Fonte: jw.org
Lemos em Eclesiastes 12:7: “Então o pó volta à terra, de onde
veio, e o espírito volta ao verdadeiro Deus, que o deu.” Diversos religiosos entendem desse texto que uma parte espiritual consciente
e com personalidade sai do corpo humano por ocasião da morte e vai para o céu.
Porém,
temos diversos motivos bíblicos para entender que esse não é o entendimento
bíblico referente a esse texto. Vejamos por quê.
Primeiro, essa passagem não diz respeito à morte de
pessoas boas, e sim de TODA a humanidade, o que inclui também os ímpios. E
o Salmo 5:4 declara sobre Deus: “Ninguém mau pode permanecer contigo.”
Assim, nenhum espírito consciente e com personalidade que tenha estado em uma
pessoa má aqui na terra poderia ser levado à presença santa de Deus.
Além disso, ninguém subiu ao céu espiritual antes de Jesus Cristo. O próprio
Jesus Cristo declarou: “Além disso, nenhum homem subiu ao céu, a não ser aquele
que desceu do céu, o Filho do Homem.” (João 3:13) E o apóstolo Paulo escreveu:
“Portanto, irmãos, visto que temos plena confiança para usar o caminho de entrada no lugar santo [no
céu] por meio do sangue de Jesus, o
caminho novo e vivo que ele abriu para nós através da cortina, isto é, sua
carne.” (Hebreus 10:19, 20) Assim, por
meio da morte de Cristo, quando ele entregou sua “carne” em favor da humanidade
pecaminosa (João 6:51), foi aberto a oportunidade para a “entrada” no céu. E o
livro de Eclesiastes foi escrito mais de 1.000 anos antes de Cristo. Por isso,
o ‘espírito que retorna a Deus’ por ocasião da morte da pessoa não pode se
referir a um ser espiritual pessoal.
Fonte: jw.org
Ademais, o Salmo 146:4 mostra que, quando alguém
morre, o espírito que sai de seu corpo não continua tendo pensamentos. Veja
o que diz esse Salmo: “Seu espírito sai, e eles voltam ao solo; nesse mesmo dia
os seus pensamentos se acabam.”
Portanto, o “espírito” que sai do corpo não é um ser consciente e com
personalidade.
Outro motivo é
que os servos de Deus pré-cristãos não
tinham a esperança de ir para o céu, e sim de serem ressuscitados para viver
aqui na Terra. Observe abaixo os textos que expressam a esperança judaica
da ressurreição.
Jó afirmou: “Quem dera que me
escondesses na Sepultura, que me ocultasses até a tua ira passar, que
estabelecesses um tempo e então te
lembrasses de mim! Quando um homem morre, pode ele viver novamente? Esperarei todos os dias do meu serviço
obrigatório, até vir o meu livramento. Tu chamarás, e eu te responderei. Terás
saudades do trabalho das tuas mãos.” (Jó 14:13-15) Note o leitor que Jó não esperava morrer e ir para o céu.
Ele acreditava que permaneceria morto, inconsciente, até Deus se lembrar dele
por meio da ressurreição. Observe que ele também não entendia que a morte era a
passagem para outra vida, pois ele fala de “viver novamente”, o que
mostra que, antes disso, a pessoa estaria morta, e não viva em outra parte.
Deus disse a Daniel: “Quanto a
você, continue até o fim. Você descansará, mas no fim dos dias se levantará
para receber a sua porção.” (Daniel
12:13) Deus não disse que Daniel morreria e iria para o céu, e sim que, ao
morrer, ‘descansaria’ (ficaria dormindo, inconsciente). E, num dado período que
Deus chamou de “fim dos dias”, Daniel ‘se levantará’ (será ressuscitado) aqui
na Terra.
“Marta respondeu [a Jesus
Cristo]: “Sei que ele [Lázaro] se levantará na ressurreição, no último dia.”
(João 11:24) Assim, Marta, irmã de
Lázaro, tinha a esperança judaica, expressa nas Escrituras Hebraicas (o “Velho
Testamento”), de que os mortos serão ressuscitados num dado tempo futuro.
Não havia entre os judeus que se baseavam nas Escrituras Hebraicas a
ideia de que na morte saía um espírito com personalidade e consciente que iria
para o céu, à presença de Deus. Em vez disso, eles tinham o conceito de que a
morte é uma condição de inconsciência, conforme mostram os textos abaixo:
“Pois na morte não há menção de ti; na Sepultura, quem te louvará?” – Salmo 6:5.
