Contribuído por Cristão
Antitípico.
Este artigo é a continuação do anterior. A fim de
inteirar-se sobre a dissertação, queira ler a parte 1. (Clique aqui.)
“Deixar as
Escrituras falarem por si mesmas”
Eu gostaria
de analisar uma expressão importante nas palavras de R. Franz, a saber, “deixar
as Escrituras falarem por si mesmas”.
Após conhecer a proposta de R. Franz, imagino-o com
um estetoscópio grudado na tradução Rei Jaime, tentando escutar o que a
Bíblia tinha a dizer. A tese de R. Franz é infantil e mostrarei por quê.
Essa
expressão, que na superfície parece evidentemente verdadeira e óbvia, é, na
verdade, ingênua e dissimulada. É comum pessoas tentarem “mitar” com uma frase
que até soa bonita ou inteligente na superfície, mas que é falsa se
aprofundarmos nossa análise das implicações de tal ideia.
O fato é: uma
pessoa não pode simplesmente ler a Bíblia toda e, no final, eureca! Ela sabe
tudo o que é necessário saber sobre Deus para se tornar seu servo!
Uma
pessoa não pode simplesmente ler a Bíblia toda e, no final, saberá tudo o que
é necessário saber sobre Deus para se tornar seu servo. |
É diferente,
contudo, um sujeito que leu os evangelhos por conta própria e, com base em sua
leitura, entendeu que é pecador, arrependeu-se de seus pecados e depositou fé
em Jesus – isso sim é possível. Entretanto, essa seria apenas uma fé
superficial, um conhecimento inicial, um ponto de partida para que ele pudesse
se tornar um discípulo de Jesus por adquirir conhecimento profundo das
Escrituras e dos ensinos de Cristo. E neste segundo estágio, aí sim ele depende
da congregação/igreja para se tornar um servo de Deus no pleno sentido da
expressão.
De fato, ao
contrário do que R. Franz defendeu, uma pessoa não pode entender a Bíblia se
ela não for “conduzida por algum agente humano falível”. O sujeito
precisa ter o ego muito inflado para concluir o que R. Franz concluiu. Podemos
ver isso em Romanos 10:11-15:
(Romanos 10:11-15)
11 Pois a Escritura diz: “Ninguém que basear nele a sua
fé ficará desapontado.” 12 Pois não há distinção entre
judeu e grego, porque há o mesmo Senhor sobre todos, que é rico para com todos
os que o invocam. 13 Pois “todo aquele que invocar o
nome de Jeová será salvo”. 14 No entanto, como invocarão
aquele em quem não depositaram fé? Por sua vez,
como depositarão fé naquele de quem não ouviram [falar]? Por sua vez, como
ouvirão, se não houver quem pregue? 15 Por sua vez, como
pregarão, a menos que tenham sido enviados? Assim
como está escrito: “Quão lindos são os pés daqueles que declaram boas novas de
coisas boas!”
No tempo em
que tais palavras foram escritas, as Escrituras Hebraicas estavam completas,
mas as Escrituras Gregas não. O objetivo da pregação era ensinar as pessoas
sobre Jeová Deus e seu Filho Jesus Cristo. Hoje, embora toda a Bíblia já esteja
completa, e apesar de a Bíblia ter sido publicada em praticamente todos os
idiomas da face da Terra, a maioria dos seres humanos não sabe nada sobre Jeová
Deus e seu Filho. Isso por si só prova que a tese de R. Franz é no mínimo
ingênua.
De acordo
com Mateus 24:14, Jesus disse que as boas novas do Reino seriam pregadas a todo
o mundo como testemunho, e tal testemunho mundial exigiria uma fraternidade que
enviasse evangelizadores. Além disso, para pregar em toda a Terra, tal fraternidade
deveria ter alcance mundial, com um sistema que dirigiria sistematicamente a
pregação. Tendo isso em mente, é impossível para uma pessoa entender as
Escrituras se não for ensinada por um desses preditos pregadores e pelo sistema
congregacional.
