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Conversa com trinitarista sobre o espírito santo



Conversa com trinitarista sobre o espírito santo

Há alguns anos, uma pessoa defensora da Trindade teve uma troca de argumentação com o autor deste site e é um prazer trazer essa conversa a lume neste artigo para o benefício de todos os leitores. Os erros de português dessa pessoa foram corrigidos, mas o texto dele foi preservado tal como foi escrito.

O diálogo foi sobre argumentos e dados numéricos apresentados nos comentários do artigo “A ‘manifestação’ de Cristo indica um retorno visível?”.

Para o benefício dos leitores, após a argumentação de cada um ocorrem comentários ressaltando alguns detalhes dessa argumentação. Os comentários estão numerados, e se referem à mesma numeração que ocorre no texto argumentativo.

Trinitarista:

A nuvem guia, mas nunca é pessoa. As Escrituras dizem e ensinam, mas nunca são pessoas etc. Mas a palavra “espírito” pode significar pessoa, e o substantivo “santo”, em 89% das vezes, se aplica a seres pessoais. Assim, a comparação do artigo de vocês é errônea.

Comentário:

1-               Observe que essa pessoa estabeleceu uma regra, mas ela mesma quebra essa regra ao afirmar que “‘espírito’ PODE significar pessoa”. Assim, ela admite que espírito nem sempre significa pessoa. E quando não significa pessoa, mas recebe atributos de pessoa, trata-se de uma figura de linguagem, chamada prosopopeia. Exemplo: em João 3:8 a palavra para “espírito” – pneúma – refere-se ao vento, e fala-se do vento como tendo vontade própria: “O vento sopra para onde quer.”

2-             Tal pessoa afirma que o uso preponderante de “santo” ocorre com referência a pessoas, mas omite que o uso preponderante de “espírito” na Bíblia é para coisas impessoais.]

O apologista da verdade:

Os argumentos apresentados carecem de base sólida. Primeiro, o fato de a palavra “espírito” poder se referir a uma pessoa não significa que o “espírito santo” seja uma pessoa.[1] Afinal, a palavra “espírito” também é aplicada a coisas impessoais. Segundo, o fato de na maioria dos casos o adjetivo “santo” aludir a seres pessoais também não significa que o “espírito santo” seja uma pessoa, pois o mesmo adjetivo é aplicado dezenas de vezes apenas no “Novo Testamento” a coisas impessoais.[2]  Terceiro, o argumento de que “a nuvem guia, mas nunca é pessoa” e “as Escrituras dizem e ensinam, mas nunca são pessoas” também pode – e deve – ser aplicado ao espírito santo, o qual guia, ensina, fala, etc., mas nunca foi e nem é uma pessoa.[3] Veja neste site os artigos “É aTrindade uma doutrina bíblica?”, “A Trindade é ensinada no ‘Novo Testamento’?”, “Personificação prova personalidade?” e “Mateus 28:19 apoia a Trindade?”

Comentário:

[1] Com apenas uma afirmação, o apologista desmantela a falácia trinitarista, que afirmou que poder ser é igual a ser.

[2] O apologista derruba outra falácia, a de que “maioria das vezes” significa “toda vez”.

[3] Aqui, o apologista põe fogo na argumentação-espantalho trinitarista, que usou separadamente as palavras “espírito” e “santo” (que PODEM se referir a pessoas) para afirmar que isso provaria que juntas – na expressão “espírito santo” – indicam uma pessoa. O apologista mostra que a Bíblia indica que a expressão “espírito santo” se refere a algo que “nunca foi e nem é uma pessoa”, citando artigos deste site que contêm uma quantidade mais que satisfatória de textos bíblicos e argumentos lógicos para alguém sem preconceitos aceitar a veracidade disso.

Trinitarista:

Você está equivocado, colega. Você disse que o Espírito Santo não pode ser um ser pessoal porque os verbos que Ele pratica são praticados por outros substantivos que não são pessoais. [1] Isso é incorreto. Você comparou “Espírito”, que muitas vezes pode ser pessoa, e “santo”, que na grande maioria pode se referir a pessoa (e Espírito Santo então!!!!) com substantivos que jamais podem ser pessoais. [2] Em outras palavras, embora respeitando seus pontos de vista, não darei crença a eles.

