Recebi
um comentário de um leitor que gostaria de citar na íntegra. Após tal
comentário, dissertarei sobre os pontos que ele apresentou.
Apocalipse 5, que tem seu cumprimento “no
dia do Senhor” (Apocalipse 1:10), descreve um rolo, com selos que precisavam
ser rompidos para que se pudesse abri-lo. Isto indica que, no tempo do
cumprimento das profecias de Apocalipse, haveria uma exposição gradual de
conhecimento, entendimento e novas orientações, ao passo que se rompe cada
selo.
Também a profecia em Isaías 60:17 é
significativa: “Em lugar de cobre trarei ouro, e em lugar de ferro trarei
prata, e em lugar de madeira, cobre, e em lugar de pedras, ferro; e eu vou
designar a paz como teus superintendentes e a justiça como teus feitores.”
A profecia de Isaías diz que um material
seria substituído por outro. E não seriam mudanças de algo ruim para bom, mas
de algo bom para melhor. Substituir o cobre por ouro é uma melhoria, e o mesmo
se dá com os outros materiais mencionados. Então Jeová predisse que a condição
de seu povo melhoraria passo a passo. E por mencionar “superintendentes” e
“feitores”, Jeová indicou melhorias gradativas no modo como seus servos eram
cuidados e organizados.
Se trata da melhor estrutura de uma
organização terrestre existente e você não concorda que é benéfica para as
ovelhas de Cristo?
Você discorda das melhorias na
organização só porque supostamente elas não estão todas alicerçadas
explicitamente no N.T, porque se tratava de um tempo de início da congregação,
sem levar em conta o restante da Bíblia que fala de melhorias para o povo de
Deus, se esquecendo também do histórico bíblico de como Jeová lida com seu povo
de forma gradual e faz mudanças no tempo necessário?
O leitor e eu
estamos de acordo quanto ao fato de que o conhecimento é gradual.
Com respeito
ao texto de Isaías 60:17, a
aplicação que o leitor fez é antitípica; quer dizer, ela se aplicava em
primeira mão literalmente ao povo de Deus da época pré-cristã e somente se
aplicaria à era moderna de forma antitípica; entretanto, em harmonia com a nova
teologia do corpo governante (CG), desde 2015, que pode ser chamada “Teologia Modo Mais Simples”, (clique
no hiperlink) a aplicação do leitor está errada, pois o CG não mais
ensinará tipos e antítipos a menos que a Bíblia faça isso de forma expressa.
Visto que o Novo Testamento (NT) não diz que a profecia de Isaías tem aplicação
antitípica, a aplicação feita pelo leitor da passagem é inconsistente com a
nova teologia do CG de 2015.
Desde aquele
ano, para o CG, as aplicações antitípicas e semânticas da profecia são, por
regra, ignoradas ou inválidas, mas o CG somente ensinará “lições morais” das quais o grupo “se
lembra” quando lê a Bíblia. (Clique no hiperlink
para a referência.) Se isso corresponde ao pleno sentido de “heresia”, deixemos
de lado por agora; mas parece que o leitor esqueceu de abrir este “selo”
sagrado que contradiz todos os outros “selos” durante mais de um século, desde
os tempos de Russell.
Eu concordo
que houve melhorias na organização das Testemunhas de Jeová (TJs) desde os
tempos de C.T. Russell. Vou apresentar algumas dessas melhorias.
Melhoria 1: A
vitória sobre o racismo. Os Estudantes da Bíblia[1]
iniciaram suas atividades nos Estados Unidos da América em um período
socialmente turbulento na história norte-americana. Russell acreditava, assim
como praticamente todo mundo nos EUA na época, que a raça negra era
fundamentalmente amaldiçoada por Deus. Vale observar que a lei americana
proibia que pessoas de pele branca e pessoas de pele negra se reunissem na
mesma igreja. Russell, influenciado por pregadores presbiterianos e
protestantes,[2]
acreditava que a maldição de Noé a Canaã se cumpria nos escravos africanos, e
que durante a restauração de todas as coisas (milênio) os negros perderiam a
pigmentação escura da pele.
Não que
Russell discriminasse os cristãos de pele negra – longe disso! Russell era
muito admirado e amado pelos irmãos afrodescendentes, os quais o achavam muito
amoroso com eles, mas o conceito de que um grupo de pessoas havia recebido de
Deus a pele escura como punição ou maldição deveria ser mudado. Pela graça de
Deus, tal conceito foi extinto. Já há muitas e muitas décadas que nem ao menos
um vestígio de racismo existe entre as TJs.[3]
Falo isso de minha própria experiência.
Melhoria 2. O
entendimento sobre os termos staurós e xýlon. À medida
em que o conhecimento aumentava, pesquisou-se sobre o sentido dos termos gregos
para o instrumento de execução de Jesus e percebeu-se, com base lexical e escriturística,
que não há qualquer razão sólida para afirmar que tal instrumento teria sido
uma cruz; foi também entendido que qualquer uso da cruz, ainda que seja apenas
representativo em uma revista ou em um broche, é sem base bíblica e impróprio. Este
entendimento abençoado foi resultado da visão Sola Scriptura; esta foi
abandonada nas últimas décadas.[4]
Houve mais
mudanças positivas, mas essas duas bastam por agora. Portanto, eu reconheço que
houve mudanças positivas na organização das TJs. Eu também acredito que Jeová
usou e ainda usa várias pessoas nesta organização.
O que eu não
aceito, entretanto, é a extrapolação: usar os pontos positivos como se fornecessem
um passe livre para atropelar a Bíblia. Vou explicar melhor.
