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PROVA DE QUE O CORPO GOVERNANTE "APOSTATOU" - O NOVO ENTENDIMENTO SOBRE A RESSURREIÇÃO


                  Vivemos em época de mudanças tumultuosas na organização das Testemunhas de Jeová (TJs) da parte do Corpo Governante (CG). Eu digo “tumultuosas” não porque todas as mudanças são ruins; afinal, algumas mudanças foram muito boas, tal qual a mudança sobre o modo como os desassociados devem ser tratados. (Antigamente o CG proibia até mesmo um “bom dia” a um desassociado, ameaçando de desassociação quem descumprisse tal regra.)

Entretanto, algumas mudanças em sentido teológico são bastante estranhas para dizer o mínimo. Em 2015, por exemplo, foi oficializada uma mudança muito estranha, de que o ensino do Corpo Governante seria focado apenas em lições de fé, não em estudo profundo da Bíblia. Desde 2013, ano em que o CG se intitulou o único escravo fiel de Cristo na Terra, a qualidade do ensino bíblico nas reuniões das TJs despencou. Os estudos atuais de A Sentinela são, na esmagadora maioria das vezes, rasos, superficiais, com lições morais infantis, como se o CG estivesse alimentando adultos com comida para criança. Estudos profundos não mais são feitos; o foco agora é a obediência irrestrita à organização, a fé cega. Isto é o oposto do que a organização Torre de Vigia fez durante quase 100 anos, antes do Corpo Governante existir.

O novo entendimento do Corpo Governante sobre a ressurreição é uma apostasia da exegese bíblica. A palavra “exegese” significa “minuciosa interpretação de um texto ou de uma palavra”, segundo o Dicionário de Aurélio. Isto foi simplesmente jogado no lixo pelo CG – não há mais exegese no ensino do Corpo Governante. A fim de que tenhamos um contexto claro, leiamos João 5:28, 29:

(João 5:28-30) 28 Não fiquem admirados com isso, pois vem a hora em que todos os que estão nos túmulos memoriais ouvirão a voz dele 29 e sairão: os que fizeram coisas boas, para uma ressurreição de vida; e os que praticaram coisas ruins, para uma ressurreição de julgamento. 30 Não posso fazer nem uma única coisa de minha própria iniciativa. Assim como ouço, eu julgo, e o meu julgamento é justo, porque não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.

 O atual ensino do Corpo Governante é que “ressurreição de vida”, em João 5:28, 29, significa “ressurreição com meio caminho andado para a vida”; e “ressurreição de julgamento” significa “ressurreição de avaliação”. Este ensino atual do CG é simplesmente absurdo, pois não é isso que significam estas expressões no contexto de João. Ao introduzir este novo ensino, Geoffrey Jackson, membro do CG, não deu nenhum motivo válido que sustentasse a nova visão ou que justificasse a razão da mudança. O único argumento foi de que o verbo “fizeram” e o verbo “praticaram” estão no passado, não no futuro. Mas isso, além de não ser um argumento forte, não significa em momento algum que “ressurreição de vida” seja uma “ressurreição de meia vida”, ou que “ressurreição de julgamento” seria uma “ressurreição de avaliação”.

Devido ao incentivo demasiado da parte do CG na “meditação” ao invés de estudo profundo das Escrituras, muitos irmãos são intelectualmente incapazes de perceber que o novo ensino é absurdo, e acabam por aceitá-lo sem pensar duas vezes. Por causa disso, cito na íntegra abaixo o estudo de A Sentinela de 15 de julho de 1965, pp. 435-439 (w65 15/7 pp. 435-439; https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/1964884#h=3), onde a anterior liderança das TJs, que era erudita e não leiga, produzira um artigo sensacional sobre o sentido de “ressurreição de julgamento”.

 

Dos túmulos para a ressurreição de julgamento

1. Quem são os que João 5:29 menciona como sendo “os que praticaram coisas ruins”?

QUEM são aqueles a quem Jesus chamou, em João 5:29, de “os que praticaram coisas ruins” e que saem dos túmulos memoriais “para uma ressurreição de julgamento”? Evidentemente, estes são todos os que não provarem que a sua ressurreição é “ressurreição de vida”.

2, 3. (a) Em João 5:29, será que a palavra “julgamento” concede duas oportunidades para os julgados? (b) A quem se dirige o julgamento, e o que, à luz de outras escrituras, indicaria isto quanto ao tipo de julgamento para eles?