Comentário:

[1] Tal trinitarista distorceu o que o apologista da verdade disse. Na verdade, o argumento do apologista é que o fato de a Bíblia atribuir ações pessoais ao espírito santo não prova que o espírito santo seja pessoa, pois as mesmas ações pessoais são atribuídas a coisas impessoais na Bíblia. É um argumento de negação (não prova que o espírito santo seja pessoa), mas tal trinitarista declarou falsamente que é um argumento de afirmação (prova que o espírito santo não é pessoa).

[2] Essa pessoa volta a afirmar sua regra falaciosa, e se contradiz admitindo que nem “espírito” nem “santo” se referem SOMENTE a pessoas. Mas, então, contraditoriamente, ela junta os dois termos (“espírito” e “santo) e declara subliminarmente que só pode se referir a uma pessoa! Outra falácia está na ideia subliminar que ela passou de que “maioria das vezes” significa “todas as vezes”.

O apologista da verdade:

Mas é justamente nisso que reside a força do argumento. O fato de a Bíblia atribuir ações pessoais a coisas que nunca foram pessoas mostra que o fato de ela usar as mesmas ações para o espírito santo não é prova de que ele seja uma pessoa. Portanto, a personificação do espírito santo não prova personalidade.[1] Seria necessário algo mais para provar que ele é uma pessoa, como, por exemplo, um nome próprio pessoal, visto que a expressão “espírito santo” é um termo descritivo. No entanto, esse algo mais não existe nas Escrituras.[2] Somado a esse fato de que o espírito santo não tem identidade pessoal, existe o fato de que o uso de pneúma (espírito) no “Novo Testamento”, excetuando seu uso para “espírito santo”, ocorre quase 90 vezes para coisas impessoais e umas 70 vezes para pessoas. No “Velho Testamento”, rúahh (espírito) ocorre quase 300 vezes para coisas impessoais e menos de 20 vezes para pessoas. Assim, diante do uso preponderante de “espírito” para seres impessoais, o espírito santo teria de ter uma identidade pessoal, assim como o Pai e o Filho têm.[3] Mas isso não ocorre com o espírito santo. Essa esmagadora evidência revela que ele não é uma pessoa, e sim a energia, ou força, procedente de Deus.

Comentário:

[1] Observe que o argumento do apologista é uma negação – de que personificação não prova personalidade, enquanto que, acima, essa pessoa trinitarista torceu as palavras do apologista declarando falsamente tratar-se de uma afirmação.

[2] Agora sim o apologista usa um argumento de afirmação: que falta evidência de personalidade ao espírito santo, tal como um nome pessoal, algo que as supostas outras pessoas da Trindade – o Pai e o Filho – têm.

[3] Dessemelhante dessa pessoa trinitária, que usou a falácia de que a maioria determina o resultado, o apologista mostrou que uso preponderante de “espírito” para seres impessoais reforça a necessidade de haver evidência de identidade pessoal para o espírito santo ser pessoa – argumento racional e lógico.

Trinitarista:

Você partiu do pressuposto de que o Espírito Santo é impessoal.[1] Também, de onde você tirou que Espirito Santo é termo descritivo? Onde a Bíblia ensina isso?[2] Como não tem identidade pessoal, se tem vontade própria, sentimentos e pratica diversas ações comuns a pessoas?[3] E usar o Velho Testamento para provar a identidade do Espírito Santo à base da palavra “Espírito” (rúahh) antes mesmo da obra do Espírito Santo ser revelada nas Escrituras no Novo Testamento é errôneo de sua parte.[4]

Além disso, Deus, na Bíblia, chama este ser de Espírito Santo. É assim que fomos ensinados a identificá-lo. E você não tem a menor prova para dizer que não é assim.[5]

Comentário:

[1] A pessoa trinitária faz afirmação subjetiva sem prova. Na verdade, trata-se de um desvio psicológico chamado transferência – quando alguém transfere seus defeitos para o outro. Na verdade, é tal trinitarista que parte do pressuposto de que a Trindade é bíblica.

[2] Tal trinitarista ingenuamente desconsidera que a palavra “espírito” é substantivo comum, e não nome próprio. E a palavra “santo” na Bíblia, seja na função de substantivo ou de adjetivo, também não é nome próprio.

[3] Essa pessoa insiste na falácia de que personificação prova personalidade. Se assim fosse, outras coisas que também são personificadas como tendo vontade própria (como o vento, em João 3:8), sentimentos (como o amor, em 1 Coríntios 13:4-7), e praticando também diversas ações comuns a pessoas seriam forçosamente pessoas!