Se a tese de
R. Franz fosse correta, bastaria que um cristão bilionário comprasse uma casa
publicadora, imprimisse traduções da Bíblia e as distribuísse em todo mundo
e... bingo! R. Franz ganhou na loteria! A profecia se cumpriu! Estão pregadas
as boas novas! Na real, tal tese é infantil. Surpreende-me que um sujeito tão inteligente
tenha adotado uma visão tão besta da realidade.
Outra prova
de que a tese de R. Franz é tosca são as muitas seitas do protestantismo, onde
cada um lê a Bíblia de um jeito, forma uma igreja, e dali surgem mais seitas; só
Deus sabe quantas mil seitas protestantes existem. Será que é isso que Jesus
ensinou quando falou que seus discípulos deveriam ser ‘um só, assim como ele
e seu Pai são um?’ (João 17:22) São as milhares de seitas protestantes “um
só corpo”? A única possibilidade de as milhares de seitas protestantes serem
“um só corpo” é se esse “um só corpo” tiver sido vítima de Elize Matsunaga. Este é o resultado inevitável da visão adotada
por R. Franz.
As ilustrações de Jesus provam a necessidade de um
povo distinto
A principal
razão pela qual pregadores/evangelizadores são necessários é a maneira como a
Bíblia foi escrita. Em resposta a uma das perguntas de seus discípulos, Jesus
disse que usava ilustrações com o objetivo específico de que seus ouvintes não
entendessem o que ele queria dizer. A questão é que as pessoas que não estão
interessadas na verdade ouvem as palavras e vão embora sem entendê-las, mas os
que buscam a verdade perguntam sobre o significado e, como recompensa por seu
interesse genuíno, aprendem esse significado. Isso pode ser percebido
claramente com base no texto de Mateus 13:10-15:
Vieram assim os seus discípulos e lhe disseram: “Por
que é que lhes falas usando ilustrações?” 11 Em
resposta, ele disse: “A vós é concedido entender os
segredos sagrados do reino dos céus, mas a esses não é concedido. 12 Pois
a todo aquele que tiver, dar-se-á mais e far-se-á abundar; mas a todo o que não
tiver, até mesmo o que tiver será tirado dele. 13 É por
isso que lhes falo usando ilustrações, porque
olhando, olham em vão, e ouvindo, ouvem em vão, nem entendem; 14 e
é neles que tem cumprimento a profecia de Isaías, que diz: ‘Ouvindo ouvireis,
mas de modo algum entendereis; e olhando olhareis, mas de modo algum vereis. 15 Pois
o coração deste povo tem ficado embotado e seus ouvidos têm ouvido sem reação,
e eles têm fechado os olhos; para que nunca vissem com os olhos, nem ouvissem
com os ouvidos, nem entendessem com os corações e se voltassem, e eu os
sarasse.’
Jesus
mostrou que havia um contraste entre seus discípulos e outros ouvintes. Muitos
dos que ouviam a Jesus não tinham interesse genuíno em aprender o real sentido
das palavras do Senhor. No entanto, os discípulos se aproximaram de Jesus e
perguntaram sobre o significado. Consequentemente, Jesus os declarou felizes
porque chegaram a entender suas ilustrações devido às suas perguntas sinceras.