2 Na expressão de Jesus “ressurreição de julgamento”, será que a palavra “julgamento” significa a oportunidade de o juiz do tribunal decidir a favor da pessoa que é julgada? Não! “Julgamento” aqui não significa um julgamento com duas possibilidades, quer a de o juiz declarar inocente a pessoa e libertá-la, quer de o juiz condená-la e entregá-la para ser punida.a “Julgamento” significa o ato de julgar, o processo intelectual ou mental de formar opinião por considerar os fatos do caso, a decisão judicial dum caso no tribunal.b Tem de ser favorável ou desfavorável. Qual é o “julgamento” de que trata João 5:29?

3 O próprio fato de que, em João 5:29, o julgamento se dirige para “os que praticaram coisas ruins” indica que é julgamento desfavorável, julgamento condenatório. A respeito das pessoas que agora praticam habitualmente coisas vis, disse Jesus: “Quem pratica coisas ruins odeia a luz e não se chega à luz, a fim de que as suas obras não sejam repreendidas. Mas, quem faz o que é verdadeiro se chega à luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas como tendo sido feitas em harmonia com Deus.” (João 3:20, 21) Em aviso para nós contra o ciúme e a contenda, Tiago 3:14-16 prossegue, dizendo: “Esta não é a sabedoria que desce de cima, mas é a terrena, animalesca, demoníaca. Porque, onde há ciúme e briga, ali há desordem e toda coisa ruim.” — Veja-se Tito 2:8.

4. A que tipo de julgamento e de juízo se refere Judas 4, 14, 15 e Atos 7:7?

4 Em vários versículos bíblicos, as palavras “julgar” e “julgamento” têm a força de condenar, condenação. Por exemplo, em Judas 4, 14, 15, que reza “É que se introduziram sorrateiramente certos homens que há muito têm sido designados pelas Escrituras para este julgamento, homens ímpios, que transformam a benignidade imerecida de nosso Deus numa desculpa para conduta desenfreada e que se mostram falsos para com o nosso único Dono e Senhor, Jesus Cristo.” “Eis que Jeová vem com as suas santas miríades, para executar o julgamento [krisis] contra todos e para declarar todos os ímpios culpados.” Atos 7:7 diz a respeito do Egito: ‘Eu hei de julgar aquela nação para a qual [os israelitas] trabalharão como escravos’, disse Deus, ‘e depois destas coisas sairão e me prestarão serviço sagrado neste lugar.’”

5. Quando forem consideradas as designações, contra que tipo de julgamento deve ser protegido o homem recém-convertido?

5 O apóstolo Paulo instruiu que se designasse “não homem recém-convertido, para que não venha a enfunar-se de orgulho e a cair no julgamento [krima] aplicado ao Diabo”. — 1 Tim. 3:6.

6. Segundo Revelação 18:8, 20 e 19:2, que tipo de julgamento é aplicado à Babilônia, a Grande?

6 O império mundial da falsa religião, simbolizado pela Babilônia, a Grande, não terá ressurreição de sua vindoura destruição. Assim, segundo a tradução literal da Bíblia do Dr. Robert Young, Revelação 18:8, 20 e 19:2 reza: “Com fogo ela será completamente queimada, porque forte é o Senhor Deus que a está julgando.” “Alegrai-vos por causa dela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas, porque Deus realmente julgou segundo o vosso julgamento sobre ela!” “Porque verdadeiros e justos são os Seus julgamentos, porque ele realmente julgou a grande prostituta que realmente corrompeu a terra em sua prostituição, e Ele realmente vingou o sangue de Seus servos às mãos dela.”

7. Que tipo de julgamento é indicado em Jeremias 51:9, Salmo 9:19, Joel 3:12 e Obadias 21?

7 Em hebraico, a palavra mishpát é usada no sentido de “causa ou base para condenação”. Jeremias 51:9 (ALA) diz a respeito de Babilônia: “O seu juízo chega até ao céu.” No Salmo 9:19 e em Joel 3:12, lemos a respeito de como as nações são julgadas desfavoravelmente. Obadias 21 (ALA) diz a respeito da impiedosa nação de Esaú ou Edom: “Salvadores hão de subir no monte Sião, para julgarem o monte de Esaú; e o reino será do SENHOR [Jeová].”