[4] Essa argumentação é destruída pelo apologista em sua refutação à frente.

[5] afirmações cíclicas e sem sentido, não levando a absolutamente nada. Em momento algum o apologista afirma que a Bíblia não usa a expressão “espírito santo”. Nota-se, nesta altura da conversa, que tal trinitarista já se encontra em total confusão mental por tentar defender uma doutrina sem base bíblica e sem lógica.

A pessoa trinitarista continua:

Agora, pense nisso: Se os montes ouvem, são as pessoas que estão nos montes que ouvem. Se a nuvem guia, é Deus que providencia a nuvem para guiar. Se o sangue testemunha, alguém entregou o sangue para servir de testemunha. Se os céus declaram a glória de Deus, os as árvores louvam a Deus, são meios que Deus criou para ele ser louvado. Se as Escrituras ensinam, é Deus que as proveu e homens quem as escreveram. Ou seja, Deus ou pessoas são representados aqui, na maioria de seus exemplos, por coisas literais, mas a expressão é simbólica. Já sei o que você está pensando: “Se o Espírito Santo diz, ensina, ouve, fala, então é Deus dizendo através de sua força ativa.” Não![1]

Comentário:

[1] Aqui, ela usa dois pesos e duas medidas. Admite a personificação para outras coisas,  mas não para o espírito santo. Contradiz a si mesma, indo contra sua própria explicação.

A pessoa trinitarista continua:

O texto de João 16:13, 14 mostra claramente o papel de submissão (e isso não prova inferioridade em natureza, senão a mulher seria inferior ao marido em natureza também) do Espírito Santo a Jesus, que é enviado por Jesus, da parte do Pai.[1] Esse Espírito não fala de si mesmo, mas o que tiver ouvido. O mesmo ser aqui ouve, diz, ensina, guia. Você não vê nenhum substantivo impessoal na Bíblia fazer tantas ações pessoais.

[1] Ela desconsidera que a Trindade não depende apenas de as supostas três Pessoas terem a mesma substância, mas também de serem, como pessoas distintas, coiguais entre si. O espírito santo é submisso ao Filho, e o Filho é submisso ao Pai. Contudo, o Pai não é submisso, em momento algum, a ninguém, nem às supostas outras duas Pessoas. Ou seja, quanto mais tal trinitarista argumenta, mais se enrosca, mais se expõe às contradições e falhas dessa doutrina. É tal qual está escrito em Isaías 28:20:

“Vocês serão como o homem de que fala aquele provérbio: ‘A cama é tão curta, que ele não pode se deitar, o cobertor é tão estreito, que não dá para ele se cobrir.’”

A situação dos trinitaristas é tão desconfortável como se deitar em uma cama curta: os pés ficam descobertos no frio. Por outro lado, caso encolham as pernas, o cobertor fica estreito demais para mantê-los aquecidos. Ou seja, quando tentam ‘cobrir’ ou proteger sua falida doutrina com um argumento, isso causa a nudez da mesma doutrina por ela ficar descoberta, ou exposta, a outras falhas e contradições.

A pessoa trinitarista continua:

Para terminar meu comentário, prezado amigo, acho insuportável sua explicação: “O fato de a Bíblia atribuir ações pessoais a coisas que nunca foram pessoas mostra que o fato de ela usar as mesmas ações para o espírito santo não é prova de que ele seja uma pessoa.” Ora, se assim fosse, anjos seriam impessoais, e veja que muitos deles não são mencionados por nome. Eu poderia, com isso, criar uma doutrina que “anjos” com nomes seriam pessoais, e os sem nomes seriam impessoais.[1]

Comentário:

[1] Aqui tal pessoa trinitária chega ao ápice da impropriedade argumentativa. Essa argumentação envolvendo anjos nada tem a ver com a afirmação do apologista. Tal trinitarista fala absurdamente de anjos “sem nome”, sendo que a Bíblia afirma que Deus dá nome até a “todas as estrelas”. (Salmo 147:4) A Bíblia também fala do Pai, “a quem toda família no céu e na terra deve o seu nome”. (Efésios 3:14, 15) Assim, não há anjo sem nome. O nome de dois anjos foram mencionados: Miguel e Gabriel. Mas os demais anjos, embora não tenham sido mencionados por nome, obviamente têm nomes. Além disso, a Bíblia como um todo mostra que os anjos são seres espirituais pessoais. Em parte alguma ela usa termos impessoais para os anjos, o que não ocorre com o espírito santo.