Grande parte
da Bíblia é da mesma natureza das ilustrações de Jesus; refiro-me a todas as
profecias sobre o futuro que se encontram nos livros dos profetas, tais como
Jeremias, Ezequiel, Daniel, Isaías; e nas Escrituras Gregas Cristãs temos o
livro de Apocalipse, o qual é impossível de ser entendido por um leitor
independente, assim como os demais livros proféticos supracitados. Uma pessoa
comum não pode simplesmente ler as ilustrações, as profecias e as figuras
visionárias do Apocalipse e entender todo esse material. E isso se torna ainda
mais crítico se a pessoa não tiver educação formal de alta qualidade. Não é
possível que R. Franz tenha defendido tamanha besteira, mas esta é a exata
representação das implicações do que ele defendeu. Por isso que afirmo que R. Franz
deveria ter ficado quieto em assuntos que ele não dominava e apenas feito as
críticas justas que fez. Entretanto, conforme já falei, quando o ego da pessoa
infla, ela acha que sabe mais do que de fato sabe e passa a achar que sua falta
de qualificação será suprida/compensada pelo Criador. Isso conduz o sujeito a
pensar que suas opiniões pessoais são revelações de Deus – este foi o problema
de R. Franz e é o problema dos oito membros do Corpo Governante.
Além de todo
o material da Bíblia expresso em símbolos e figuras, há grandes porções com
diferentes tipos de relatos expressos em linguagem literal. Que tipo de
conhecimento uma pessoa obterá ao ler tais relatos? Será tal pessoa capaz de
entender o propósito de Deus ao lê-los?
Vou usar um
exemplo. Digamos que uma pessoa queira saber o que acontece quando alguém morre
e exatamente o que é a ressurreição. Essa pessoa pode encontrar a verdadeira
resposta para essas perguntas apenas lendo a Bíblia? A resposta é não,
porque a verdade sobre a morte e a ressurreição está espalhada por toda a
Bíblia. Assim, a fim de entender esta questão, todas essas informações devem
ser reunidas e uma síntese deve ser feita – e quem faz isso é sempre um “agente
humano falível”, coisa que R. Franz rejeitou. Um indivíduo que lê a Bíblia por
conta própria não conseguirá “deixar as Escrituras falarem por si mesmas”.
Em relação à
morte, há as palavras gregas geena e hades que precisam ser
esclarecidas, bem como o entendimento correto sobre o que é a alma (grego: psyké).
Em conexão com a ressurreição, há uma primeira e uma segunda. A que se referem?
E há muitas perguntas adicionais a serem feitas:
· O que é ressuscitado?
· Quem será ressuscitado?
· Quando ocorrerá a ressurreição?
· A ressurreição ocorrerá na Terra ou no céu?
É óbvio que
uma pessoa comum não pode simplesmente ler a Bíblia e as respostas a todas as
suas perguntas se tornarão óbvias. Então, novamente, instrutores são necessários
para aqueles que querem entender as verdades da Bíblia.
Requisitos para entender a Bíblia
Para
entender as doutrinas básicas da Bíblia, são necessários os seguintes
requisitos:
·
Um bom
entendimento de grego, hebraico, aramaico e até mesmo acadiano. (Franz não
tinha nenhum desses);
· Um bom
entendimento de linguística e semântica. (Franz não possuía nenhum
conhecimento deste tipo);
· Um bom conhecimento do conteúdo de cada livro da Bíblia;
· Um bom conhecimento da história do mundo;
· Um bom conhecimento de quem é o povo de Deus e sua
história.
Uma pessoa
dificilmente poderia preencher todos esses requisitos e, portanto, o
entendimento da Bíblia deve ser baseado no trabalho em equipe.
Diferentes pessoas com diferentes habilidades teriam que combinar seus
conhecimentos e, por sua vez, ensinariam outras pessoas a se tornarem instrutores
também. Assim, forma-se uma fraternidade distinta com um corpo de conhecimentos
acumulados e, com o passar do tempo, algumas informações são atualizadas, e com
base nos conhecimentos antigos, novos são descobertos, e assim por diante. E de
acordo com as palavras de Jesus em Mateus 24:14, esses instrutores pregariam as
boas novas do Reino em todo o mundo. Ao contrário do conceito de R. Franz, isso
sim exigiria uma fraternidade mundial liderada por Jeová Deus.
O ponto em
que eu concordo com R. Franz é que não há nenhum indivíduo divinamente nomeado
para tal função.