8. Que tipo de juízo ou julgamento é mencionado em João 7:51 e Mateus 23:33?

8 O governante judaico, Nicodemos, defendeu Jesus Cristo por meio das palavras: “Será que a nossa lei julga um homem sem que primeiro o tenha ouvido e venha a saber o que ele está fazendo?” (João 7:51) Em Mateus 23:33 Jesus diz aos escribas e fariseus judaicos: “Serpentes, descendência de víboras, como haveis de fugir do julgamento da Geena?” Se este julgamento é algo de que se deve fugir, como poderia tal julgamento (krisis) significar a oportunidade de escapar da Geena ou da destruição eterna? Não significa isso não!

CONTRASTES, OPOSTOS

9, 10. (a) Em João 5:29, o que faz Jesus entre as coisas ali mencionadas? (b) O que ele contrasta em João 3:17-19?

9 Tenha presente também que, em João 5:29, Jesus Cristo está fazendo contrastes. Contrasta “os que fizeram coisas boas” com “os que praticaram coisas ruins”. De modo correspondente, contrasta a “ressurreição de vida” com a “ressurreição de julgamento”.

10 Em outros lugares, Jesus faz o mesmo contraste entre a salvação (ou vida) e o julgamento. Por exemplo, depois de falar do grande amor de Deus pelo mundo da humanidade, Jesus disse: “Deus enviou seu Filho ao mundo, não para julgar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por intermédio dele. Quem nele exercer fé, não há de ser julgado. Quem não exercer fé, já foi julgado, porque não exerceu fé no nome do Filho unigênito de Deus. Agora, esta é a base para o julgamento [ou, esta é a krisis] : que a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais a escuridão do que a luz, porque as suas obras eram iníquas.” (João 3:17-19) Em tais versículos, todos os casos de julgar e de julgamento são em sentido condenatório. Todos são contrastados com a salvação para a vida eterna. — Compare-se João 12:47; Mateus 25:46.

11, 12. (a) Em João 5:24, que coisas contrasta uma com a outra? (b) Em João 5:28, 29, que dois resultados opostos mostra Jesus para os que saírem dos túmulos memoriais?

11 Em João 5:24, poucos versículos antes daqueles em que Jesus menciona a ressurreição dos mortos, ele faz o mesmo contraste entre a vida e o julgamento, dizendo: “Quem ouve a minha palavra e acredita naquele que me enviou tem vida eterna, e ele não entra em julgamento, mas tem passado da morte para a vida.” Por isso, em João 5:28, 29, Jesus mostra os dois resultados distintos e opostos da ressurreição geral ou da saída dos túmulos memoriais.

12 Eles são (1) “vida” e (2) “julgamento”, isto é, julgamento condenatório, condenação; um julgamento para a punição por meio de completa perda de toda a vida em qualquer parte.

13. (a) Que interpretação da palavra “julgamento” não é permitida por verdadeiro contraste entre “vida” e “julgamento”? (b) Portanto, então, a palavra “julgamento” significa aqui uma coisa de que tipo?

13 Jesus não contrasta (1) “vida” e (2) “julgamento”, cujo resultado é incerto, quer a vida, se o ressuscitado se desviar da prática de coisas vis, quer a morte, se não se desviar de tal prática. Isto não seria verdadeiro contraste, pois a vida eterna seria então possível pela “ressurreição de julgamento”, bem como “ressurreição de vida”. E, visto que Jesus disse que “todos” sairiam e que todos sairiam para uma “ressurreição”, para a “ressurreição” de vida ou de julgamento, isso então se reduziria à salvação universal de “todos os que estão nos túmulos memoriais” que ouvem a voz de Jesus e que saem. Ao contrário disto, “julgamento” aqui não significa um julgamento divisível, mas um único julgamento com apenas uma só sentença cabível aos praticantes das coisas vis, a perda de toda a vida.

14. (a) Visto que a palavra “julgamento” é usada apenas em relação com “os que praticaram coisas ruins”, será que isto significa que os que obtém a vida não passam por uma prova? (b) Visto que os 144.000 alcançam a instantânea perfeição no céu, quando é que têm seu período de julgamento?