A pessoa trinitarista continua:

Convido você a repensar as interpretações que herdou do corpo governante. Eles te convenceram disso. Todavia, o Espírito Santo convence o homem do pecado. Poder e força de Deus já existiam, e eram perceptíveis para as pessoas, mas o agir da Pessoa do Espírito Santo ainda não, por isso foi prometida a sua vinda.[1]
Abraços.

Comentário:

[1] Aqui tal pessoa mostra desconsideração ou ignorância da atuação do espírito santo no “Velho Testamento”. O apologista mostra a seguir as consequências drásticas desse errôneo modo de pensar.

O apologista da verdade:

Vamos aos fatos:

1) Eu não parti do pressuposto que de que o espírito santo é impessoal. A prova disso é que os artigos a respeito desse tema apresentaram imparcialmente o que a Bíblia diz sobre o assunto. Também, ao avaliar o uso das palavras “espírito” e “santo” (com exceção de minha última resposta a você), eu deixei de lado a aplicação dessas palavras ao espírito santo, visto ser ele o foco da questão.

2) Com relação à expressão “espírito santo” ser um termo descritivo, temos o fato de que Deus, Jesus e os anjos são todos ‘espíritos santos’. Assim, para que o espírito santo seja uma pessoa em adição a todos os espíritos santos pessoais que existem, ele teria de ter uma identidade pessoal, o que não acontece.[1]

Comentário:

[1] Esse argumento é conclusivo e irrefutável. Afinal, sem uma diferenciação dos outros espíritos santos que existem, qualquer um deles poderia ser o espírito santo.

O apologista da verdade continua:

3) Quanto a ser atribuída vontade própria ao espírito santo, isso não passa de linguagem figurada, pois a Bíblia também fala do vento como tendo vontade própria. (João 3:8)[1] Como já explicado vez após vez, personificação não prova personalidade.

Comentário:

[1] Esse texto de João 3:8 destrói por completo a argumentação trinitária da “vontade própria”.

O apologista da verdade continua:

4) Quanto a usar o “Velho Testamento” nessa questão, isso é inteiramente correto, pois essa parte da Bíblia menciona o espírito santo em diversas atividades. – Salmo 51:11; Isaías 63:10, 11; Gênesis 1:2; Êxodo 31:3; Juízes 3:10; 6:34; 11:29; 14:6, 19; 1 Samuel 10:10; 2 Samuel 23:2; Isaías 61:1; Ezequiel 11:5.[1]

Comentário:

[1] Essa variedade de textos mostra a ignorância dessa pessoa trinitária ou a deliberada desconsideração por parte dela desses textos.

O apologista da verdade continua:

5) Ademais, o grego usado na Bíblia não usa iniciais maiúsculas para o espírito santo. De fato, não faz isso nem para Deus. O contexto é que determina se na tradução deve constar inicial maiúscula ou não. E o contexto bíblico revela o espírito santo como sendo algo, não alguém. A Nova Enciclopédia Católica (em inglês) admite: “A maioria dos textos do N[ovo] T[estamento] revela o espírito de Deus como sendo algo, não alguém.” – 1967, Vol. XIII, p. 575.

6) O motivo de a Bíblia atribuir várias ações pessoais ao espírito santo reside no fato do uso que Jeová e que Jesus fazem dele na realização do propósito divino. Quanto ao número de ações pessoais ao espírito santo em João 14-16, esse não é um bom argumento, pois mais ações pessoais são atribuídas ao amor, embora ele não seja pessoa. – 1 Cor. 13:4-7.[1]

Comentário:

[1] O apologista destrói a pretensão trinitarista da afirmação falaciosa de que a quantidade é conclusiva.

O apologista da verdade continua:

7) Com relação ao Pai, ao Filho e a anjos serem pessoas, isso é evidente porque eles possuem, cada qual, um nome pessoal e têm corpos espirituais definidos. (Salmo 83:18; 1 Coríntios 15:45; Daniel 12:1; Lucas 1:26; Gênesis 32:29) Por outro lado, o espírito santo não tem nome pessoal e nem um corpo espiritual definido, uma vez que pode encher muitas pessoas ao mesmo tempo, pode ser derramado, parcelado etc. Teria sentido ficar cheio de uma pessoa? Pode uma pessoa ser derramada, e cair sobre alguém? (Atos 2:4, 17; 10:44) Os seres espirituais e pessoais que se menciona como tendo “caído” são Satanás e seus demônios, sendo tal queda um evento negativo para eles. – Lucas 10:18; Apocalipse 12:7-9.