Os pontos positivos, as boas ações e os
acertos doutrinários da liderança das Testemunhas de Jeová não fornecem passe
livre para que a organização possa atropelar as Escrituras em outros pontos. |
Obediência incondicional
Uma coisa é
dizer que o conhecimento é progressivo, outra coisa é usar “revelação
progressiva” como mantra para perpetuar ensinos errados enquanto ao rebanho é imposto
a lei da mordaça em ordem de submissão. Se a revelação é gradual e o
entendimento pode estar errado, isso resulta em dois fatos inquestionáveis,
insofismáveis e absolutos:
· Fato 1: Ninguém
está designado por Cristo para dar alimento errado na hora certa;
· Fato 2: Ninguém
pode obrigar outros a aceitar um entendimento que pode estar errado;
Vejamos o
ponto 1.
Será que existe “alimento imperfeito” sob a direção do espírito santo?
Ninguém sabe tudo e o conhecimento de fato é,
por sua própria natureza, cumulativo, gradual. Portanto, é natural que
instrutores da Bíblia cometam erros e que a fraternidade que leva o nome de
Jeová se atualize com o passar dos anos em relação a alguns assuntos
específicos como profecias. Até aqui, tudo bem. Ademais, existe a imperfeição,
que é quando o instrutor quer ver algo que não está na Bíblia. Isso, porém,
apenas explica por que erros ocorrem, mas de forma alguma justifica a
perpetuação de tais erros ou a lei da mordaça. (Leia Gálatas 2:11-14.)
Ainda assim, se
entendermos o “escravo fiel e discreto/prudente” como uma profecia ou representação
profética,[5] que é
como a liderança das TJs entende, precisamos aceitar as implicações dessa
profecia (presumindo que seja representação profética); tal entendimento não
pode ser extrapolado, pois problemas sérios passarão a existir a partir dessa
extrapolação.
O primeiro
problema é que interpretar o “escravo fiel e discreto/prudente” como uma
representação profética que significa que Jesus estabeleceria um magistério
clerical e guiaria esses instrutores ao entendimento correto da verdade para
que os demais ouvissem deles as “revelações” – isso tudo requer revelação
sobrenatural nos moldes bíblicos. É exatamente isso que os mórmons alegam sobre
os profetas deles. A diferença entre os mórmons e as TJs é que as TJs não
admitem tal implicação.
Em outras
palavras, o entendimento das TJs sobre “o escravo fiel” requer fundamentalmente
o dom da revelação sobrenatural, e isto a liderança da organização nega ter.
Portanto, o entendimento sobre o “escravo fiel” é inconsistente. Jesus Cristo
jamais designaria um magistério para explicar a Bíblia de forma que, às vezes é
errada, mas sempre é “no tempo apropriado”. A ideia de ‘alimento espiritual
imperfeito sob a orientação do espírito santo’ (parafraseando) é absurda.[6]
A expressão em
Mateus 24:45 – “dar o alimento no tempo apropriado” –, isto é, no
tempo certo, garante que o alimento deve ser sempre certo se entendermos o “dar
alimento” como se referindo em sentido ilustrativo a “alimento espiritual”.
É absurda a ideia de Cristo designar alguém, guiar alguém, de o espírito santo ajudar
e de Jeová orientar pessoas para que deem alimento que às vezes é errado. Isso
é um contrassenso sem fim; é como pular de paraquedas sem saber se o paraquedas
vai abrir: pode ser que abra, pode ser que não. Como poderia alguém confiar em
tal paraquedas?
O segundo
problema é que o “escravo fiel e discreto” não pode ser uma elite intelectual
dentro da igreja, uma classe clerical. Russell evitou fazer tal aplicação de
Mateus 24:45, 46;[7] mas se
for entendido como representação profética, tem de se referir necessariamente
a todos os cristãos como igreja, conforme era o entendimento anterior até
2013; afinal, é somente “o escravo fiel” quem será ‘designado sobre
todos os bens do amo’; nenhum outro escravo a não ser o fiel receberá
a recompensa celestial. Existem dois escravos, o fiel e o mau. Ou você é um, ou
você é o outro.
Existem dois escravos,
o fiel e o mau. Ou você é o primeiro, ou o segundo. Não há
outros escravos que não sejam o “escravo fiel” que também reinarão com
Cristo. |
Conforme fica
claro em Mateus 24:45-51, se você não é o escravo fiel, você não vai para o
céu. (Compare com Lucas 12:32-48.) Se só o CG é o escravo fiel, só o CG vai
para o céu. Os malabarismos feitos para driblar esse fato são descabidos. É
estarrecedor que ninguém tenha se apercebido disso.
O terceiro problema é que outro entendimento de 2013 virou o “escravo fiel” de cabeça para baixo.
O CG ensina desde 2013 que a “vinda” do mestre para ‘designar o escravo sobre todos os bens do amo’ só ocorrerá na grande tribulação. Isso é o oposto diametral do ensino de Russell, defendido pelas TJs durante mais de 100 anos. A organização ensinou durante um século que o escravo (na época, a igreja como corpo) havia sido aprovado pelo amo e, portanto, chamado de “fiel e discreto” em 1914 ou pouco depois. Por causa disso, o amo teria designado “o escravo”, que já era “fiel”, sobre ‘todos os seus bens’.
O entendimento
anterior fornecia base para que se pensasse que havia um “escravo fiel” durante
a parousia e, em vista disto, as TJs aceitaram com facilidade que havia
um “escravo fiel” durante a parousia porque Jesus já tinha voltado em
1914.