14 De acordo com isto, João 5:28, 29 indica duas classes gerais que se diferenciam uma da outra pelo resultado de seu proceder, depois de serem ressuscitadas. Em João 5:29, Jesus usa a palavra grega krisis apenas em relação com os que praticam coisas vis, mas isto não significa que aqueles que ganham a “ressurreição de vida” não passam por provação ou teste antes de realmente entrarem no gozo de sua vida eterna.c No caso dos 144.000 que se tornam juízes associados com Jesus Cristo no céu, têm instantânea admissão na vida espiritual imortal e perfeita, junto com Cristo. Mas, têm sido provados aqui na terra, pois, conforme 1 Pedro 4:17 diz, “é o tempo designado para o julgamento principiar com a casa de Deus. Ora, se primeiro começa conosco, qual será o fim daqueles que não são obedientes às boas novas de Deus?” Por conseguinte, quando morrem fiéis na carne, chega o fim do seu período de julgamento. No devido tempo de Deus, tomam parte na “primeira ressurreição” e então “sobre estes a segunda morte não tem autoridade”. (Rev. 20:4-6) Tornam-se então juízes, ao invés de serem julgados.

15. Quando é que se executa o julgamento sobre os que terão a “ressurreição de julgamento”?

15 No entanto, quando é que os que saem dos túmulos memoriais para a “ressurreição de julgamento” na terra ouvirão a declaração de seu julgamento e a sua execução sobre eles? Não logo depois de tomarem sua posição perante o “grande trono branco e o que estava sentado nele”, mas só depois de ‘praticarem coisas ruins’ quer durante o reinado milenar de Cristo quer no fim dos mil anos, quando Satanás e seus demônios forem soltos do abismo para tentarem a humanidade restaurada.

16. De que depende terem seus nomes ‘inscritos no livro da vida’, e quando poderá ser aplicada a “segunda morte”, e por que nessa ocasião?

16 Revelação 20:11-15 representa como todos os que estão na terra e que são entregues pelo mar e Hades e morte têm a oportunidade de fazer com que seus nomes sejam ‘inscritos no livro da vida’. Serem julgados dignos disso dependerá de como vivem em harmonia com os “rolos” de instrução que serão então abertos e segundo os quais serão julgados. Alguns destes talvez sejam considerados indignos antes de terminarem os mil anos. Portanto, poderão ser executados imediatamente com a “segunda morte”, porque, de modo vil, recusaram-se a viver em harmonia com os requisitos do Reino e de progredirem em direção da perfeição e da santidade humanas.

17. Quando serão outros executados? Por que nessa ocasião?

17 Outros serão executados depois de passarem os mil anos. Por volta desse tempo, terão atingido a perfeição humana e a habilidade de viverem sem pecar, em harmonia com todas as leis de Deus e em apoio de sua soberania universal. Mas, quando Satanás e seus demônios forem soltos para prová-los, eles se desviarão vilmente da justiça e tomarão o lado de Satanás, o Diabo, o grande rebelde contra a soberania universal do Deus Altíssimo. Por cometerem tal vileza, falharão debaixo da prova final e se provarão indignos da vida eterna. Então serão dos que “praticaram coisas ruins”.

Aviso

18. Para tais pessoas, a sua ressurreição resulta ser finalmente de que tipo?

18 Revelação 20:14, 15 diz: “Este significa a segunda morte, o lago de fogo. Outrossim, todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.” Para tais pessoas, a ressurreição que usufruirão quando saírem dos túmulos se transforma em “ressurreição de julgamento” para a aniquilação; porque, ao chegar finalmente o tempo para a outorga judicial da vida ou da condenação ser feita, seu registro mostrava que eram dos “que praticaram coisas ruins”.

19, 20. (a) Em face deste entendimento de João 5:28, 29, será que importa como vivamos agora? (b) Como é que o aviso de Pedro e o cumprimento das profecias para os nossos tempos determinam qual é a resposta correta?

19 De todo o precedente, que ninguém conclua que pouco importa como vivamos agora e que somente o que fizermos sob o reino de Deus, depois do Har-Magedon realmente decidirá o nosso futuro eterno. Lembre-se de 1 Pedro 4:17 no sentido de que o tempo designado de julgamento já começou na casa cristã de Deus. Também, Babilônia, a Grande (o império mundial da religião falsa) está na “hora do julgamento por ele”, isto é, o julgamento por Deus. Ela tem caído sob seu juízo adverso e agora se aproxima de sua violenta destruição por parte de Deus. Os reis da terra e seus exércitos estão também sendo ajuntados sob a influência demoníaca para a sua destruição no Har-Magedon. Será que queremos ser destruídos junto com todos eles e perder a ressurreição dentre os mortos? Então, saia agora da Babilônia, a Grande! Afaste-se da marcha internacional para o Har-Magedon. Salve a si mesmo da Geena! — Rev. 14:7, 8; 16:13-16; 18:4; 19:19-21.