Vejamos mais
detalhes. A Bíblia está escrita em grego, hebraico e aramaico. Muitas nuances e
sutilezas serão perdidas quando esses textos forem traduzidos para o inglês e
outros idiomas. Portanto, é impossível entender o texto da Bíblia sem um bom
conhecimento de suas línguas originais. A compreensão de um texto em uma língua
estrangeira depende do significado de palavras individuais (semântica) e também
da ordem das palavras (sintaxe) e das formas das palavras que são usadas
(gramática). Para compreender o texto da Bíblia é necessário ter um bom conhecimento
dos princípios da linguística e da semântica, coisa que R. Franz não tinha.
Como as
doutrinas básicas da Bíblia são encontradas em seus diferentes livros, é
imperativo estar familiarizado com o conteúdo de cada livro. Juntar toda a
verdade de uma doutrina é como um quebra-cabeça onde as peças se encontram em
livros diferentes. Portanto, é importante saber onde estão as partes
fragmentadas. Grande parte das profecias da Bíblia teria seu cumprimento nos
acontecimentos do mundo real e muitas profecias ficaram na História. Para
entender essas profecias, portanto, é necessário um bom conhecimento da
história do mundo, e isto R. Franz só aprendeu por meio do canal falível que
ele repudiou, a saber, a Torre de Vigia.
Será que as
incontáveis seitas do protestantismo, cada uma com suas doutrinas próprias e
conflitantes, atendem aos requisitos para conhecer a fundo as Escrituras? Com
certeza não. O protestantismo até hoje não se decidiu sobre batismo de
bebês; arminianismo ou calvinismo; pré-milenarismo, pós-milenarismo e
amilenarismo; sobre quando as pessoas serão lançadas no inferno ou sobre quando
ascenderão ao céu; e por aí segue Oolibá.
Portanto, é
necessário um povo distinto, uma fraternidade independente e unida que porta o
conhecimento das Escrituras. Dentro desta fraternidade existem algumas pessoas
que preenchem os cinco requisitos listados anteriormente. Essa fraternidade
envia pregadores por todo o mundo, e somente com a ajuda desse corpo fraterno a
Bíblia pode ser compreendida.
Existem
várias profecias que se cumprem neste povo, nesta fraternidade, e é necessário
identificar esta fraternidade e sua história para o entendimento da Bíblia.
Isso não
significa, por outro lado, que cada palavra dita pelos líderes dessa
fraternidade seja fruto do espírito santo. Tampouco significa que Satanás não
conseguirá introduzir seus agentes nesta fraternidade a fim de induzir o povo
ao erro, da mesma forma que fez no primeiro século. (Leia 2 Coríntios 11:14, 15) No primeiro século, alguns desses agentes de
Satanás chegaram a ser reconhecidos como “apóstolos” pela congregação, e isso
não é diferente nos dias atuais. (Apocalipse 2:2) Acontece nessa fraternidade as mesmas coisas que
aconteciam no antigo Israel: líderes hereges que maltratam o povo; idolatria;
falsos servos de Jeová; a criação de um Talmud, e tudo mais. Assim, a
responsabilidade individual não é anulada e cabe a cada cristão e a cada
congregação se posicionar contra hereges, pois Cristo nos responsabiliza por
isso; ao mesmo tempo, não é “cada um por si e Deus por todos”, tal qual a
proposta de R. Franz.
Conclusão
A conclusão
é que é impossível para uma pessoa encontrar a verdade sobre Deus apenas
“deixando as Escrituras falarem por si mesmas”, como afirma R. Franz, ou pelo
menos esta frase precisa de uma referência além do nível superficial. Conforme
provarei no próximo artigo, o próprio R. Franz não seguiu este princípio.
Mas, quanto
ao tema do presente artigo, fica claro que o ensino de R. Franz se encaixa
perfeitamente no conceito de heresia/promoção de seita; em verdade, não consigo
pensar em nada tão característico do sectarismo quanto a proposta de R. Franz.