O entendimento
atual, todavia, é de que Jesus só “volta” para aprovar o escravo fiel na
grande tribulação, e que ser designado sobre “os bens do Amo”
ocorre na chamada celestial, não agora.[8]
Isso vira tudo de cabeça para baixo e a própria existência do CG se torna
ininteligível em comparação com o ensino atual.
Isso tudo
necessariamente significa que Jesus ainda não aprovou nenhum escravo como
sendo “fiel e discreto/prudente”, pois o Senhor ainda não veio. Ainda assim,
o CG se autointitula o “escravo fiel” desde já, sendo que esse título só pode
ser dado por Jesus aos cristãos fieis na volta de Cristo, que ocorre na
grande tribulação, segundo o entendimento desde 2013. Portanto, o entendimento
atual do CG sobre o escravo fiel é anacrônico.
Na melhor das
hipóteses, o CG poderia dizer que está tentando agir como um escravo fiel,
não que é o escravo fiel, pois o escravo fiel só surge na
volta de Cristo, e o entendimento sobre a volta de Cristo, que pensava-se ser
em 1914, foi anulado em A Sentinela de julho de 2013. Portanto, não há
nenhum “escravo fiel” ainda.
Ademais, ser “designado
sobre os bens do Amo” sempre foi ensinado como uma referência a coordenar a
obra de pregação e outras funções de administração e instrução.[9]
Se tal designação ainda não aconteceu, conforme tem sido o entendimento desde
2013, por que é que o CG desde já assume poder máximo sobre os ‘bens do amo’?
Isso é anacrônico, uma bagunça sem fim. Apenas aqueles que não entendem coisa
alguma sobre o entendimento atual concordam com esta bagunça.
Veja esta
ilustração. Você é funcionário em uma empresa e o dono da empresa está em uma
viagem intercontinental. Ele prometeu que, quando voltasse, daria uma
promoção a você: você será o gerente da empresa se, quando ele voltar,
estiver fazendo um bom trabalho. Ele disse que voltaria em abril, então
você ficou na expectativa: “ralou duro” para ganhar a promoção, mas o dono da
empresa se atrasou e informou que voltaria apenas em dezembro do mesmo
ano. No entanto, já em abril você se senta na cadeira e se autointitula “o
gerente” da empresa antes de o dono voltar. Os outros funcionários
acatam todas as suas ordens e o reconhecem como “o gerente”. O que acha que o
dono da empresa fará com você quando souber que deu a si mesmo o cargo de
gerência antes da volta dele, sendo que era ele quem daria ou não tal
promoção para você quando voltasse?
Portanto,
ainda que se presuma que “o escravo fiel” se refira a um magistério
clerical, o que definitivamente não é o caso, a autodesignação como “escravo
fiel” ainda assim é anacrônica – eles se promoveram antes do tempo, pois
Jesus não voltou ainda segundo o entendimento de 2013, e é Jesus quem fará tal
designação somente na sua vinda durante a grande tribulação.
Em vista de
tudo isso, é evidente que há algo de errado neste entendimento e que está sendo
usado para autoglorificação – isso consiste de heresia/promoção de seita e é pecado
de desassociação com base bíblica. (Tito 3:10) Se eu alegasse isso sobre
mim mesmo, seria desassociado e com razão. Por que é que isso não acontece com
os membros do CG?
“Você pode confiar plenamente em nós, mas podemos estar errados”
O ponto 2 é
que, visto que as informações provindas da liderança das TJs são falíveis, isto
é, podem estar erradas, é inaceitável que os anciãos sejam obrigados a
aceitá-las sem poder dizer NÃO ao que julgam estar errado. Isso não é
submissão, é subserviência; isso não é teocracia, é autocracia;
aceitar isso não é ser um “ancião”, é ser um vassalo.
Russell era
errante, mas a diferença dele para os membros do CG é que ele agia em harmonia
com o fato de ser errante. No tempo de Russell, as congregações eram
independentes de um governo centralizado, pois confiava-se a união à atuação do
espírito santo, não à lei da mordaça; na era atual, as congregações estão
aparelhadas e algemadas. Russell escreveu:
Nem
teríamos nossos escritos reverenciados ou considerados infalíveis, ou no mesmo
nível com as Escrituras Sagradas. O máximo que clamamos ou que já
reivindicamos por nossos ensinamentos é que eles são o que acreditamos ser
interpretações harmoniosas da palavra divina, em harmonia com o espírito da
verdade. E ainda
insistimos, como no passado, que cada leitor estude os assuntos que
apresentamos à luz das Escrituras, provando todas as coisas pelas Escrituras,
aceitando o que lhe parece ser aprovado, e rejeitando tudo mais [que pareça errado]. É para
este fim, para permitir que o aluno pesquise o assunto no registro divinamente
inspirado, que nos intercalarmos livremente as menções e citações das
Escrituras sobre as quais construir.[10]
Compare tais
palavras com o que disse A
Sentinela de fevereiro de 2022, p.
6 par. 15:
15 . . . Porque durante a grande tribulação pode ser que recebamos
instruções que sejam difíceis de entender ou de obedecer. É claro que Jeová não
vai falar diretamente com a gente. É bem provável que ele use os homens que
estão na liderança para nos dar orientações. Nessa época, não vai ser o momento para questionar a orientação que recebemos, talvez nos perguntando: ‘Será que
essa orientação é de Jeová mesmo, ou é uma coisa que os irmãos que estão na
liderança inventaram?’ Na grande tribulação, vamos precisar
confiar em Jeová e na organização dele. E isso vai depender de como estamos
seguindo as orientações agora. Se
você já confia nas orientações que recebe hoje e obedece sem pensar
duas vezes, é bem provável que você faça o mesmo durante a grande
tribulação. — Luc. 16:10.
