O espírito santo desceu sobre Jesus “como pomba”, não em forma humana
Fonte: jw.org
A respeito do artigo “O ‘Espírito Santo’ pode ser entristecido sem ser uma pessoa?”,
um leitor teceu alguns comentários sobre a questão da personificação em relação
ao espírito santo. Seguem abaixo as considerações que ele fez e a resposta
deste site a elas.
Leitor:
Olá, Apologista da Verdade:
Parabéns pelo empenho e esforço.
Em Jó 26:11, Salmos 51:8, Salmos
96:12, Lamentações 2:8 fala somente de objetos não pessoais; diferentemente do
Espírito Santo, que no contexto pode ser entendido como um ser pessoal. Você
ainda pode argumentar que, no caso, o Espírito Santo não é um ser pessoal. Tudo
bem; mas, além de Ele ser Pessoal, ele tem uma natureza espiritual, diferente
das coisas inanimadas.
Apologista da verdade:
Você afirma que o espirito santo
“no contexto pode ser entendido como um ser pessoal”, mas não apresentou nenhum
contexto que comprove isso. O fato é que o inteiro contexto da Bíblia como um todo
apresenta o espírito santo como sendo algo impessoal, conforme os artigos deste
site têm apresentado evidências.
Leitor:
Obrigado pela resposta; e respeito
a sua opinião. No Salmo 23:4 aparecem dois objetos que “consolam”, e vemos que
são objetos materiais; diferente do Espírito Santo, que é um Ser. E mesmo que o
Espirito Santo fosse uma santa força, mesmo assim seria algo espiritual; e
também nesse caso diferente dos objetos materiais citados no Salmo 23:4.
Agora em relação ao Espirito Santo
ser chamado de “Consolador”, isso não define de forma definitiva que Ele não
seja um ser pessoal, como se tal santo ato excluísse automaticamente o fato de Ele
ser um ser pessoal; na verdade, não é um impeditivo para que Ele seja um
Consolador. E se Jesus que foi e é um ser pessoal e deixou um consolador, tal
consolador deveria ser também um ser pessoal assim como Jesus.
Apologista da verdade:
Você parte da premissa de que o
espírito santo é uma pessoa e constrói seus conceitos em cima dessa premissa.
No entanto, o correto não é estabelecer uma premissa do seu interesse, e sim
verificar o que realmente a Bíblia ensina a respeito do espírito santo.
Na questão de o espírito santo ser
referido como “consolador” ou “ajudador”, o artigo “O ‘outro Consolador’ é uma pessoa?” teceu o seguinte comentário:
O espírito santo seria outro parákletos e não outra pessoa. Parácletos
significa “ajudador” ou “consolador”, e pode ser aplicado a todo aquele e a
tudo que consola ou ajuda. Assim como em qualquer língua quem ou o que consola
pode ser chamado de “consolador”, o mesmo se dá no grego.
O espírito santo é descrito
como “outro” ajudador (parácleto) em relação a Jesus Cristo.
(João 14:16, 26; 15:26; 16:7) Por conseguinte, a comparação aqui não é a de
Jesus e o espírito santo serem ambos pessoas. A linha de comparação está na
palavra “ajudador” (ou “consolador”, conforme algumas traduções). Tanto Jesus
como o espírito santo são descritos como ‘ajudadores’ ou ‘consoladores’. A
Bíblia fala de objetos, como vara e bastão, como ‘coisas que consolam’. (Salmo
23:4) O espírito santo é “outro [állos] ajudador” no sentido de que
daria continuidade à ajuda prestada por Jesus na promoção dos interesses do
Reino de Deus, e de forma alguma tais textos poderiam ser usados para provar a
existência de uma suposta terceira pessoa dum deus trino.
Após ter lido os comentários
acima, outro leitor escreveu o seguinte:
Engraçado que ninguém diz que o
pecado é uma pessoa distinta quando lê Genesis 4:7. […] Ali diz que o pecado
está à espreita ou à espera Caim, está agachado e Caim deve dominá-lo. Pois
bem, se o Espírito Santo é uma pessoa, concluímos que o pecado também o é.
Apologista da verdade:
A mente aberta e sem ideias
preconcebidas sobre o espírito santo permite entender claramente o uso do
recurso linguístico da personificação em relação ao espírito santo.
A menos que haja uma indicação, todas as
citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de
Jeová.
Contato: oapologistadaverdade@gmail.com
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