“Será que farás milagres para os
mortos? Podem os impotentes na morte se levantar para te louvar?” – Salmo 88:10.
“Os mortos não louvam a Jah; nem os que descem ao silêncio da morte.” – Salmo 115:17.
“Pois os vivos sabem que
morrerão, mas os mortos não sabem
absolutamente nada, nem têm mais recompensa, porque toda lembrança deles
caiu no esquecimento. Também seu amor,
seu ódio e seu ciúme já não existem, e eles não têm mais parte em nada do
que se faz debaixo do sol.” – Eclesiastes
9:5, 6.
“Pois a Sepultura não pode
glorificar-te, a morte não pode louvar a ti. Os que descem à cova não podem esperar
por tua fidelidade. Os vivos, somente os
vivos, podem louvar-te.” – Isaías
38:18, 19.
Em razão disso, ao lerem
Eclesiastes 12:7, eles evidentemente não entendiam que um ser espiritual dentro
deles iria a Deus no céu. Os israelitas sabiam dos significados impessoais
atribuídos à palavra “espírito”, conforme podiam ler nos textos bíblicos.
Por
todas as razões acima, a palavra “espírito” em Eclesiastes 12:7 não se refere a
um ser pessoal e consciente. Então, o que é o “espírito” que sai do
corpo quando um ser humano morre?
“Espírito” na Bíblia tem vários sentidos
O Léxico do Novo Testamento Grego/Português
(de Gingrich e Danker) mostra que a palavra grega para
“espírito” – πνεύμα (pneúma) é polissêmica, isto é, tem
vários sentidos. Observe o que diz o retrocitado léxico:
πνεύμα, ατός, τό—1.
respiração, movimento de ar — a. vento Jo
3.8a; Hb 1.7.—b. sopro, respiração 2 Ts 2.8. —2. alento, alma, espírito
(de vida), aquilo que dá vida ao corpo Mt 27.50; Lc 8.55; 23.46; Jo 19.30;
At 7.59; Tg 2.26; Hb 12.23; 1 Pe3.19; Ap 11.11.
Perceba o leitor que o
substantivo grego pneúma, além de se
referir a um ser espiritual com personalidade (no caso, Deus, Jesus e os
anjos), também se refere a coisas impessoais (sem personalidade), estando
ligado à respiração, ao sopro e ao vento, conforme o exemplo abaixo:
“O vento [τὸ πνεῦμα; tò pneúma] sopra para onde
quer, e ouve-se o som dele, mas não se sabe de onde ele vem nem para onde vai.
Assim é com todo aquele que nasce do espírito.” – João 3:8.
(Veja o artigo “‘Espírito’ na Bíblia pode se referir a algo impessoal?”)
O
espírito em Eclesiastes 12:7 é a força de vida impessoal
O referido léxico citou vários textos que se referem ao espírito no
sentido de força de vida, que está ativa em cada célula do corpo físico. É
evidente que o “espírito” nesse texto se refere à força vital que habilita a
pessoa a viver, conforme lemos em Tiago 2:26: “Realmente, assim como o
corpo sem espírito está morto, assim também a fé sem obras está morta.”
Conforme explicou o artigo “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1”:
Encontramos
a primeira ocorrência de “espírito” neste sentido em Gênesis 6:17, que registra
as seguintes palavras de Jeová: “E
quanto a mim, eis que estou trazendo o dilúvio de águas sobre a terra, para
arruinar debaixo dos céus toda a carne em que a
força [literalmente:
“espírito”] da vida está ativa. Tudo o que há na terra
expirará.” Essa passagem usa a palavra hebraica rúahh (espírito). O texto mostra que
tanto humanos como animais possuem “espírito de vida”. (Al; ACRF; IBB; veja também Gênesis 7:15, 22.) […]
Veja abaixo a transcrição dos textos citados que mostram a palavra pneúma neste sentido:
“Novamente Jesus clamou em alta
voz e entregou seu espírito.” (Mateus 27:50) “E Jesus clamou em alta voz e
disse: ‘Pai, às tuas mãos confio o meu espírito.’ Depois de dizer isso, ele
morreu.” (Lucas 23:46) O espírito de Jesus, nestes textos, é sua força de vida,
que saiu dele quando morreu. Mas não era uma parte espiritual de Jesus (um ser
espiritual consciente e com personalidade), que retornou ao Pai. Pois, se o
fosse, isso entraria em contradição com o que o próprio Jesus disse cerca de
três dias depois, após ter sido ressuscitado: “Ainda não subi para o Pai.” –
João 20:17.