A postura do CG
é o oposto diametral da postura de Russell. Isso não é “melhora”, é uma
alegação flagrante de revelação sobrenatural e também autoglorificação e
autoritarismo, o que resulta em promoção de seita, que é pecado de desassociação
com base bíblica.
Apenas um
profeta poderia alegar tal coisa. Em outras palavras, a implicação do que foi
ensinado na edição de A Sentinela de 2022 é que os membros do CG estão
se comportando como se possuíssem o dom da revelação e como profetas (embora
neguem tal dom), exigindo obediência e confiança que apenas um profeta poderia exigir
como porta-voz de Deus. Autointitular-se “o canal de comunicação” não pode
pertencer a uma elite docente dentro da congregação, pois toda a congregação é
o amparo da verdade. (1 Timóteo 3:14, 15)
Conclusão
Eu concordo
que o conhecimento seja progressivo, gradual, mas não posso aceitar que isso
seja usado como desculpa para o mal, para manter os irmãos em subserviência e
obediência incondicional e absoluta, mesmo mediante atropelos grosseiros das
Escrituras, tais como os mais de 39 (ou mais) pecados de desassociação, dentre o
quais apenas 11 são baseados na Bíblia; e mesmo os que são baseados na Bíblia
contém aditivos de regras humanas, tais como as definições extrabíblicas de porneía,
akatharsía, pleonexia e asélgeia. Isso destrói pessoas, famílias e
vidas que não são restauradas quando surge “um novo entendimento”. Se os
anciãos fossem homens de verdade, diriam “basta”, mesmo que isso lhes custasse
o privilégio. (1 Coríntios 16:13)
Pessoas já
foram desassociadas por coisas que em 2022 não são mais pecados de
desassociação.[11] Em anos
anteriores, alguém que comprasse uma raspadinha, brincasse em um caça-níquel, ou
comprasse um bilhete de loteria teria sido desassociado; isso não mais acontece
desde 2020. Nenhuma indenização foi paga às vítimas e as desassociações delas
não foram sequer anuladas. Ao contrário, elas foram readmitidas como se
tivessem sido justamente desassociadas e fica tudo na surdina a fim de não
minar a confiança dos irmãos no CG. Nenhum pedido público de perdão foi
feito, nenhuma indenização pelos danos foi paga. (Leia Lamentações 1:16 e Lamentações 1:22.)
Os entendimentos errados às vezes são
transitórios, mas os danos são permanentes. Não é possível que alguém alegue
que essa é a vontade do Senhor.
Ademais, sendo
o entendimento profético gradual e a construção do conhecimento passível de
erros, isso requer humildade da parte da liderança para não enfiar goela
abaixo regras humanas que dividem famílias e destroem as vidas de pessoas, tal
como o ensino sectário, divisório, de que cristãos verdadeiros não cursam
faculdade[12], ou que
fazer uma faculdade é um perigo assim como ver pornografia e a imoralidade
sexual.[13]
Isso causa divisões nas congregações e entre irmãos. Portanto, o CG é culpado
de “causar divisões”. É falta de humildade exigir obediência absoluta e
confiança incondicional.
Em parte
alguma da Bíblia os cristãos são ordenados a serem submissos a ensinos falsos e
divisórios. Ao contrário, conforme mostrei no artigo sobre submissão, é um
dever da congregação dizer “não”, “basta” aos falsos instrutores. Isso sim
agrada ao Senhor. Que todos nós demonstremos tal atitude de apego ao que é
certo, não a homens.
Notas:
[1] Grupo religioso que se dividiu na década de 1910-20. Um dos lados dessa divisão posteriormente assumiu o nome de “Testemunhas de Jeová”.
[2] Esse também era o pensamento do protestantismo, de onde Russell fora influenciado com tais ideias. Por exemplo, os autores da obra Jamieson-Fausset-Brown Commentary (1871), escreveram que a maldição de Noé em Gênesis 9:25 sobre Canaã se cumpriu “na escravidão dos africanos”. Os autores da obra The Preacher’s Complete Homiletical Commentary (1892), de diversas vertentes do protestantismo, também aplicaram a maldição de Noé aos africanos. O erudito Adam Clarke em Commentary on the Bible (1826) também aplicou a maldição de Noé aos africanos.
[3] É possível e até provável que indivíduos com pensamento racista existam entre as Testemunhas de Jeová. Enquanto organização, porém, o racismo foi extinto.
[4] Atualmente, as TJs substituíram o broche da cruz pelo broche do JW.ORG. (Confira este fato nestes dois links: LINK 1; LINK 2)
[5] O autor deste artigo entende que Jesus não profetizou sobre a vinda de um escravo fiel e discreto, mas ele alertou todos os cristãos para que fossem diligentes assim como um “escravo fiel e discreto/prudente” é diligente quando dá comida literal aos seus coescravos. O sentido da ilustração é a diligência do cristão enquanto indivíduo, não o estabelecimento de um magistério clerical.
[6] O argumento usado em A Sentinela de fevereiro de 2017, p. 26 par. 12 de que “Jesus não disse que o escravo ia dar alimento espiritual perfeito” é descabido, pois Jesus tampouco disse que o escravo daria alimento “imperfeito”. Ao contrário, é justamente porque o escravo não falha na sua designação que o amo o designa sobre ‘todos os seus bens’. (Mateus 24:45, 46)
[7] Livro Proclamadores do Reino de Deus, cap. 10 p. 143, publicado pelas Testemunhas de Jeová.