8) Quanto à interpretação do espírito santo como algo impessoal procedente de Deus, não é algo proveniente do corpo governante das Testemunhas de Jeová. Essa verdade já tem sido defendida há muitos séculos. Afinal, somente em 381 depois de Cristo é que se atribuiu personalidade ao espírito santo, no Concílio de Constantinopla. O fato de os tradutores da Septuaginta (c. 200 anos antes de Cristo) terem traduzido a palavra “espírito” na expressão “espírito de Jeová” (em Isaías 40:13) por “mente”, tendo essa tradução sido citada pelo apóstolo Paulo em Romanos 11:34 e em 1 Coríntios 2:16, é um forte indicador de que tanto os judeus, como os cristãos do primeiro século, encaravam o espírito santo como algo impessoal. Assim sendo, não há o que repensar na questão da impessoalidade do espírito santo.[1]

Comentário:

[1] Diferente das afirmações subjetivas dessa pessoa trinitarista, o apologista prova pela História e pela evidência textual da Septuaginta.
Abraços.

Trinitarista:

No AT [Antigo Testamento] não temos uma clara identificação sobre quem é o Espírito Santo.[1] Tanto que os judeus o associavam com o poder de Deus[2], mas no NT [Novo Testamento], quando Jesus introduz a obra do Espírito Santo, e depois os apóstolos esclarecem-no mais ainda, então podemos ter uma teologia correta sobre Ele. Por isso, os textos do NT são os melhores para compreendermos a pessoalidade dEle.

Comentário:

[1] Apesar do extensivo uso de textos bíblicos por parte do apologista para mostrar a atuação clara e definida do espírito santo no “Velho Testamento”, tal pessoa se mantém com uma venda sobre os olhos, negando-se a reconhecer tal sobrepujante evidência!

[2] Inacreditável como essa pessoa ADMITE que os judeus entendiam o espírito santo como sendo o poder de Deus! Em outras palavras, de forma indireta, tal trinitarista afirma que Deus no “Velho Testamento” não deu informações suficientes sobre si mesmo, pois, segundo essa pessoa trinitária, faltava o conhecimento de uma parte de Deus. Assim, para tal pessoa, o Deus do “Velho Testamento” apresentava-se defeituoso, pois um de seus membros estava oculto. Vejam até que ponto os trinitaristas chegam ao tentar defender o indefensável!

Tal pessoa trinitarista continua:

O que a Enciclopédia Católica (que nada tem a ver com a Igreja Católica Romana, inclusive sei de autores ateus que participaram dela) diz não me serve de autoridade. Não posso sair da Bíblia.[1]

Comentário:

[1] Na verdade, em momento algum tal pessoa ficou na Bíblia.

Tal pessoa trinitarista continua:

Sobre as várias ações de “o amor”, em 1 Cor. 13:4-7, fica evidente que se trata de personificação, porque amor nunca é ser pessoal, mas Espírito é[1], e muitas vezes.[2] Novamente, comparação errônea.

Comentário:

[1] Afirmação reiterada, mas nunca provada. Ou seja, só na cabeça dessa pessoa o espírito santo é pessoa.

[2] Como o espírito santo poderia ser pessoa muitas vezes? Você, que está lendo este texto, é pessoa, mas uma vez só. Será que teria como você ser pessoa muitas vezes? Sem comentários …

Tal pessoa trinitarista continua:

Sobre ser derramado, cair, e ficar cheio, quando se refere ao Espírito Santo, eu posso sim ficar cheio dEle, pois Ele é Espírito.[1] Então ele me enche de seu poder.[2] Ele cai sobre mim; pois, “cair”, na literatura grega, é usado simbolicamente para descrever uma ação repentina de alguém sobre outra pessoa. Lembro-me de um filólogo explicar-nos que a expressão “ele vive caindo em cima de mim”, “ou dando em cima de mim” tem origens no grego. Sobre ser parcelado, O Espírito Santo é onipresente, e pode ser distribuído, na acepção de Ele não agir apenas numa pessoa. Isso é mera figura de linguagem, e necessariamente a figura de linguagem não anula a personalidade dos substantivos nela envolvidos. Por isso, quando Paulo fala sobre ser derramado, ele não deixa de ser pessoa.