O artigo “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1” contou uma interessante experiência
relacionada com o entendimento distorcido de Lucas 23:46:
Quem concebe o espírito como exposto
logo acima concluiria desse texto que Jesus, como pessoa espiritual, subiu ao
Pai naquele instante. Foi assim que um evangélico de denominação batista certa
vez se expressou sobre essa passagem. Daí, ele concluiu que a ressurreição de
Cristo partes de três dias depois significou que o espírito de Jesus retornou à
Terra. Mas, quão grande foi a surpresa dele quando lhe foi mostrado o texto de
João 20:17, que relata o que Jesus disse após sua ressurreição: “Ainda não subi
para meu Pai”!
“Enquanto apedrejavam Estêvão,
este fez o apelo: ‘Senhor Jesus, receba o meu espírito.’” (Atos 7:59) Estêvão não
foi para o céu naquele momento como ser (pessoa) espiritual. Pois o apóstolo
Paulo mostrou que a ressurreição dos cristãos como seres espirituais se daria
‘durante a presença [parousía]’ de Cristo. – 1 Coríntios 15:23.
É, pois, evidente nestes casos,
e em Eclesiastes 12:7, que o “espírito” se refere à impessoal força de vida.
Isso é reconhecido pela Bíblia de
Jerusalém, que traduz Eclesiastes 12:7 deste modo: “O
sopro volte a Deus que o concedeu.”
O
texto de Ezequiel 37:5 também comprova isso, quando comparamos as traduções da
Bíblia. Diz o texto:
“Assim
diz o Senhor DEUS a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis.” – ACF.
Assim
diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que vou fazer entrar em vós o fôlego da vida, e vivereis.” – ARIB.
“Sopro
da vida” (Ave Maria); “o
fôlego” (SBB, AKJV, ASV, Darby, Geneva Bible, JPS AT,
KJ 2000, KJV, Modern KJV 1963, New Heart English Bible, NIV, New Simplified
Bible, Revised 1833 Webster Version, RSV, Updated Bible Version, VW Edition
2006, Webster, World English Bible.
Também, diversos textos bíblicos
fazem um paralelo entre “espírito” (rúah)
e “fôlego” (nesha·máh), mostrando
que, neste caso, o espírito se refere a algo impessoal – a força de vida.
Vejamos tais textos:
“Assim diz o verdadeiro Deus,
Jeová, o Criador dos céus e o Grandioso que os estendeu, Aquele que estirou a
terra e o que ela produz, Aquele que dá fôlego
aos seus habitantes e espírito
aos que andam nela.” – Isaías 42:5.
“Enquanto o meu fôlego estiver em mim e o espírito que procede de Deus estiver
nas minhas narinas.” – Jó 27:3.
“Se ele fixasse sua atenção
neles, e recolhesse o espírito e o fôlego deles, todos os humanos
morreriam juntos, e a humanidade voltaria ao pó.” – Jó 34:14, 15.
Outro texto que mostra o
paralelismo entre “espírito” e “fôlego” é o de Jó 33:4, que declara: “Foi o espírito
de Deus que me fez, e o fôlego do
Todo-Poderoso me fez viver.” Neste caso, a palavra “espírito” se refere, não à
força de vida que mantém os humanos e animais vivos, mas sim ao espírito santo,
cuja impessoalidade fica clara por ser descrito – não como uma pessoa
espiritual, mas como o “fôlego” de Deus, algo impessoal.
O verbo “voltar” na Bíblia
Lemos as palavras de Jeová aos
israelitas em Malaquias 3:7: “Desde os dias dos seus antepassados vocês têm se
desviado dos meus decretos e não os têm guardado. Voltem para mim, e eu voltarei
para vocês”, diz Jeová dos exércitos.”
O sentido dessa passagem foi
muito bem esclarecido pelo brilhante livro intitulado livro “É Esta
Vida Tudo o Que Há?”[1]:
É
evidente que isso não queria dizer que os israelitas deviam deixar a terra e
chegar à própria presença de Deus. Nem significava que Deus abandonaria sua
posição nos céus e começaria a morar com os israelitas na terra. Antes, ‘retornar’
Israel a Jeová queria dizer dar meia-volta do proceder errado e
novamente harmonizar-se com o modo justo de Deus. E ‘retornar’ Jeová a
Israel significava voltar ele novamente sua atenção favorável para seu
povo. Em ambos os casos, o retorno envolvia uma atitude, não um movimento
literal dum lugar geográfico para outro. – Página 52; negrito acrescentado.