[8] A Sentinela de 15 de julho de 2013, pp. 24-25, parágrafos 15-20.
[9] Citação de A Sentinela de 15 de fevereiro de 2009, p. 26 par. 9:
“Além do mais, Jesus Cristo designou o escravo fiel e discreto “sobre todos os seus bens”, ou seja, todos os interesses do Reino na Terra. (Mat. 24:47) Esses bens incluem as instalações na sede mundial das Testemunhas de Jeová, nas filiais e congêneres em muitos países, nos Salões de Assembléias e Salões do Reino em todo o mundo. Incluem também a obra de pregar o Reino e fazer discípulos. Será que alguém entregaria a guarda e o uso de suas coisas valiosas a uma pessoa em quem não confiasse?”
[10] “Worship the Lord in the Beauty of Holiness,” No. 2, Zion’s Watch Tower and Herald of Christ’s Presence, 15 de dezembro de 1896, reimpressão, 2080.
[11] Um exemplo disso é a visão sobre “pequenas apostas” em 2022 no livro Pastoreiem o Rebanho de Deus. Outro exemplo foi a invenção do conceito “porneía dentro do casamento”.
[12] A Sentinela de 15 de outubro de 2013, p. 15 par. 13:
“Em vez de obter diplomas ou títulos acadêmicos, os cristãos verdadeiros se concentram em obter ‘cartas de recomendação’ por participar o máximo possível no ministério de campo.”
[13] A Sentinela de dezembro de 2021 w21 p. 24:
“Os padrões de Jeová são como as muretas de proteção numa estrada apertada. Se continuarmos seguindo esses padrões, evitaremos muitos perigos, como pornografia, imoralidade sexual e pressão de entrar numa faculdade.” [O grifo é meu.]
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Comentários
Qualquer tentativa interna, organizada e ordenada de mudança será punida com desassociação sem delongas. O CG aparelhou os corpos de anciãos e atingiu um status de veneração que beira a idolatria. Portanto, um abaixo assinado seria imediatamente confiscado e todos os nomes sofreriam uma inquisição imediata seguida de desassociação. As alegações feitas sequer seriam analisadas, conforme ocorreu com Rolf Furuli e outros. (Há alguns dias eu soube de um irmão que, junto da organização, serviu a Jeová desde antes de haver corpo governante, desde a década de 1960, e que foi desassociado SEM COMISSÃO JUDICATIVA meramente porque não aceitou que máquinas de cartão de débito e crédito fossem introduzidas no salão do reino e criticou tal ação por meio de um áudio de Whatsapp em confidência a outro irmão. Esse outro “irmão”, filho do demônio, entregou o áudio aos anciãos e aquele irmão foi desassociado sem nem mesmo ter uma comissão judicativa.) Esse exemplo ilustra a autocracia instituída pelo CG e como os corpo de anciãos estão aparelhados. Portanto, esqueça este método interno, ordeiro, sistemático. É suicídio organizacional.
O que poderia ser feito é o que podemos chamar de “spam mail”, que é uma enxurrada de cartas aos assistentes das comissões da sede nos EUA, semelhante ao que foi feito pela Organização em relação à proscrição na Rússia. Mas uma enxurrada de cartas é algo difícil de organizar, pois tem que ser algo massivo e simultâneo; algo do tipo 5 mil cartas de vários lugares do Brasil, tudo em uma semana apenas, exigindo uma comissão judicativa com os oito líderes.
As cartas poderiam conter pseudônimos, em vista do perigo de desassociação e subsequente difamação. Os nomes das congregações nas cartas poderiam ser reais. Poderia haver um ultimato, fazendo-se referência ao que aconteceu na Romênia na década de 60. Isso sim teria algum efeito. Se as cartas se repetissem por algumas vezes, isso no mínimo assustaria os membros da sede mundial.
Não acredito que isso, por si só, resolveria a situação, mas certamente alguma influência teria, e seria o melhor método, pois protegeria os envolvidos no sigilo e anonimato ao mesmo tempo em que evitaria tumultos dentro das congregações. Quando mais irmãos ao redor do mundo souberem disso, talvez mais se organizem, repetindo este feito.
Acredito que do jeito que a autoridade do CG cresce e é reafirmada exponencialmente a cada ano (a última reunião anual foi uma total “louvação” vergonhosa ao CG, onde o grupo foi mais louvado que o próprio Jeová), eventualmente mais irmãos acordarão para os fatos.
Hay un proceso de limpieza para cada individuo en la organizacion terrestre de Jehova. Si la persona no se somete a la soberania de Jehova, entonces el "proceso de limpieza" se obstaculiza. Se comienza a desarrollar el espiritu del mundo, que es un espiritu de desobediencia. Puede llegar a ser un pecado contra el espiritu santo, interviniendo los angeles para eliminar al pecador de la congregacion. Todo depende de la persona, puede tratarse de debilidad espiritual, pero si persiste, se peca contra Jehova y su esclavo fiel y discreto, es decir, un PECADO CONTRA EL ESPIRITU SANTO. Hechos 20:28
Por que? Porque el esclavo fiel y discreto es nombrado por el espiritu santo.
A pesar de que el rey Saul tuvo una conducta inicua, David simplemente no toco al rey Saul, POR MIEDO A PECAR CONTRA EL UNGIDO DE JEHOVA. Lo dejo en manos de Jehova, para que lo arreglase segun sus propositos. David tuvo FE y espero en Jehova. Una persona que se apoya en su propio entendimiento, es una persona sin Fe, y sera desaprobado por Jehova. Proverbios 3:5.