Comentário:

[1] Aqui, mesmo sem querer, tal trinitarista admite que o espírito santo é uma energia. Pois, se pensasse mesmo tratar-se de uma pessoa espiritual, estaria admitindo a possessão, algo que é feita por demônios e ocorre no espiritismo.

[2] Note que agora tal pessoa volta atrás, dando a entender que não é o espírito santo que enche pessoas, mas sim o poder dele. Que dilema! Se o espírito santo enche pessoas, ele é uma força; se ele é uma pessoa, ele não enche pessoas!

Tal pessoa trinitarista continua:

Sobre o Espírito Santo não ter nome, você que está dizendo isso. Ele é santo, e isso é um atributo moral. Como Espírito, diferentemente de lei e de sábado (que nunca são pessoas) pode ser pessoa, então Espírito Santo é uma pessoa. Não existe vento santo, força santa. Você também é quem diz que o Espírito Santo não tem corpo definido. É um pressuposto teu.

O apologista da verdade:

Partindo de sua afirmação de que o Antigo Testamento não esclarece sobre o espírito santo e que, portanto, os judeus não o conheciam plenamente, ou até, como você alega, eles o entendiam de forma errada, e partindo da alegação de que Deus é uma Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo em um só Deus, isso significaria que os judeus não conheciam a Deus (pois não conheciam uma parte de Deus). Contudo, isso entraria em conflito com o que Jesus disse sobre os judeus: “Nós [os judeus] adoramos O QUE CONHECEMOS, porque a salvação se origina dos judeus.” (João 4:22) Veja o subtítulo “Os ‘desprivilegiados’ judeus”.

Você não tem dificuldade de entender a personificação de coisas obviamente impessoais, mas tem dificuldade de entender a personificação do espírito santo por já ter um conceito preconcebido sobre ele.
Você citou literatura grega, mas nenhum texto bíblico para refutar a questão de o espírito santo “cair” sobre pessoas.

Não sou eu quem diz que o espírito santo não tem nome. A Bíblia indica claramente que seres espirituais (Deus, Jesus e os anjos) têm todos nomes, mas ela não menciona que o espírito santo tenha nome. E ele precisaria ter, para distingui-lo dos espíritos santos pessoais que existem. 

Que os seres espirituais têm corpo espiritual definido, fica claro de 1 Coríntios 15:44. Assim sendo, estão num lugar específico por vez. Para ilustrar, um anjo não pode estar ao mesmo tempo em toda parte. Daniel, capítulo 10, mostra isso: um anjo enviado para dar informações a Daniel foi barrado por um demônio e demorou 21 dias para chegar até Daniel. (Daniel 10:13) Mas temos provas de que o espírito santo não tem corpo definido. Atos 2:4 afirma: “E todos eles ficaram CHEIOS de espírito santo.” Havia cerca de 120 pessoas ali (Atos 1:15), e todas ficaram ao mesmo tempo cheias de espirito santo. Isso não é uma figura de linguagem, visto que descreve algo que aconteceu real e literalmente. Um anjo não pode ser dividido entre 120 pessoas ao mesmo tempo; só uma força poderia. Para exemplificar: se 120 pessoas ficassem de mãos dadas e uma delas pegasse num fio elétrico desencapado, o que aconteceria? A eletricidade iria envolver todas elas. Isso ilustra a diferença entre uma pessoa espiritual e uma força espiritual.

Não se pode afirmar que não existe vento santo ou força santa. Tudo o que vem de Deus é santo. A força que emana dele evidentemente é santa. A Bíblia apenas não usa tais expressões em relação a tais PALAVRAS. Por outro lado, a Bíblia mostra que o espírito santo é a força ativa de Deus, força essa que é santa. Juízes 14:6 declara: “O Espírito do Senhor apossou-se de Sansão, e ele, sem nada nas mãos, rasgou o leão como se fosse um cabrito.” (Nova Versão Internacional) Será que devemos entender disso que Sansão foi possuído por um ser espiritual? Os casos de possessão relatados na Bíblia estão relacionados com seres espirituais maus. É óbvio que uma força espiritual envolveu Sansão, dando-lhe condições de fazer algo que seria humanamente impossível.