Portanto, o verbo “voltar” tem
também este sentido figurado, além de seu sentido literal. E no caso de
Eclesiastes 12:7, qual é o sentido – literal ou simbólico?
A força de vida volta literalmente a Deus?
Seria necessário que a força de
vida percorresse o espaço até chegar à presença de Deus?
Um texto bíblico pode ser
esclarecedor neste sentido. Lemos em Gênesis 8:20, 21: “Então Noé construiu um
altar a Jeová e pegou alguns de todos os animais puros e de todas as criaturas
voadoras puras, e fez ofertas queimadas no altar. E Jeová começou a sentir um aroma agradável.” Embora o aroma do
sacrifício evidentemente permanecesse dentro da atmosfera terrestre, Deus o
sentiu. Não foi necessário o cheiro chegar até à presença de Deus no céu. O
mesmo se dá no caso do espírito, ou força de vida.
Então,
em que sentido o espírito “retorna” a Deus? O artigo “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1” comentou
a respeito, afirmando:
Uma passagem que lança luz
sobre esse assunto é a de Jó 34:14, que fala de Jeová “ajuntar a si o espírito
e o fôlego [“sopro”, ALA, NVI, BJ; “alento”, Ave
Maria; “respiração”, NTLH]” do ser humano. Obviamente, não
entenderíamos que o ar expirado pela pessoa percorreria o espaço até a presença
de Deus. Correspondentemente, não se deve entender que o espírito (força vital)
faça tal percurso. Quando o espírito sai do corpo, ele simplesmente se dissipa.
Nesse respeito, ele pode ser comparado à eletricidade, uma força invisível que
movimenta diversos aparelhos. Mas, quando o aparelho é desligado, a
eletricidade que havia nele deixa de existir.
Observe
que o texto de Jó 34:14 mostra que tanto
o “espírito” quanto o “fôlego” são
levados à presença de Deus. Sabemos que o “fôlego”, ou “respiração”, não
ultrapassa o espaço da atmosfera terrestre. Ele simplesmente se dissipa, deixa
de existir. O mesmo se dá com o espírito, ou força vital.
O
já citado artigo “Estudo sobre Pneumatologia – Parte 1” explica sobre isso:
Uma ilustração também pode
ajudar na compreensão do assunto: digamos que alguém compre um terreno a ser
pago em prestações, mas que não consegue pagá-lo. Neste caso o terreno ‘retorna’ ao seu proprietário.
Ninguém concluiria disso que o terreno saiu do lugar em que estava. Apenas o direito, a posse e
a autoridade sobre o terreno é que ‘retorna’ às mãos de seu
dono.
De modo similar, quando
alguém morre, todas as perspectivas de vida futura dessa pessoa passam a estar
nas mãos de Deus, que decidirá se irá ressuscitar tal pessoa por fornecer a ela
a força, ou espírito, de vida. – Lucas 8:55; 23:46. (Negrito acrescentado.)
O
livro “É Esta Vida Tudo o Que Há?”
complementa o assunto, declarando:
A situação poderia ser
comparada à dum réu que diz ao juiz: ‘Minha vida está nas suas mãos.’ Ele quer
dizer que dependerá do juiz o que se fará com sua vida. O réu não tem escolha
no assunto. Está fora das suas mãos.
De modo similar no caso
dum homem falecido, ele não tem controle sobre seu espírito ou sua força de
vida. Este retornou a Deus no sentido de que controla as perspectivas de vida
futura da pessoa. Cabe a Deus decidir se ele vai ou não vai devolver o espírito
ou força de vida ao falecido. – Páginas 52, 53.
Outras passagens bíblicas
mostram, de modo figurado, que a possibilidade de vida futura se encontra nas
mãos de Deus. Colossenses 3:3 afirma: “Pois vocês morreram, e a sua vida está escondida junto com o Cristo
em união com Deus.” Jó 12:10 declara: “Ele tem nas mãos a vida de
todos os seres vivos e o espírito de
todos os humanos.”