Por lo tanto, el individuo comienza a perder COMPRENSION, y si no se corrige, se convierte en asunto de Gehena. Perdera el favor dela organizacion terrestre de Jehova. Como sabemos que Jehova ya no aprueba a esa persona? El espiritu santo es una FUERZA ACTIVA, por lo que su ausensia motiva al individuo a volvese inactivo y falto de comprension, una prueba de que esa persona esta pecando. Jehova no abandona jamas a alguien FIEL, que si tiene una pregunta, es probablemente una falta de comprension, algo que se remedia con una respuesta.
Ser expulsado no es indicacion de que alguien ha pecado contra el espiritu santo. Pero si de verdad lo hizo, el asunto de la restauracion queda fuera de lugar.
Seu comentário é bem pertinente e reflete o sentimento de toda Testemunha de Jeová verdadeira, que adora a Deus em espírito e em verdade. Eu não poderia ter me expressado melhor que você sobre o assunto. Sua sugestão sobre o "spam mail" foi louvável, mas o que dizer do email? Acredito que teremos antes de nos organizar em grupos nas redes sociais, tais como o Telegram. Não posso colocar links aqui, senão com a permissão do Apologista da Verdade, e por isso, apenas convido todos interessados a ingressar no meu grupo de Telegram chamado "Testemunhas do Deus Vivo". É só colocar na pesquisa do telegram. É claro para os amantes da justiça que o que está acontecendo na Organização não está em harmonia com o espírito de Jeová. Então, vamos nos reagrupar e pedir a Jeová que nos oriente sobre o que fazer. Serão bem vindos!
Querido. Gracias por tu comentario. El rey Saúl había sido escogido por Jehová públicamente, no en secreto. Además, fue el pueblo de Israel el que eligió a Saúl como rey, y Jehová les había advertido que su futuro rey haría lo malo. Además, Jehová se sintió traicionado cuando el pueblo quería un rey. Este principio no se aplica en el caso de criticar a los hombres. (Lea Gálatas 2:11-14) Pedro fue escogido por Jesucristo, y todos los discípulos y apóstoles lo sabían. Sin embargo, Pablo criticó públicamente a Pedro, y en ningún momento fue etiquetado como "apóstata" por haber criticado al "ungido de Jehová".
Me temo que el ejemplo de Saúl está siendo utilizado en beneficio de los que se hacen llamar, sin ninguna prueba, "ungidos de Jehová", para que tengan un poder absoluto que es ilegítimo y también indiscutible. La Biblia en ninguna parte enseña que la crítica sincera y verdadera sea apostasía. La palabra "apostasía" no tiene este significado en las Escrituras. De repente, si el esclavo fuera más fiel, lo sabrías.
Quanto ao artigo, queria ver respondidas as questões levantadas.. Por exemplo, queria saber por que se apenas 8 senhores são membros do "Escravo", o que são os demais ungidos que não fazem parte desse grupo. Que tipo de escravo são os multos ungidos que não fazem desse grupo seleto?
Aguardo resposta de qualquer um que defenda esse modelo de liderança.
Quanto ao artigo, queria ver respondidas as questões levantadas.. Por exemplo, queria saber por que se apenas 8 senhores são membros do "Escravo", o que são os demais ungidos que não fazem parte desse grupo. Que tipo de escravo são os multos ungidos que não fazem desse grupo seleto?
Aguardo resposta de qualquer um que defenda esse modelo de liderança.
Eu sou bastante preciosista quanto à linguagem. Simplificar termos gera perda de força e sentido na mensagem. Cada palavra é especial e única. Por exemplo, uma poesia exige palavras exatas em métrica (para fins de sonoridade e rima) e força de sentido (para fins de emoção). Um carro não é perfeitamente um "automóvel", um "riacho" não é perfeitamente um córrego. Pena não é perfeitamente dó. Mandioca não é perfeitamente aipim. Apesar de muitas dessas palavras serem sinônimos quase perfeitos, cada exata palavra traz em si características próprias de força de sentido, emoção, regionalismo, nível linguístico e métrica. Portanto, eu peso cada exata palavra para fins de força de sentido e assinatura autoral.
"Tipo" significa "figura profética", algo que é uma "sombra" do que há de acontecer no futuro.
"Antítipo" se refere à realidade que a sombra tipológica projeta.
"Anacrônico" significa temporalmente incoerente ou inconsistente.
Ademais, hoje em dia a informação está literalmente a um clique de distância de todos que podem ler estes artigos. Portanto, se alguma palavra for difícil de entender, use uma ferramenta de busca (Google, DuckDuckGo, Baidu, etc) e procure o sentido do termo na internet. Há inúmeros dicionários gratuitos.
Abraço.
- SE APENAS OS OITO MEMBROS DO CORPO GOVERNANTE SÃO O ESCRAVO FIEL, O QUE SÃO, ISTO É, QUE TIPO DE ESCRAVOS SÃO OS OUTROS UNGIDOS?
Eu mostrei no artigo exatamente isso, mas sua frase resume e comprime corretamente o que eu tinha argumentado de forma bem persuasiva. A resposta é óbvia: se só o CG é o escravo fiel, os outros ungidos são infieis. Não há outros escravos que serão salvos a não ser o fiel, conforme provei no artigo.