20 O povo das nações está agora sendo separado como ovelhas e cabritos, segundo a parábola que Jesus deu no fim da sua profecia sobre o fim deste sistema de coisas. Será que deseja provar-se um “cabrito”? Não! Pois “estes partirão para o decepamento [punição, o contrário de vida] eterno, mas os justos [as ovelhas], para a vida eterna.” — Mat. 25:31-46.

21. (a) Se morrermos antes da destruição de Babilônia, a Grande, e da guerra do Har-Magedon, em que condição queremos morrer? (b) Que outra possibilidade existe para nós, atualmente?

21 Permanece curto tempo ainda, antes da destruição de Babilônia, a Grande, e a guerra do Har-Magedon. Se morrermos antes disso, desejamos morrer dignos de ser mantidos na memória de Deus, como também ser guardados nos “túmulos memoriais”. Então, no devido tempo, ouviremos a voz do Filho do homem e sairemos para a perspectiva de vida eterna na justa nova ordem de coisas de Deus, para a “ressurreição de vida”. Mas, também é possível que estejamos entre os da “grande multidão” que não morrerão, mas que passarão vivos através da guerra do Har-Magedon e diretamente para a nova ordem de coisas de Deus.

22. O que, então, seria bom que fizéssemos agora, e com que proveito para nós próprios?

22 Quão aconselhável para nós é, então, restringirmo-nos de praticar coisas vis agora e prepararmo-nos para a justa nova ordem! Em amor à justiça, faremos bem em preferir fazer coisas boas, em harmonia com a vontade de Deus e em imitação de seu Cristo agora! Dessa forma, daremos bom início na vereda da justiça que conduz à vida eterna em feliz harmonia com Deus.

 

 

[Nota(s) de rodapé]

a No entanto, a página 708 de The New Creation, mencionou a expressão “ressurreição de condenação” encontrada em João 5:29 na Versão Comum ou Rei Jaime da Bíblia e disse numa nota marginal:

“A tradução de nossa Versão Comum, ‘ressurreição de condenação’, é erro sério que muito tem ajudado a enuviar as mentes de muitas pessoas no tocante à verdadeira essência deste trecho. Muitos parecem concluir disso que alguns serão ressuscitados meramente para serem condenados de novo. O próprio contrário disso é que é verdadeiro. A palavra traduzida ‘condenação’, neste versículo, é a palavra grega krisis, que ocorre repetidas vezes no mesmo capítulo e é corretamente traduzida julgamento. Deve ser assim traduzida neste caso, e é assim traduzida na Versão Revisada.”

Krisis é também traduzida julgamento na Tradução do Novo Mundo.

b Os significados da palavra grega krisis são dados em A Greek Lexicon, Volume I, de Liddell e Scott, na página 997a, como segue:

“1. separação, diferenciação; 2. decisão, julgamento; 3. escolha, eleição; 4. interpretação de sonhos ou portentos; LXX, Daniel 2:36; II. julgamento dum tribunal; b. resultado dum julgamento, condenação. Mateus 10:15; 2. prova. de perícia ou vigor; 3. disputa. III. evento, questão; 2. ponto crítico de uma doença.”

Em A Greek and English Lexicon to the New Testament, de Parkhurst, na página 342a da edição de 1845, os significados de krisis nas Escrituras Gregas Cristãs são fornecidos como sendo os seguintes: “I. julgamento; II. Julgamento, justiça. Mateus 23:23. Compare-se com 12:20; III. julgamento de condenação, condenação, perdição. (Marcos 3:29; João 5:24, 29); IV. a causa ou a base da condenação ou punição. João 3:19; V. determinado tribunal de justiça entre os judeus. Mateus 5:21, 22.”

Os significados do verbo grego krinein (julgar) são paralelos aos significados de krisis acima.

c Na página 187, linhas 4-7, o Critical and Exegetical Hand-book to the Gospel of John de Meyer fala da ressurreição de krisis em João 5:29, e diz: “krisis] a que pertence o julgamento, e o julgamento, segundo o contexto, em sentido condenatório (à morte eterna na Geena); e, segundo isso, anástasis zoés [ressurreição de vida] não exclui um ato de julgamento, que concede a zoé [vida].”

 

Comentários

Criminalista disse…
Excelente, parabéns! Fiquei contente ao ver que utilizastes exatamente o artigo que sugeri no vídeo do canal no YouTube.

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