O nosso conceito sobre o espírito santo, que acreditamos ser o conceito bíblico, não desmerece em nada o espírito santo nem é uma negação das múltiplas atividades que ele realiza. Aceitamos a operação do espírito em nossa vida, incluindo o desenvolvimento dos “frutos do espírito”. (Gálatas 5:22, 23) O entendimento do que realmente é o espírito santo nos ajuda a compreender como Jeová Deus e Jesus Cristo utilizam essa poderosa força para realizar o propósito divino. Por outro lado, respeitamos o direito que as pessoas têm de pensar de modo diferente. Abraços.

Trinitarista:

Nossa! Como é isso? De 100 vezes que hágios (“santo”) se refere a pessoas, 40% delas se referem a coisas?

Você antes escreveu:

A palavra “hágios” (“santo”), (excetuando o espírito santo, que é o foco da questão), é usada cerca de 100 vezes para pessoas e cerca de 40 vezes para coisas impessoais. Portanto, 40 por cento das ocorrências – quase a metade – refere-se a algo impessoal.

Aqui está a conta certa, excluindo o termo “espírito santo”. Então, meu caro, apenas 28% se referem a seres impessoais. Ou seja, 72% para seres pessoais, que não está tão longe de quase 95%.

O apologista da verdade:

A diferença entre 72 por cento e 95 por cento é de 23 por certo, praticamente um quarto de um todo. Em percentuais esse valor é alto. Além disso, a referida pessoa, segundo se alega, afirmou que “a palavra espírito é também quase cem por cento usada para se referir a seres pessoais”. Isso está longe de ser verdade. Pois, das 400 ocorrências de pneúma no “Novo Testamento”, apenas umas 70 se referem a pessoas. Portanto, não há como fugir do fato de que a pessoa de quem se diz que afirmou tais cifras foi INCORRETO em suas afirmações.

Fim da conversa.

Após a última argumentação do autor deste site a pessoa trinitarista nada mais argumentou.


A menos que haja uma indicação, todas as citações bíblicas são da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada, publicada pelas Testemunhas de Jeová.



Os artigos deste site podem ser citados ou republicados, desde que seja citada a fonte: o site www.oapologistadaverdade.org

Comentários

  1. Simplesmente magnífico.Parabéns,Apologista!

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  2. Esse faltou um áudio hem !! Ia ser perfeito .. muito bom mesmo ....

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  3. Mais uma matéria pra o ex.anciao ex TJ e batista que arrecada dinheiro com o site tentar refutar desastrosamente .

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𝐄𝐒𝐓𝐄 É 𝐔𝐌 𝐒𝐈𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐍Í𝐕𝐄𝐋 𝐀𝐂𝐀𝐃Ê𝐌𝐈𝐂𝐎. 𝐀𝐎 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑, 𝐔𝐒𝐄 𝐋𝐈𝐍𝐆𝐔𝐀𝐆𝐄𝐌 𝐀𝐂𝐀𝐃Ê𝐌𝐈𝐂𝐀, 𝐒𝐄𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐔𝐋𝐓𝐎𝐒, 𝐒𝐄𝐌 𝐏𝐀𝐋𝐀𝐕𝐑𝐀𝐒 𝐃𝐄 𝐁𝐀𝐈𝐗𝐎 𝐂𝐀𝐋Ã𝐎. 𝐍Ã𝐎 𝐑𝐄𝐏𝐈𝐓𝐀 𝐎𝐒 𝐀𝐑𝐆𝐔𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐑𝐄𝐁𝐀𝐓𝐈𝐃𝐎𝐒, 𝐍Ã𝐎 𝐃𝐄𝐒𝐕𝐈𝐄 𝐃𝐎 𝐀𝐒𝐒𝐔𝐍𝐓𝐎. 𝐒𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐒 𝐑𝐄𝐆𝐑𝐀𝐒 𝐍Ã𝐎 𝐅𝐎𝐑𝐄𝐌 𝐂𝐔𝐌𝐏𝐑𝐈𝐃𝐀𝐒, 𝐒𝐄𝐔 𝐂𝐎𝐌𝐄𝐍𝐓Á𝐑𝐈𝐎 𝐒𝐄𝐑Á 𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐕𝐀𝐃𝐎.

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