Esta é uma conclusão tão óbvia, tão fundamental, que me assusta que ninguém tenha se revoltado contra isso. Os irmãos estão tão dependentes da instrução do CG que não olham para os lados, nem para a Bíblia, nem para Jeová, nem para Jesus, só para o CG. Isso é assustador.
Quanto a formar uma nova religião, eu não vejo as coisas dessa forma. Eu sou de um tempo que, quando comprávamos um televisor, um computador, um toca-fitas e o aparelho estragava ou apresentava defeitos, a gente não jogava fora e comprava outro novo, mas o levava ao técnico para que fosse consertado. Se seu casamento apresenta problemas, você imediatamente tentaria consertar os problemas ou se divorciaria e iniciaria outro casamento?
Eu creio que jogar fora o que apresenta problemas é algo desnecessário. Sou a favor de que os problemas sejam consertados.
Ninguém está chorando na internet. Estamos apenas tentando consertar os erros que devem ser consertados, sem fugir de nossa responsabilidade, empurrando para Jeová algo que é de responsabilidade nossa.
A sua atitude para conosco pode ser resumida assim: “Ou você cala a boca, ou suma daqui” – não acha que, de repente, é você, não nós, quem está levando tudo a ponta de faca?
Ademais, de qual informação no texto que você leu você discorda? Qual informação no texto é falsa? Você não apresentou nenhuma, apenas quis negar o meu direito de consertar o que está errado. Será mesmo que esta sua atitude é a de um verdadeiro cristão? Reflita nisso. Abraço e que Jeová te ilumine, meu irmão.
Entendo que você quer nos levar à uma ação concreta, ao mesmo tempo que nos critica por apresentar um "espírito de apostasia". O prezado não se dá conta, porém, que apresentar um "espírito de apostasia" nem sempre é negativo, ou ruim. Por exemplo, Jesus Cristo apresentou um "espírito de apostasia" por se opor ao sistema judaico estabelecido de seus dias e criticar os escribas e fariseus hipócritas de seus dias. Chamou aqueles líderes religiosos de hipócritas. Da mesma forma, o apóstolo Paulo foi perseguido por esses líderes judaicos e todos os que fossem contra eles eram expulsos das sinagogas. Percebe que usar espírito de apostasia como termo pejorativo não funciona muito bem?
Além, disso, se a Organização quisesse evitar toda e qualquer apostasia não enviaria seus membros para pregar para a "cristandade apóstata", cujos membros estão disseminando apostasia, não é verdade? Aocontrário disso, tem enviado seus pregadores para a porta deles.
Fica em paz e um abraço de alguém que se importa!
Realmente essa questão sobre o Escravo Fiel ser apenas os 8 membros do CG é intrigante, uma coisa irrespondível por qualquer escravo da Torre.
Sabe o que me deixa perplexo também? É que a acusação de apostasia feita pela comissão judicativa se baseia no ensino de Himineu e Fileto, que diziam que a ressurreição já ocorreu.
Porém, é a Organização que ensina que a ressurreição já ocorreu até meados de 1919! Então eles próprios se condenam sob acusação de apostasia. Não lhes ocorre isso? Não se apercebem?
Que coisa, hein!
Abraço fraternal!
Sim, as TJs têm problemas, mas não têm também as outras religiões problemas até mesmo piores? Sim. O protestantismo tem 9 mil seitas de pessoas que exploram e mentem para os fieis. Nem por isso você vê as TJs insultando eles assim como você faz.
Ário ensinava que o filho foi a primeira criação do Pai, por isso que é chamado de "filho", porque "nasceu", ou passou a existir. Do contrário, não faz sentido ele ser "filho" de Deus. Deus não é filho, Ele TEM filho. Deus é Pai, Deus não tem pai. (João 3:16) A Bíblia diz que há um só Deus, não um Deus 3 em 1, e Jesus é FILHO desse único Deus que existe. (Hebreus 1:1, 2)
Ademais, presumo que você creia que o espírito santo seja uma pessoa. Né? Pois é, Ário acreditava nisso também. Então, você também é ariano se acredita que o espírito santo é uma pessoa.
Ademais, as TJs não surgiram do Adventismo. Russell era presbiteriano, não adventista.
Seja como for, apesar dos problemas da Torre de Vigia, não confunda essa religião com as pessoas nelas. As pessoas são vítimas. Jeová vai consertar o que está errado, se não agora, no Armagedom.
Cada um prestará contas de si mesmo. A primeira coisa que posso fazer para agir da minha parte é parar de julgar os outros enquanto indivíduos, e apenas apontar os erros segundo as Escrituras Sagradas, erros que espero que sejam consertados.
A sua religião também tem problemas. Estamos todos no mesmo barco, meu irmão. Não fale assim.
O artigo que você leu mostrou claramente que há erros no entendimento sobre o “escravo fiel”, e que tais erros têm sido usados para autopromoção. Não vi você responder a nenhum dos problemas que eu apresentei.
Eu concordo que o CG acertou na pandemia. Eles seguiram corretamente os princípios bíblicos. Isso foi ótimo. Mas eu também teria feito o mesmo, e isso não significa que Jeová me designou para nada.
Seja como for, isso não dá passe livre para que eles possam fazer o que quiserem, como atropelar as Escrituras em outros assuntos, e só nos cabe ficar em silêncio e obedecer.
O acerto do CG na pandemia não elimina os problemas com o entendimento sobre o escravo fiel, tampouco justifica os demais erros.
Prezado, você não usa a expressão “corpo governante” de forma consistente. Você usa a expressão “corpo governante” para se referir a toda a congregação, à igreja. Não é este o sentido do termo. Depois você muda a referência da expressão.