Conclusão
Eclesiastes 12:7 é um texto que provê esperança – a esperança de
ressurreição, de voltar a viver como ser humano. Pois o espírito (força de
vida), por ocasião da morte de um ser humano, não simplesmente se extingue, mas
‘volta a Deus’ (do mesmo modo como o seu fôlego [Jó 34:14]), no sentido de que
a perspectiva de vida futura existe – ela não
se extinguiu com a morte da pessoa!
Nota:
[1] Publicado pelas Testemunhas de Jeová.
Explicação das siglas usadas:
ACF; ACRF: Almeida Corrigida Revisada Fiel.
AKJV: American King James Version.
Al: Almeida Revista e Corrigida.
ARIB: Almeida Revisada Imprensa Bíblica.
ASV: American Standard Version.
IBB: Imprensa Bíblica Brasileira.
JPS: Jewish Publication Society.
KJ 2000: King James 2000.
KJV: King James Version.
Modern KJV 1963: Modern King James Version 1963.
NIV: New International Version.
RSV: Revised Standard Version.
SBB: Sociedade Bíblica Britânica.
VW Edition 2006: A Voice in the
Wilderness 2006.
Referências:
Bíblia online. Disponível
em: <https://www.bibliaonline.com.br/>.
É Esta Vida Tudo O Que Há? Associação Torre de Vigia de Bíblias e
Tratados. Ano 1975. Cesário Lange – SP.
Gingrich, F. W.;
Danker, F. W. Léxico
do Novo Testamento Grego/Português. SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA. São Paulo-SP.
A menos que haja uma
indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia
Sagrada, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a
fonte: o site www.oapologistadaverdade.org
Comentários
Certo Pastor batista, chamado Jamierson, contra argumentou que a palavra espírito não pode significar "força de vida" ou fôlego, lendo textos onde ocorria a palavra espírito e esta não se referia, pelo contexto, a "fôlego"; o mesmo pastor substituiu "espírito" por "vento", "ar", "vento" e "fôlego". Um exemplo foi 2 Cor. 7:1: "Purifiquemo-nos das imundícies da carne e do fôlego[espírito, no original]..."
Ora, é claro que o sentido nesse texto não é de "fôlego" nem de "força de vida". Como foi explicado, a palavra espírito é polissêmica. Imaginemos, porém, que usássemos o memso argumento contra ele. Troque a palavra espírito por "entidade imaterial" em Jó 27:3:
"Enquanto o meu fôlego estiver em mim e A ENTIDADE IMATERIAL que procede de Deus estiver nas minhas narinas.”
Entidade imaterial, ou espírito imortal e consciente nas narinas de alguém?! Isso não tem lógica. Está clara a fragilidade dos argumentos dos defensores do dogma diabólico da Imortalidade da alma, que iniciou quando Satanás, o inimigo de Deus, disse às primeiras almas humanas: "Vocês certamente não morrerão".
Poderá encontrar considerações desta passagem bíblica de Lucas 23:43 nos artigos abaixo:
“‘ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO’ – QUE PARAÍSO?”
Neste link: http://www.oapologistadaverdade.org/2012/10/estaras-comigo-no-paraiso-que-paraiso.html
“DE QUE MODO O EX-MALFEITOR ESTARÁ COM JESUS NO PARAÍSO?”
Neste link:
http://www.oapologistadaverdade.org/2013/12/de-que-modo-o-ex-malfeitor-estara-com.html
Abraços.
Outra coisa, o espírito humano é sim consciente, como na história que Jesus contou do lárazo e do rico, ali não era uma parábola, portanto eles permanecem conscientes sim.
Mas sim, seu texto está coerente no sentido de afirmar que nem todos voltarão para Deus, mas todos viverão para sempre, mesmo que na morte eterna.
O Rico e Lázaro é sim uma parábola, vejamos por exemplo:
Se o rico estivesse num inferno de fogo literal, será que a água no dedo de Lázaro não evaporaria?
Mesmo que não tivesse evaporado, será que uma única gota de água traria alívio ao rico que estava sofrendo num fogo de verdade?
Como Abraão poderia estar vivo no céu, já que Jesus disse claramente que, na época em que estava na Terra, ninguém tinha subido ao céu? — João 3:13.
De fato o texto é muito rico e coerente, mas saiba que todos que morrerem “voltarão a Deus” e somente ele decidirá por meio de Jesus quem voltará a viver que a “vontade de Deus for feita na terra como no céu”.