Minha
conclusão é que Raymond Franz deveria ter sido desassociado sob a acusação
de heresia, pois de fato fica comprovado, após a leitura do presente
artigo, que ele se tornou culpado de promoção de seita.
Entretanto,
ter ele sido desassociado por manter contato com desassociados, ou sabe-se lá
qual foi a acusação, não possui base bíblica; e neste ponto, sua desassociação teria
sido errada e injusta.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja
citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
1. A Bíblia não condena autodefesa armada. Se um cristão desejar ter arma de fogo proporcional aquilo que ele julga ser necessário para a sua segurança, então isso é decisão inteira dele. As palavras de Jesus a Pedro: “Guarda a espada, pois aqueles que na espada confiam, pela espada perecerão”, não se refere a autodefesa, mas à guerra ou mesmo rebelião social. Como sabemos disso? Por que foi o próprio Jesus quem mandou os apóstolos pegar a espada para autodefesa. (Lucas 22:35-38) Durante todo o tempo em que Pedro portou a espada, Jesus não o repreendeu. Apenas quando ele a usou para criar uma luta armada contra os soltados romanos foi que Jesus o repreendeu.
2. Quanto à segunda pergunta, a Bíblia não define “sangue”. Portanto, não há base bíblica para afirmar que os 4 componentes do sangue são, ou que não são sangue. Contudo, acredito que é difícil fugir ou driblar esta conclusão. Veja só, se você estivesse proibido de comer “ovo”, será que poderia dizer que comer a “clara do ovo” não é “comer ovo”? Ou comer apenas a gema do ovo não é comer ovo? Será que faria sentido dizer ao seu médico: “Não comi ovo, apenas clara de ovo”? É no mínimo irônico. Da mesma forma, se você comeu hemácias ou leucócitos ou plasma, é no mínimo lógico admitir que comeu sangue. Na medicina, transfusão de plasma é considerado dentro do conceito de “transfusão de sangue”. As TJs aceitam a definição médica de sangue e eu concordo com tal visão. Contudo, visto que este raciocínio não é apresentado nas Escrituras, ou melhor, visto que elas não definem “sangue”, entendo que não posso impor tal conceito como se fosse uma verdade absoluta. Mas certamente devo apresentá-lo como sendo a melhor opção, um guia, um raciocínio válido e o melhor que se tem nessa questão.
3. Quanto aos cabritos, a Bíblia não é clara, mas parece ser aqueles que tiveram oportunidade e ainda assim não depositaram fé em Cristo, o que inclui pessoas más;
4. Quanto à grande multidão, não sei sobre sua abrangência. Mas eu tendo a acreditar que a grande multidão seja de pessoas das mais variadas religiões e etnias, que demonstram algum apreço pelo Cristo, as quais só “voltarão a viver”, isto é, só receberão a salvação, no fim dos mil anos.
Ponto 2) Sim, inclui. Se Deus fala que vc não pode tocar em mulher, isso significa que vc não pode tocar no cabelo de uma? Evidentemente que sim.
Ponto 3) São os iníquos incorrigíveis deste sistema que só Jeová sabe quem é.
Sobre a grande multidão, evidentemente se trata de Tjs batizadas e fiéis.
Contudo, sua analogia está imprecisa, pois "limonada" é uma receita feita com a união de componentes independentes; por natureza, já o sangue é a união de componentes em um sistema fechado e biológico.
Você não encontra plasma em qualquer coisa, nem hemácias. Já o açúcar que você adiciona na limonada pode estar em várias receitas e é um ingrediente independente. Não acontece isso com os componentes do sangue.
Ao pensar nesse assunto de forma análoga, use apenas referências exatas ao sangue.
O ovo é um sistema exato em relação ao sangue. Tente fazer sua analogia com um ovo e veja se vai dar certo..