Não existia corpo governante antes de 1971. Ou seja, as TJs existiram mais tempo sem corpo governante do que com corpo governante.
Russell, em 1878, já sabia de várias verdades bíblicas, as quais você atribui ao CG. Isso que você está fazendo, e que o CG faz, de tirar o mérito de outros e dar a si mesmo, é canalhice. (Perdoe-me a palavra forte, mas não consigo pensar em nenhuma outra palavra melhor.)
O “corpo governante” só surgiu em 1946, sem poder nenhum, como corpo administrativo (um corpo burocrático para a Sociedade), e foi só em 1971 que tal corpo se intitulou “o instrutor da igreja de Cristo”. Portanto, pergunto: antes de 1971 as TJs não sabiam de nenhuma verdade maravilhosa?
Claro que sabiam, várias verdades maravilhosas já haviam sido descobertas antes mesmo do corpo governante existir.
Nos tempos de Russell não havia corpo governante e a obra cresceu mais que atualmente em porcentagem relativa ao número de publicadores. Portanto, o CG não tem esse mérito que você acha que tem em relação a descobrir verdades bíblicas. E digo mais, atribuir a CG o mérito de Russell é canalhice.
A história de “se são o escravo fiel e prudente cada um decidirá por si” é falsa. O CG não aceita isso e você seria desassociado se ensinasse isso na congregação. A ordem do CG é que para se batizar, você DEVE aceitar o CG como “escravo fiel e prudente”, não há diplomacia, há uma ORDEM.
RESPOSTA:
Prezado, você está definindo “espírito de apostasia”, (expressão que você inventou e que não possui sequer embasamento bíblico) como “atacar algumas doutrinas específicas das TJ”. Contudo, isso não se encaixa na definição de “apostasia”, nem mesmo na expressão inventada “espírito de apostasia”. O termo “apostasia” significa “abandono”, não “questionar”. Portanto, aconselho-o fortemente que conheça os termos que usa e suas respectivas definições. Usar termos impróprios ou errados é algo seriíssimo.
Eu não acho que você se preocupa tanto assim com “apostasia”. Se você estivesse realmente tão preocupado com “questionar algumas doutrinas” da TJs, você teria dito que o CG está com “espírito de apostasia”, quando questionou, ou PIOR, anulou, DUAS DOUTRINAS CENTRAIS das TJs em 2013 e 2015.
Em 2013, o CG passou a ensinar que o “escravo fiel” é apenas o CG, sendo que durante um século foi ensinado que essa expressão se refere à congregação inteira. Isso significa que os demais “ungidos” são “escravos maus”, visto que só há dois escravos, o fiel e o mau. Se você não é um, é o outro. Isso não te parece “questionar as doutrinas” das TJs? Ué, por que você não mandou cartas para lá acusando-os de “espírito de apostasia”? Não acha que sua acusação é no mínimo parcial?
Em 2015 o CG anulou a visão da Bíblia que as TJs defenderam e ensinaram durante um século, sobre tipos e antítipos. Em resumo, o CG jogou no lixo 100 anos de alimento espiritual. Ué, cadê sua carta de acusação aos membros do CG sobre “espírito de apostasia”? Ou o CG pode tudo, até apostatar, que está “tudo bem para você? Mas se eu questiono uma atitude, eu sou apóstata? Isso te parece consistente? Viu só como você não se importa com “apostasia”? A sua preocupação é com AUTOCRACIA, não com “apostasia”. Se estivesse tão preocupado quando diz com “apostasia” teria dito que o CG está desde 2013 com “espírito de apostasia”.
Quanto ao seu argumento de que ‘as TJs, mesmo erradas, fazem algo...’, eu não discordo disso. O que eu não consigo entender é em qual ponto você usa uma boa ação para justificar/compensar erros grotescos. Por exemplo, se eu doar 100 reais para um irmão em necessidade, estou justificado ou isento de punição se eu cometer adultério? É basicamente isso que você argumenta: ‘as boas coisas das TJs justificam/compensam as más;’ logo, devemos calar a boca. Este é um péssimo raciocínio, você está enganando a si mesmo.
Prezado, eu concordo com o entendimento das TJs sobre a ONU e a cristandade apóstata. (Babilônia, a Grande).
Minha grande incompreensão é: em qual ponto isso justifica, amaina, compensa, faz o contraponto para os erros crassos? Tipo, visto que as TJs ensinam que a ONU vai atacar as religiões, e isso é verdade, agora o CG pode ser venerado no lugar de Cristo como “canal de comunicação de Jeová” e está tudo bem para você? Irmão, isso é absurdo. Pare com essa tolice. Prezado, reflita bem nisso.
Abraço.
Faço minhas as palavras do Cristão Antitípico e ainda digo que você tem de fazer tua parte e não apenas cobrar dos outros. É como o Cristão falou: não é porque as TJs fazem evangelização mundial que isso vai anular o erro delas. Se fosse assim, os fariseus eram os maiores prosélitos da época de Jesus, pois percorriam terra e mar pra fazer um discípulo, no entanto, Cristo os reprovava. E estamos fazendo algo, começando aqui na Internet, (e que meio alcança mais pessoas do que a internet?) por mostrar pras pessoas que a obrigação de um cristão não é ter respostas prontas e rabiscadas numa revista, e sum ter a capacidade de raciocinar por si mesmo. Você já escreveu para o escritório de Betel? Já fez sua parte? Sem ressentimento, um abraço fraternal!
As profecias bíblicas nunca dependeram da interpretação da Organização para se cumprir.