa é a forma certa. O que fica óbvio desse comentário de
Orígenes é que o nome composto é omitido na maioria dos manuscritos que ele
conhecia. É evidente pelo texto que Orígenes não gostava da leitura “Jesus
Barrabás”. Ele sugeriu que o nome “Jesus” neste caso tenha sido uma adição
herética ao texto. O Texto Copta Saídico [possivelmente do 3.º século] não
apresenta o nome composto “Jesus Barrabás”; apenas Barrabás ou Jesus.
Conclusão
Os manuscritos que trazem o nome composto
“Jesus Barrabás”, além de serem pouquíssimos, não são os melhores manuscritos,
e são mais recentes. Por esta razão, a maioria das traduções da Bíblia não
utilizam este nome composto.
Notas:
[1] Universidade Adventista de São Paulo (UNASP). Doutor em arqueologia clássica pela Universidade do Texas; doutor em letras clássicas pela USP; pós-doutor em estudos literários pela UFMG; professor do mestrado profissional em educação da Universidade Adventista de São Paulo (UNASP). milton.torres@unasp.edu.br.
[2] Universidade Metodista de São Paulo. Portal Metodista de Periódicos Científicos e Acadêmicos. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/Caminhando/article/view/8435/6080>.
[3] Peshita “Siríaca do ano 150 DC e a Ítala do ano 157 DC” já continham 1 João 5: 7? Tradução do Novo Mundo Defendida. Disponível em: <https://traducaodonovomundodefendida.wordpress.com/2021/01/09/phesita-siriaca-do-ano-150-dc-e-a-itala-do-ano-157-dc-ja-continham-1-joao-5-7/>.
[4] Carlos Olivares, é doutor em teologia, com especialização em Novo Testamento (University of Auckland, New Zealand - 2014). Professor de Novo Testamento da Faculdade de Teologia da Universidade Adventista de São Paulo (UNASP-EC). Orcid.org/0000-0001-9019-1231. E-mail: carlos.olivares@unasp.edu.br.
Explicação das siglas usadas:
NIV: New
International Version.
CEV:
Contemporary English Version.
GNT: Good News Bible.
BLH: Bíblia na Linguagem de
Hoje.
NTLH: Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
Referências:
As Pessoas Escolhem Barrabás (Matthew 27:15-26 ). Estudo
Bíblico do Novo Cristianismo. Disponível em: <https://newchristianbiblestudy.org/>.
CONEGERO, Daniel. Quem foi Barrabás? Estilo Adoração. Disponível em: <https://estiloadoracao.com/quem-foi-barrabas/>.
Escriba de Cristo. Clube dos Autores. Disponível em: <https://clubedeautores.com.br/livros/autores/escriba-de-cristo>.
Jesus Barrabás. CPB. Casa Publicadora Brasileira. Disponível em: <https://mais.cpb.com.br/meditacao/jesus-barrabas/>.
Mateus 27. Biblia bilingüe / Bilingual Bible NTV/NLT. Disponível em: <https://books.google.com.br/>.
Mateus 27. Bibliatodo. Bíblia Paralela. Disponível em: <https://www.bibliatodo.com/>.
Mateus 27:16. Bible Hub. Disponível em: <https://biblehub.com/matthew/27-16.htm>.
Mateus 27:16. Comentaries. Bible Hub. Disponível em: <https://biblehub.com/commentaries/matthew/27-16.htm>.
Mateus 27:16, 17. Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Disponível em: <https://www.bible.com/pt/bible/211/MAT.27.NTLH>.
Mateus 27:17. Peshita siríaca. Disponível em: <https://newchristianbiblestudy.org/>.
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OLIVARES, Carlos. ¿Barrabás O Jesús Barrabás? Consideraciones Críticas Sobre el Optimismo Crítico Textual de la Variante de Mateo 27,16-17. Perspectiva Teológica. Perspect. Teol. vol.52 no.3. Belo Horizonte. Set./Dec. 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/>.
PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. Sociedade Bíblica Edições Vida Nova. Caixa Postal 21486. São Paulo-SP. 04602-970. www.vidanova.com.br. 1993, 1999, 2002, 2004, 2007, 2008 (capa nova), 2010. Disponível em: <https://pt.calameo.com/read/00497240076794f37e674>.
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QUADROS, Leandro. Jesus Barrabás ou Jesus Cristo? Disponível em: <https://leandroquadros.com.br/jesus-barrabas-ou-jesus-cristo/>.
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Torres, Milton L. No escuro, os arqueólogos gostam de ficar em silêncio: o argumento do silêncio e a historicidade da anistia de Pilatos a Barrabás. Portal Metodista de Periódicos Científicos e Acadêmicos. Universidade Metodista de São Paulo. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/Caminhando/article/view/8435/6080>.
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